Capítulo 22

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_Love.- disse Sam vindo em direção a Cozinha e dando de Cara com Amber, que lhe lançou um olhar de deboche

_Amor? já está assim? - indagou ela cruzando os braços.

Cait suspirou

_ O que você está fazendo aqui?Quem a deixou entrar?_ quis saber Sam

_ Achei que quisesse falar comigo.- disse Amber na defensiva

_ Acho que não é mais preciso.- disse ele

_ Olha Heughan, só vim aqui te dizer que, quando cansar de brincar de casinha, sabe onde me encontrar.- Disse a mulher ignorando a presença de Cait.

Com todos os problemas que tinha, ela tinha que se preocupar com mais um.

* * * *

Três dias depois, ela havia pedido para ser dispensada do trabalho na tarde de sexta-feira e ela e Sam pegaram um voo para Dublin. Ela marcara um encontro com o pai, durante o intervalo que ele fazia para o almoço. Não que ele almoçasse, Cait pensou, enquanto entravam no elevador que os levaria aos escritórios dá imobiliária Balfe. Ela se recordava que mal se lembrava do pai durante a sua infância. Lembrava-se de suas longas ausências, de sua mãe levá-la ao escritório para passar algum tempo com ele, dos fins de semana em que tentava obter sua atenção, enquanto ele ficava ao telefone ou se trancava no escritório ou ficava absorto com documentos importantes. E nem se lembrava que tinha uma filha.

Cinco minutos depois, Cait deixava Sam na sala de espera e entrava no escritório do pai, sentindo um misto de raiva, de medo e de frustração. Calma. Fique calma. A verdade estava do seu lado e ela teria coragem de enfrentá-lo, porque o que ele fizera fora errado.

_ Caitriona...  - O senhor sorriu ao vê-la entrar na sala e fechar a porta.  _Estou surpreso pela visita. - disse se levantando

_ Precisamos conversar, - disse Cait se sentando na poltrona de frente pra mesa dele.

_Então, o que é tão urgente para você voar até aqui para falar comigo?

Ela sentou diante dele e não disse nada. Durante o voou ensaiara várias vezes, até se sentir zonza e exausta. Não era possível que seu pai não soubesse, o que significava que ele também sabia que a chance de ela ter a doença da mãe praticamente não existia.

_Preciso lhe perguntar uma coisa e preciso que me diga a verdade, certo?

Ele franziu as sobrancelhas e mexeu a boca com impaciência, como se ela tivesse dito que ia comprar uma bolsa ou passar o fim de semana na praia.

_Pai. - disse ela sem preâmbulo, olhando diretamente para ele. _Eu fui adotada?

Ele ficou paralisado, com uma expressão que mesclava choque e confusão. Ela esperou calmamente, enquanto ele recostava na cadeira e corava levemente.

_Que tipo de pergunta é essa, menina?

_Uma pergunta perfeitamente legítima, considerando que é impossível que o tipo O de sangue da mamãe pudesse gerar um filho com o tipo de sangue AB, que é o meu.

O silêncio dele dizia tudo.

_Por que você está fazendo exames de sangue? Eu pensei que você não queria saber.

_Eu estou grávida, pai. - A confissão saíra com maior facilidade do que ela esperara e fora libertadora, ela pode ver um brilho estranho nos olhos dele._  Eu queria saber se teria a doença. A propósito, não tenho. Mas, considerando que mamãe não era minha mãe, você já sabia disso.  Ela nunca o vira tão calado. Realmente lhe tirara a fala. Caitriona abafou uma risada nervosa, cruzou os braços e olhou para ele, que insistia em nada dizer. _Ótimo. Seria por sua conta, onde vocês me adotaram?Quem são meus pais verdadeiros?

O Homem mantinha- se calado

_ Pai! - Chamou Cait.

_ Pare. - pediu ele

_ Não, eu preciso saber.

O silêncio pairou no ar, como duas facas afiadas.

_ Você não é filha da Audrey. - confessou ele, tirando os óculos e passando a mão na testa._ Mas é minha filha, Minha. - contou ele.

Cait ficou em silêncio.

_ Como? - questionou-se em voz alta.

O senhor a olhou

_ Vá pra casa, aqui não é lugar pra conversarmos.- disse ele se recompondo e voltando- se a sentar novamente._ A noite.

Best Lovers ♡Where stories live. Discover now