|13|Ocean | Bucky Barnes/Soldado Invernal| Parte 3 |

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Seu Nome

Encostei-me no sofá e fechei meus olhos, sentindo uma grande pontada na perna. Bucky logo se juntou a mim, estendendo na minha direção um comprimido para dor muscular e um copo com água. Tomei o remédio sem reclamar, deitando-me ali mesmo, para pelo menos tentar descansar.

— Como você está se sentindo? — ele perguntou, sentando ao chão.

— Fora a fadiga, estou bem. — respondi, levando minha mão ao seu rosto — Não é culpa sua.

Bucky levantou-se rapidamente e foi até a janela, olhando para o lado de fora pela fresta da cortina. Ele colocou as mãos na cintura e encarou o chão, respirando fundo, talvez pensando no que poderia fazer para nos livrar dessa.
Fazia três dias que estávamos fugindo sem parar. Sua primeira opção era me deixar em paz e com isso, seus inimigos não iriam me incomodar. Mas nosso plano foi por água abaixo quando eles vieram atrás de mim. Foi então que Bucky decidiu que eu estaria mais segura ao seu lado do que sozinha.

Eu não o culpava por tudo o que aconteceu, James não teve escolha. Ele queria apenas ser um rapaz normal, que por ironia do destino havia se tornado o soldado invernal e por isso estava sendo perseguido. Ele nunca quis machucar ninguém, o Bucky que eu conheço não tem coragem para matar uma mosca, quem dirá um ser humano.

— Bucky. — levantei-me do sofá, indo até ele e colocando minha mão em seu ombro — Olha para mim. — pedi, mas ele negou, tentando se afastar de mim. Eu o segurei e limpei a garganta, pronta para soar mais firme — Olha para mim!

Ele virou-se com cautela e me olhou, demonstrando o quão abalado ele estava. Nós havíamos encontrado um apartamento abandonado, que por incrível que pareça tinha alguns móveis. Guiei ele até o quarto e nos deitamos na cama, apenas nos observando, um de frente para o outro. Acariciei seu rosto por logos minutos, cantando uma canção que minha mãe costumava cantar para mim quando eu era criança. Pude perceber o enorme esforço dele para não chorar, e isso cortou o meu coração.
Puxei ele para mais perto de mim e beijei sua testa, sentido uma de suas mãos apertarem minha cintura.

— Não tenha vergonha de mim. — sussurrei, olhando para o teto, onde havia apenas uma fresta de luz. Estava tudo incrivelmente escuro — Pode chorar, vai ser o nosso segredo.

Fechei os meus olhos, voltando a entoar o cântico, sentindo logo depois a minha camiseta ficar um pouco úmida. Eu o apertei com delicadeza, pensando em tudo o que vivemos durante todos esses meses.
Parece que foi muito rápido, o período em que o conheci, o que nos apaixonamos, o que ele foi embora, e agora o que estamos juntos novamente. Não foi nada fácil passar por tudo isso, posso confessar, mas eu sei que não foi por acaso e vou fazer o possível para que nenhum de nós saia machucados dessa briga.

Não tivemos tempo. Quando eu percebi, vários homens entraram pela porta do quarto jogaram dardos na nossa direção. A última coisa que eu vi antes de apagar foi Bucky sendo arrastado como um animal e então tudo ficou escuro.

***

Senti minha perna lesionada formigar e uma dor lancinante percorreu por todo sua extensão, fazendo com que eu soltasse um grito. Abri meus olhos lentamente, enxergando nada além de um borrão. Fui me acostumando com a iluminação forte e a primeira coisa que eu enxerguei foi um teto totalmente escuro, deitando-me desnorteada.
Tentei me levantar seja lá do lugar que eu estava, mas fui bruscamente impedida. Meus braços estavam presos em mordaças, que a cada vez que eu tentava levanta-los, elas apertavam mais. Olhei para todos os lados, não enxergando nada além da escuridão. Não sei quanto tempo fiquei ali, mas foi o suficiente para que uma porta se abrisse e várias pessoas com roupas brancas entrassem, carregando consigo um cilindro enorme cheio de água.

Imagines Heróis Vol.2 Kde žijí příběhy. Začni objevovat