[+18] Antony Sanders desfrutava de sua vida intensa e emocionante, matando pessoas que "mereciam" a morte. No entanto, ele se depara com uma de suas vítimas adentrando em seu carro e pedindo ajuda. Um dilema surge e ele terá que decidir entre a sua...
“Ele sabia como manusear uma arma, mas o modo de manusear o próprio corpo era mais letal.”
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Texas
Antony Sanders bebericava seu gélido refrigerante enquanto dava passos vagarosos na direção de um velho galpão. Sua camiseta com flores vermelhas estava entreaberta, exibindo seu abdômen, as tatuagens e um colar de crucifixo. O sapato fazia um barulho peculiar em contato com a entrada de acesso, sua calça justa preta deixava-o ainda mais sexy e perigoso, já que sua pistola encontrava-se no cós da calça.
— Pra onde você achar que vai, florzinha? — um homem alto, magro e esguio apontara um revólver calibre 38 para a cabeça de Tony.
Em resposta, o assassino apenas sorriu com desdém e amassou a latinha, logo após beber todo o conteúdo.
— Quero falar com o chefe, não me importo com os lacaios. — Retrucou arqueando a sobrancelha.
Frustrado e com raiva, o homem apenas assobiou e mais capangas apareceram. Todos estavam na entrada do galpão que tinha um aspecto abandonado, mas era completamente o oposto disso.
— O que caralho está acontecendo aqui? — Rosnou o mais velho entre os demais, empurrando os homens para ver do que se tratava. — Miguel, venha ver quem chegou.
Foi aí que mais um homem apareceu, ele usava uma camiseta no estilo de Antony mas ao contrário de músculos, Miguel exibia sua circunferência com excesso de tecido adiposo. Vários anéis nos dedos, um sorriso diabólico e um charuto na boca.
— Antônio, o que a vadia americana está fazendo no Texas? — Miguel umedeceu os lábios e brincou com o charuto entre os lábios. — Deixem ele passar, rapazes.
Os homens se dissiparam e desfizeram o semi círculo, abrindo caminho para que Antony passasse, todos sustentavam um olhar hostil e armas bem carregadas.
— Preciso falar com o Alvarez. — Tony anunciou sem cerimônias, dispensando quaisquer assunto desnecessário.
— Calma, calma. Ainda temos tanta coisa para conversar. — Miguel balançou as mãos e logo após passou uma delas no ombro de Tony, enquanto aspirava e soltava a fumaça. — Poderia nos contar como conseguiu tanta fama, dinheiro e mulheres gostosas nos Estados Unidos? O sonho americano é real para alguns.
Miguel sempre tivera inveja de Antony Sanders, os dois sempre brigavam mas para os demais, a rivalidade era apenas no sentido figurado, não no literal. Tony sempre era bem sucedido no que fazia e isso despertava ódio e frustração nos demais. O garoto aplicado era na verdade um problemático que descontava sua raiva nos traficantes, isso fazia com que fosse temido e respeitado na região. Miguel por outro lado, queria impor respeito e acima de tudo ser o chefe da gangue, mas tudo que havia se tornado era num capanga com benefícios.
