Uma Gota De Vinho

Capítulo Treze

 Tentei manter uma distância segura do Jonathan, dentro do carro, enquanto seguíamos para sua casa. Coloquei minha bolsa entre nós e olhei para a janela. Ignorando completamente o que ele acabou de me dizer. “Está pronta para ser minha sobremesa”. Deus, agora fiquei de ouvir vozes dentro da minha mente! Estou enlouquecendo com esse homem.  

 A verdade é que eu não estava pronta só para ser sua sobremesa, estava pronta para ser devorada por ele como jantar e, até, como café da manhã do dia seguinte. Flashes de lembranças da cabeça dele entre minhas pernas no lugar escuro da boate e ele entrando, deliciosamente, de uma vez só dentro de mim, no nosso local de trabalho, surgiram. Como seria ter mais uma lembrança dele me fodendo na mesa de sua sala de jantar? Minha respiração falha e pressiono minhas pernas uma nas outras para me acalmar. Já estava molhada só de imaginar!

 Minha imaginação e lembranças foram dissipadas por um toque em minhas mãos. Olho para o lado e nossos olhos se encontram. Fico sem saber o que fazer. Abaixo meu olhar para minha mão, que agora, está sendo entrelaçada pela sua e sendo levada até seus lábios. Beija cada junta de meus dedos, olhando diretamente para os meus olhos. Uma descarga elétrica acontece quando sinto seus lábios, passando dos meus dedos, pelo meu braço, indo até minha barriga e terminando em meu ventre. Mordo meu lábio contendo um gemido. O que Jonathan está fazendo era até que normal, mas como já disse e volto a repetir: Esse homem parecia conhecer meu sistema e me enlouquecia com apenas um olhar, imagina com um toque?

 A cena era totalmente erótica e eu estava fazendo parte dela, com o homem mais lindo que eu já vira em minha vida.

 – Sei o que está pensando, Melissa... – Murmura, com seus lábios ainda em meus dedos, mas agora apenas os roçando. Me arrepio inteira. – Você não é difícil de se entender...

 – Ah, não? Então no que estava pensando, Sr. Altherr? – Tento controlar minha voz e livrar minhas mãos do aperto. Claro que ele não deixa. Ainda por cima passa a ponta de sua língua. Não esquecer, em hipótese nenhuma, uma calçinha de emergência! Anotado!

 – Você estava com o olhar perdido, mas sua respiração começou a falhar e apertou as pernas, como se quisesse fazer pressão em certo lugar que já toquei e provei. – Sorria e me olhava maliciosamente. – Já conheço quase todos os seus sinais corporais, Melissa. Não é difícil desvendá-la, não nesse ponto. – E sem esperar tal atitude, ele me puxa e faz com que fique em seu colo. Segura cada coxa minha e as abre, me puxando para ele e fazendo com que sinta sua ereção. Solto um gemido baixo. – Não era difícil de imaginar que estava lembrando do meu toque... Ou até imaginando posições novas. Hm?

 Com os olhos arregalados e respiração ofegante – Sim, era essa minha reação sempre quando ele me tocava, além de estar completamente molhada, claro. – olho para trás. Sebastian estava totalmente concentrado no transito e usava fones de ouvido. Será que podia nos escutar? Será que ele percebeu o que o Jonathan acabou de fazer? Meu Deus, que homem maluco!

  – Não se preocupe. – Jonathan segura meu queixo e vira meu rosto, me obrigando a encará-lo. – Ele não nos ouve e não vai se atrever à olhar para trás.

  – Como pode ter tanta certeza? Impossível ele não dar uma olhadinha. – Questiono-o, desconfiada.

  – Melissa... – Seus olhos vão para os meus lábios, assim como seu polegar e massageia o meu lábio inferior separando do superior. – Você já está no meu colo. Estou duro só de sentir seu belo traseiro. – Com a outra mão ainda em minha coxa, passeia do meu joelho até minha virilha. – Apenas aproveite.

  Assim que termina, não me deixa responder, coloca sua mão atrás de minha nuca, apertando de leve e me puxando, pressionando seus lábios nos meus. Automaticamente abro meus lábios para dar passagem à sua língua que entra de modo até que furioso dentro da minha boca. Solto um gemido e agarro no colarinho da camisa social de Jonathan. Esqueço totalmente de seu motorista e que estávamos dentro de seu carro.