Cap. 28 - Foi amor?

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Eu estava na delegacia esperando Fugaku voltar e me dar permissão para conversar com Konan. O delegado até agora só me permitiu conversar com o ele sobre o ocorrido, disse que no momento era melhor eu não falar com ela, mas era isso que eu queria; de uma vez colocar tudo para fora e esclarecer tudo que aconteceu. Ela fez tudo isso por amor? Possessão? Ou tinham outros motivos escondidos? Se sim, quem descobriria isso não seria eu, mas eu quero colocar as cartas na mesa com ela.

- Sakura, ele autorizou. -O senhor Uchiha apareceu na porta da sala na qual eu estava antes.

- Tem certeza? - Sasuke entrou na minha frente antes que eu desse mais de um passo. - Eu posso ir com você.

- Não, Sasuke. - Lembrei de que ela fizera isso tudo justamente para ficar com ele.

Não quero vê-lo olhando-a acusador sendo que ela fez isso porque ama ele. Eu não devia ser tão piedosa, mas pensar nisso me deixa triste.

- Acho melhor eu ir sozinha. - Vi pela expressão dele que ele não pensara em desistir de ir comigo. - Vou lá antes que o delegado mude de ideia. - Andei rapidamente até a sala bati duas vezes, ouvindo um "entre". Lá dentro, encontrei Kakashi, Fugaku e o delegado. Olhei ao redor não encontrando Konan.

- Ela está ali. - Kakashi me mostrou uma outra porta e eu fui até lá, até sentir uma mão no meu ombro.

Tentei ao máximo não revirar os olhos, e consegui. Me virei encontrando Kakashi, ele logo abriu a boca para falar mas eu interrompi.

- Eu estou bem, ok? Não quero que você vá também, vou conversar com ela a sós, certo? - Vi ele tirar a não do meu ombro e sorrir. - Você vai ver tudo que nós conversamos mesmo. - Dei de ombros e entrei, fechando a porta.

Ela estava olhando para as unhas e, por mais que tentasse manter aquela pose de quem não está nem aí, eu podia ver seu nervosismo e medo.

Sentei-me à sua frente, apoiando meus braços na mesa em que ela estava algemada. Encarei aquelas algemas pensando se era realmente necessário.

- Veio rir de mim? - Ela ainda olhava para as unhas, seu cabelo levemente inclinado para frente estava bagunçado.

- Foi realmente amor?

Ela finalmente me encarou, seus olhos alaranjados não desviaram por um segundo e eu fiquei levemente nervosa. Não conseguia decifrar o que eles transmitiam e pensei de escolhi as palavras certas.

- É amor.

Pela primeira vez senti medo desse sentimento.

Desde quando algo tão bonito e profundo se tornou algo a sentir medo? Algo que deixa as pessoas abobalhadas e enxergando o melhor do amante pode ser tão assustador a ponto de fazer loucuras e enlouquecer?

- Eu nem sei o que te dizer. - Abaixei a cabeça e passei minhas mãos desde a testa até a minha nuca, segurando meu cabelo ali.

- Por que não começa me dizendo o por quê?

Não levantei a cabeça para ver a expressão que ela estampara após dizer essas palavras, também não estava muito curiosa para descobrir, manti minha cabeça baixa.

- Eu o amo, Konan.

Permanecemos em silêncio até eu tomar coragem e levantar a cabeça, encontrando ela sorrindo e chorando. Me surpreendi e de certa forma de assustei.

- Me apaixonei quando estávamos no colegial. Ele era um doce, mas não era só comigo. Todas garotas gostavam dele, mas eu era a única que nutria um sentimento verdadeiro. Elas tinham uma paixonite porque ele era lindo e as tratava como princesas.

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