|29| Promisses | Peter Quill/Senhor das Estrelas | Parte 1|

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Gamora era uma criatura inacreditável, audaciosa, cheia de vida e principalmente minha grande heroína. Apesar de viver em um mundo completamente “normal” por assim dizer, jurei a mim mesma que um dia seria como ela, eu ajudaria as pessoas.

Quando esse dia chegou, eu finalmente a conheci. É claro que só faltou eu cair durinha no chão de tanta felicidade e com certeza ela percebeu isso, porém as reações em seguida foram
completamente ao contrário do que eu esperava. Você pode estar me achando maluca cara leitora, mas eu simplesmente pensei que poderíamos dar as mãos e seguir como melhores
amigas para sempre. E como tudo em minha vida não dura para sempre, ela e os guardiões da galáxia se foram,
assim como a minha vontade de viver.

Eu me apaixonei pelo Senhor das Estrelas e isso fez com que Gamora me odiasse perdidamente. Eu não tinha culpa, aliás, existe razão nas coisas feitas pelo coração? É claro que não! Mas como sempre, as mulheres e suas convicções não pensam assim.

Tentei diversas vezes esquecer quem era Peter Quill e seguir com a minha vida. Juntei-me a organizações governamentais e depois fui para as privadas, sendo uma delas a SHIELD. Eu conheci os Vingadores tempos depois e me juntei a eles. Mesmo não tendo nada além de belos cruzados de direita para oferecer, aquela equipe me acolheu e desde então são a minha
família.

Fechei a tela do notebook assim que escutei o barulho de passos se aproximando. O rosto de Steve foi a primeira coisa que eu vi e ele não parecia nada bem, o que me deixou muito aflita.
Deixei o aparelho eletrônico de lado e me levantei do sofá, caminhando até ele, que aparentava estar completamente destruído. Eu o ajudei a sentar e fui acudir aos outros.
Assim que todos estavam sãos e salvos, eu me deitei novamente. Minha cabeça estava girando e uma vontade de vomitar me atingiu. Ficar doente em situações calamitosas é horrível, principalmente porque não posso ajudar e fazer o que eu realmente sei.
Assim que me recuperei, busquei uma caixa de primeiros socorros e fui ao encontro de quem estava mais
necessitando ajuda. Nat me examinou cautelosa, visto que ela nunca foi muito com a minha cara e adora me provocar. Ela deixou que eu me aproximasse e com muito cuidado, depositei o algodão com antisséptico em sua testa, seguido de seu supercílio e de sua boca. Assim que
terminei os curativos, ela agradeceu silenciosamente e se distanciou, caminhando até a cozinha.

Fiz a mesma coisa com os demais e depois de muito esforço eu consegui me sentar, respirando fundo e esperando que a minha pressão não abaixasse novamente, assim eu não quebraria mais uma parede ou porta de vidro com o meu espirro ou minha tosse.

Depois que deixei a nave de Quill e me juntei aos Vingadores, passei por testes de força e acabei desenvolvendo um mecanismo de autodefesa. Quando minha imunidade está baixa, eu corro risco de ficar ainda mais forte e minhas habilidades requeridas há pouco tempo por causa dos experimentos tendem a se propagar com mais frequência.
Muitos dizem que quando estou doente eu posso me tornar imbatível, mas por causa dos vírus que abaixam
minha imunidade, eu fico inapta. Ou seja, quando eu atinjo o potencial máximo de minha força, eu não posso usá-la, eu morreria.

— Seu Nome, você está bem? — Steve perguntou, olhando diretamente para mim e apertou minha mão, já que eu estava sentada ao seu lado.

— Estou. — respirei fundo, olhando para ele — O que iremos fazer agora? Eu poderia ajudar Steve. Thanos ainda não conseguiu a última pedra e eu estou em meu potencial.

— Nós já conversamos sobre isso. — ele me olhou — O seu potencial significa sua morte. Sei muito bem que está disposta a morrer por uma causa maior, mas isso está fora de cogitação. Sabia que existem muitas pessoas que gostam de você?

Abri um sorriso, não pude evitar.

— Nós daremos um jeito Seu Nome. — Bruce respondeu, olhando para além de mim – Precisa existir um jeito de derrotar esse cara.

Por um momento eu considerei a ideia não chamar quem eu estava pensando, mas se o mundo estava em perigo, eu deveria deixar meu orgulho de lado e pedir ajuda para algumas pessoas que estou tentando manter o mais longe possível.

— Eu conheço uma pessoa. — fiz uma careta, olhando para todos.

— Mas qual é o problema então? — alguém perguntou-me.

— Eu não sei onde ela está. — olhei para eles —  Provavelmente viajando pelo universo e salvando a galáxia.

— Você está falando de quem

— Gamora...

— Filha de Thanos. — a voz de Tony soou, pegando a todos de surpresa. Ele se afastou depois da Guerra Civil e se isolou do mundo. Continuou como o Homem de Ferro, mas agora ele estava solitário novamente. — Eu posso ajudar a encontra-la.

Todos ficaram em silêncio, pensando qual seria a resposta certa para dar a Tony, mas quando eu percebi que ninguém falaria nada, me pronunciei o mais rápido possível.

— É claro. — falei, recebendo olhares críticos de todos.

— Seu Nome... — Steve me repreendeu

— Precisamos de toda ajuda possível Steve. Não é o momento de recusar só por causa de um desentendimento. — olhei para ele, voltando minha atenção para Tony. — É muito mais do que bem vindo à equipe.

Ele nada disse, apenas assentiu, sentando-se no sofá.

— Preciso de no máximo um dia para localiza-la. Vocês conseguem ganhar um tempo enquanto isso?

— Sim, faça-o mais rápido Tony.

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— Este lugar é perfeito para um encontro. – falei, olhando as enormes paredes de vidro que constituíam o castelo do rei T’Challa. — Nunca que eu imaginaria que poderia existir uma cidade com tecnologia avançada no meio do continente africano.

— Às vezes nós podemos surpreender. — ele disse, olhando para mim. — Quais são suas habilidades mesmo?

— Eu tenho super força e claro, habilidades como agente de campo da Shield. — respondi olhando para ele — Gostaria apenas de ser uma pessoa normal, sem esse estresse todo do
trabalho. Ser uma vingadora é desgastante.

— Tenho certeza que sim. — sorriu, andando ereto e com as mãos para trás. — E você capitão, o que anda fazendo?

Antes que Steve pudesse responder, o som da nave Milano enquanto pousava no espaço reservado a ela nos interrompeu. Ambos ficamos em silêncio, apenas esperando que alguém desse sinal da vida e saísse daquele lugar que um dia eu chamei de casa. A rampa de abertura
da nave foi ativada e com a maior lentidão do mundo ela se abaixou, revelando várias pessoas que estavam dentro do monstro de metal.

Os guardiões saíram da nave e vieram ao nosso encontro, surpreendendo não só eu, mas também o restante dos vingadores. Quando notei quem estava a minha frente, não pude
deixar de abrir um sorriso e dar pulinhos de alegria, faziam quase seis meses que nós não víamos ele.

— Thor? — perguntei, vendo o Deus do trovão com o cabelo curto e com uma tapa olhos. — O que você estava fazendo com os guardiões?

— É uma longa história. — sorriu, apontado para o seu rosto — Vocês viram? Estou parecendo o meu pai agora. — perguntou, fazendo com que eu caísse na risada.

Antes que eu pudesse responder, a voz que eu mais temi em ouvir durante esse tempo em que estou com os Vingadores soou, deixando-me desconcertada.

— Não querendo ser estraga prazeres, acho que deveríamos ser recebidos com um ban...Seu Nome? — Peter falou todo animado assim que colocou os seus pés no solo de Wakanda, mas quando me viu, só faltou cair durinho para trás.

— Oi Quill.

Imagines Heróis Vol.2 Donde viven las historias. Descúbrelo ahora