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(Sugiro que ouçam durante a leitura, bjaaaao <3  ||  LSD - Genius || Escrevi esse cap ao som da voz maravilhosa da Sia, espero que sintam a mesma sensação que eu tive escrevendo, e curtam esse capítulo #finalmente ) 

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~ Mil ~

Meu queixo caiu.
- Oi – Ele disse após um tempo – Temos um lugar pra ir – Parecia nervoso.
- Eu vou pra casa – Respondi, quebrando nosso contato visual antes que ele me fizesse mudar de idéia.
Fiz menção de sair, mas Stan me carregou.
- Você vem comigo – Me jogou no banco de trás e entrou no carro, deixando o presente da Stay no banco do passageiro. Trancou as portas e deu partida.
- Isso é sequestro, sabia? – Comecei a gritar a medida que via o shopping se afastar enquanto ele dirigia.
- Não é sequestro quando você também quer – Falou, olhando pra mim pelo retrovisor.
- Eu não quero ir com você! – Berrei como uma criança mimada. Stan freou o carro bruscamente e saiu dele, batendo a porta com tudo, o que me fez estremecer de susto. Entrou ao meu lado e se aproximou – O que você ta fazendo?
- Provando que você está errada – Me puxou pelos ombros para um beijo.
Me surpreendi, mas não tinha como fugir: Era claro que eu ia retribuir, e me odiava por ceder tão facilmente, porém queria muito aproveitar o momento e matar a saudade daqueles lábios que eu tanto sentia falta.
Retribuí e na mesma rapidez que Stan iniciou o beijo, ele parou, me deixando frustrada.
- Viu como eu estava certo?
- É claro que eu quero ir com você! – Empurrei-o levemente – Mas você não foi me ver no hospital!
- Sei que nada justificaria isso, só que eu posso explicar. Venha comigo e eu explico tudo.
Concordei lentamente com a cabeça e ele sorriu nervoso, voltando pro banco da frente.

***

- Nossa, que cagada! – Soltei uma risada ao que ele terminou de contar o que o aconteceu com ele no Domingo – Mas que exemplo você deu pra Ester, seu doido! Ensinou-a a mentir!
- Convenhamos: Foi merecido.
- Foi – Concordei e sorrimos – Chegamos – Stan disse e eu olhei em volta.
Ele tinha me dito no carro que viríamos ao parque para entregar o presente da Stay, mas vendo o clima perfeito para um piquenique no fim da tarde: Toalhas no chão, uma cesta em cima parecida com a compramos para Stace e suco, eu comecei a desconfiar que não íamos entregar presente nenhum.
- O que é isso? – Perguntei, olhando-o.
- Nosso piquenique – Sentou-se nas toalhas e largou a outra cesta em cima delas.
Dei de ombros e fiz o mesmo.
- Me explica o que está acontecendo? – Pedi, fazendo uma carinha fofa.
- Bom... – Ele olhou pra cima como se pensasse no que falaria – Acontece... Que nossos amigos querem muito que a gente fique junto.
Sorri.
- Por que não me surpreendo? – Rimos um pouco e eu o encarei de um jeito intenso – Mas... É só eles que querem?
Nos olhamos.
Castanho no castanho.
- Eu também quero – Finalmente admitiu e eu suspirei aliviada – Você entrou na minha vida de eu forma que eu nunca acreditaria se me contassem anos atrás. Nunca pensei que pudesse amar alguém como eu amo você. A senhorita me surpreendeu de todas as formas possíveis e eu sei que você acha que eu sou lerdo e não faço nada, mas é porque você me deixa sem ar, sem jeito, me faz flutuar e esquecer como se pedir as pessoas em namoro.
Soltei uma risadinha.
- E?
- Que menina exigente! – Rimos rapidamente – E... Quer namorar comigo?
Paralisei, os olhos arregalados e a boca aberta.
- Émili? Seria bem legal se respondesse alguma coisa agora...
- Claro que sim, seu bobo! – Ri, praticamente me jogando em cima dele, nos fazendo cair na grama – Isso me parece bem familiar – Disse.
- Verdade. Só falta isso – Ele disse sorrindo e nos beijamos, dessa vez lenta e delicadamente, do jeitinho que eu ansiava e precisava.
Nos separamos, sorrindo bobo um para o outro.
- Ah, essa cesta na verdade é pra você – Apontou pra mesma.
- O pessoal armou tudo isso, não foi? – Questionei e ele concordou com a cabeça. Neguei, rindo.
Comemos um pouco das coisas do piquenique e guardamos tudo, nos levantando.
Demos as mãos e eu senti como se fogos de artifício pudessem explodir dentro de mim.
Olhei para Stan, oops, meu namorado.
É tão bom dizer isso.
Meu namorado.
- Até que em fim, heim! – Olhamos na direção do grito e encontramos Tony com a galera toda: Stay, Név, Troy, Spencer e até Gracy.
- Deu certo? – Stroy perguntou e Stan levantou nossas mãos juntas, mostrando a eles.
Começaram a bater palmas.
- Gente... Menos né... – Pedi, já corando levemente.
- Mais? – Spencer falou – ELA DISSE MAIS!
Então nossos amigos começaram a pular e gritar.
- Boa, soldado! – Tony estendeu a mão para o meu namorado (se acostumem, vou fazer muito disso), mas o meu namorado (me matem) puxou-o para um abraço apertado.
Era bom ver que todos estavam resolvidos.
Bem, quase todos.
- Parabéns maninha – Név disse e eu puxei-a para um abraço também.
- Isso tudo graças a você né – Respondi.
- Sempre que eu puder fazer algo por você, eu farei. Não tenha dúvida disso – Sorriu sincera.
- Também queroooo! – Stace cantarolou e nos abraçou.
Nos soltamos e eu caminhei até Gracy que nos olhava um tanto perdida.
Os meninos só sabiam gritar e empurrar Stan.
Bem a cara deles.
- Oi – Disse a ela.
- Oi Émili, parabéns pelo namoro – Sorriu timidamente.
- Escuta, queria te pedir desculpas por ter sido grossa com você sem motivo aparente – Tentei soar simpática.
- Imagina, eu entendo – Apontou com a cabeça pro Stan e eu ri anasalado.
- Quem sabe não nos tornamos amigas? – Sugeri.
- Que isso, Mil... Nós já somos – Sorrimos uma para a outra.
Então todos nos sentamos no chão mesmo e geral roubou um pedaço dos meus chocolates.
Ficamos ali, na grama, rindo, falando besteira, zoando um a cara do outro e comendo o que restou do piquenique.
Olhei para cada um deles.
Estar com quem você ama é mais que bom.
É maravilhoso.
Que venha a festa...

O Garoto do Ônibus Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon