CAPÍTULO VIII

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03/01/2014

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03/01/2014

O VENTO bate em nossos cabelos fazendo-os esvoaçar, Klaus dirige o conversível enquanto batuca o volante com os dedos.

Seu ânimo excessivo se deve ao fato de que nossa música está tocando em uma das rádios mais badaladas de toda a Itália e isso, como todos sabemos, é um grande passo; mesmo já tento tido várias conquistas.

Cantamos, ou melhor, gritamos a letra junto da música que tocava no rádio. A cidade toda se torna um borrão perante meus olhos, como se nada aqui fosse real.

Confesso, parece-me que algum dia irei acordar e perceber que tudo isto não passou de um sonho, que ainda estou na quarta série do ensino fundamental tentando aprender matemática.

Há algumas horas encerrávamos nossa turnê pela união européia, foram dois meses de pura alegria e de borboletas fazendo festa em nossos estômagos; mas, acima de tudo, foram dois meses vendo nosso maior sonho sendo realizado.

Não serei hipócrita ao dizer que nunca achei que conseguiríamos chegar onde estamos hoje, pois eu tenho plena ciência de nosso potencial, todavia, não pensei que o faríamos assim tão rápido.

Jogo minhas mãos para o alto enquanto canto o refrão da música que nos tornou famosos em toda a Itália e nos deu oportunidade de trabalhar junto à grandes nomes da música italiana.

— Può brillare solo quando lasciamo bruciare le nostre anime! — grito enquanto balanço minhas mãos de um lado para o outro

Meus amigos riem, nostálgicos.

— Cantando deste jeito, nem parece que sabe cantar. — Klaus brinca e bagunça, ainda mais, meus cabelos

O lanço um olhar repressivo enquanto tento aparentar estar séria, mas só tento mesmo, visto que o sorriso não abandona meu rosto por um segundo sequer.

— A ficha ainda não caiu que esta é a nossa música! — Bia grita — Gente, eu simplesmente estou desacreditada.

— Eu não, qual é, a gente é foda pra cacete. Isso ia acontecer uma hora ou outra, só falta nos chamarem para uma entrevista. — Klaus torna a se pronunciar

— Sem palavrão, Ludwig. — Diana adverte — Mas, de certa forma, você tem razão. Arrasamos no que fazemos e, sim, eu também sabia que isto aconteceria uma hora ou outra. Logo estaremos mundialmente conhecidos.

Eu, Klaus e Bia gritamos animados enquanto Diana batia a mão em sua testa, certamente se perguntando como é que veio parar no meio de três pessoas totalmente nada a ver com ela.

Cartas para RomeuOnde histórias criam vida. Descubra agora