Lembranças - CONCLUÍDO (SEM REVISÃO)

27. Foi horrível vê-la chorar

Lucas

Dias Depois

        Acordei assustado com o toque do celular de início eu pensei que fosse o meu, mas aquele não era o toque do meu celular, eu nunca colocaria uma musica da Katy Perry como toque.

― Amor, seu celular. ― sacudi Lili na cama. Como ela não ouvia? O celular estava ao seu lado.

        Ela se sentou esfregando os olhos esticou o braço e pegou o celular no criado mudo ao seu lado. Ainda não eram nem sete da manhã. Olhei a hora no meu celular já que a ligação não era para mim eu poderia voltar a dormir mais um pouco. Me cobri ate o pescoço e fechei os olhos.

― Como assim? ― Lívia perguntava a quem quer que fosse de um jeito aflito e isso me fez abrir os olhos e vê-la se levantar da cama apressada. ― Vou agora. ― abria o guarda roupa e jogava uma mala no chão o que quer que fosse era serio.

        Eu me sentei abruptamente na cama curioso para saber o que estava acontecendo. Lívia jogava todas as peças de roupas de qualquer jeito na mala sem se importar se estavam arrumadas ou não. Me levantei e fui até ela que murmurava "Uhuns" para alguém do outro lado.

― O que aconteceu Lili? ― perguntei curioso.

        Mas ela pareceu não ouvir ou fingiu que não ouviu, continuava falando no telefone e aquilo já estava me deixando preocupado e ao mesmo tempo com raiva por ela não me dizer o que estava acontecendo. Assim que terminou de falar no celular o jogou também dentro da mala e começou a se despir tirando a parte de cima da blusa do pijama.

― Lívia o que foi? ― perguntei exaltado

― Mamãe Lucas. ― Colocou uma blusa que não escolheu e começou a tirar o short.

― O que tem a sua mãe? ― olhava atento para todos os seus gestos.

― Teve um AVC. ― Começou a chorar. ― Eu preciso ir pra lá. ― disse descontrolada se agachando para fechar a mala. Suas mãos começaram a tremer a impedindo de completar o ato.

― Calma amor. ― me agachei junto dela a puxando e prendendo-a em meus braços fortemente. ― Nós vamos. ― afaguei seu cabelo enquanto ela soluçava em meu peito. ― Eu vou te levar até lá amor. Mas calma ― pedi. Aquilo era de cortar o coração, vê-la ali chorando, desesperada e não poder fazer nada.

― Não pode esqueceu. ― fungou. ― Tem uma reunião hoje. ― Disse e a admirei ainda mais naquele momento. Mesmo estando daquele jeito descontrolada ela colocava seus problemas de lado para priorizando os meus. Sempre colocava seu profissionalismo a cima de tudo.

― Não é hora de falar de trabalho Lili, marco isso pra outro dia.

― Não da você já remarcou uma vez. ― suspirou soluçando.

        Aquela não era hora de debatermos isso. Eu terminei de fechar a mala que ela não conseguiu e mudei rapidamente de roupa depois de dizer que ia assim que terminasse a reunião. Eu não poderia mais adiar e ela tinha razão aquele cliente já queria cancelar o contrato e isso não seria bom para os negócios, eu não podia perder clientes no início de carreira.

        Ela compreendeu, afinal trabalhava comigo e sabia que eu não poderia mesmo ir. A levei até o aeroporto e pedi que me informasse sobre tudo. Liguei para um de seus irmãos e pedi para que a buscassem quando chegasse a Minas Gerais.

        A reunião começaria às 11:00 e eu não estava com saco nenhum para isso depois do que aconteceu. Eu voltei para casa depois de levar Lívia para o aeroporto e fui tomar um banho não tinha mais nada que eu pudesse fazer até lá.

        Comi alguma coisa e fui para o escritório revisar alguns papeis para a reunião. Eu fiquei lá por meia-hora, deixei o celular ao meu lado olhando a cada dez minutos pra ver se tinha chagado alguma mensagem ou chamada, mas nada, a única coisa que me chamou foi à campainha quando tocou.

        Quem será que era? Perguntei-me já que o interfone não tinha tocado e só tinha eu em casa para liberar a entrada e pelo que eu saiba eu não tinha liberado a entrada de ninguém. Abri a porta e me deparei com ninguém mais ninguém menos que Melyssa.

Próximo capítulo trás muitas surpresas o que será que Mell, foi fazer lá em meninas?