Um presente da vida #2

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Saio da sala de ultrassonografia ainda não acreditando no que estava em minhas mãos, estava tão feliz, estava radiante e não escondia isso. Minha filha era uma garotinha grande e saudável, ela era a coisa mais linda do mundo.

Tiro foto da ultrassonografia e mando pro papai do ano, ele estava mais ansioso que eu para descobrir o sexo.

Uma menina! Uma menina linda, minha menina linda.

Fernanda: Sua filha já te ama muito!

E logo ele me liga.

─ Uma menina? ─ comemora.

─ Eu te falei que era uma menina.

─ Ainda apostava num menino, sua barriga tá grandona pra ser uma menina.

Era verdade, minha barriga de seis meses parecia uma barriga de nove, estava enorme. Nós todos estávamos ansiosos pra chegada dela, já tínhamos alguns nomes em mente. Se fosse homem seria Arthur, se fosse menina estávamos pensando em Alice.

Miguel estava tão feliz pela chegada do seu irmão ou irmã, ele já tinha colocado vários brinquedos dele no guarda-roupa que havíamos comprado. Como faço parte de uma família exagerada, todo mundo já tinha presenteado com roupinhas, sapatinhos e acessórios. Dona Grazi quase todo dia comprava roupinhas e me enchia de mimos.

─ Alice?

─ Alice.

─ Obrigado, meu amor! Estou muito feliz, com toda certeza será uma menina linda e gorducha assim como Miguel.

─ Assim a doutora me informou que ela se encontra.

─ Vai pra faculdade agora? ─ ele pergunta, estava uma zoada enorme no fundo.

─ Vou sim, quando chegar lá te mando mensagem, tá bom?

─ Tá bom.

E então ele desliga. Aliso minha barriga totalmente com uma felicidade incrível, não demoraria muito e Alice estaria conosco.

Mandei a foto da ultrassonografia no chat de Nicole e logo ela comemorou. Nicole também estava esperando uma menina, logo duas Forzatt estariam nos enchendo de alegria.

Nicole: Vamos almoçar no shopping? Tô morta de vontade de comer BK.

Fernanda: Vamos, depois da faculdade?

Nicole: Sim, te encontro lá na praça de alimentação.

Fernanda: Tá bom, beijo.

Guardo meu celular no bolso, a minha ultrassonografia e vou pro carro afim de ir pra faculdade.

Coloquei a chave na ignição, liguei o rádio e fiquei pensando em tudo que andava acontecendo por esses meses. Resolvi escolher a faculdade pela manhã, de noite era perigoso e puxado. Era perto de casa, o que era bom. Já havia feito vários amigos, mas eu nunca fui de conversar e sim me focar.

Combinei com Christopher de só procurar emprego após o nascimento do bebê, eu ainda tinha bastante dinheiro guardado e não iria ser sustentada. Ninguém iria querer contratar alguém perto de ter bebê e eu entendia isso. Sem falar do estresse, já sou bem estressada naturalmente.

Depois que Nathan foi preso, Daniela foi mandada pro agente social, Ângela ficou muito mal e estava fazendo acompanhamento psicológico, ela queria ficar com a guarda de Daniela e logo a pequena estava com ela.

Sempre visitava as duas e elas duas estavam bem, mesmo Ângela ainda se culpando muito por tudo.

Pelo menos a justiça havia sido feita.