Cap. 40 - Uma Obra de Arte

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      Deitada de barriga para cima, encarei incessantemente o teto. Estava cansada, meu corpo estava dolorido e marcas roxas estavam espalhadas por minha pele. Sasuke parecia insaciável ontem, talvez ele sentisse tanta saudade quanto eu.

        Olhei para o meu lado, o encontrando com os olhos fechados e respirando profundamente. Não estava muito diferente de mim, suas costas tinham arranhões por toda parte e sua pele algumas marcas roxas que deixei com a minha boca.

   Tentei levantar, mas o braço dele que rodeava a minha cintura não me soltou. Eu queria tomar um banho e depois ir comer alguma coisa, estava fedendo e faminta.

— Sakura...

  O encarei acordando, Sasuke abriu os olhos devagar, soltando a minha cintura para levar a mão até o rosto e esfregar. Aproveitando a chance, levantei o suficiemte para ficar sentada. Puxei a coberta paa cobrir minha nudez e olhei para Sasuke, que parecia pouco se importar com a dele.

   O moreno fez uma careta de dor e passou uma mão até onde dava nas costas, me senti culpada naquele instante.

— Está doendo muito? — Perguntei, me aproximando mais de seu corpo para olhar suas costas.

   Sasuke segurou meus pulsos me fazendo soltar a coberta e ficou encarando meu rosto por alguns segundos antes de descer o olhar para meus seios. Me senti envergonhada por aquele olhar, Sasuke parecia me comer viva.

   Com delicadeza, Sasuke me deitou novamente na cama e ficou por cima de mim, acariciando meu rosto e cintura.

— Você não tem que ir trabalhar? — Perguntei quando senti seus beijos em meu pescoço.

— Me desculpa. — Ele levantou o rosto, me encarando nos olhos. — Eu sei que sumi e não te dei atenção por dias. Eu me atolei no trabalho adiantando tudo que tinha que fazer para enfim pegar férias.

  Olhei surpresa para meu noivo, tentando não transparecer que queria chorar com aquela revelação.

— Adiantei tudo para não precisar voltar lá por um bom tempo. Vamos marcar a data do casamento.

— Sim! — Assenti com a voz chorosa.

   Sasuke abriu um sorriso limpando as lágrimas dos cantos dos meus olhos. E então me beijou, com calma, leveza. Seus lábios se moviam de forma apaixonada, e mesmo que estivéssemos abraçados, ele parecia querer mais.

  Ele encerrou o beijo apenas para me encarar, olho no olho, seu rosto estava sereno, Sasuke parecia tão feliz.

  Dessa vez eu que o beijei, invadi sua boca com minha língua e o empurrei contra o colchão, ficando por cima de seu corpo. Sasuke pareceu gostar pois sorriu contra meus lábios.

   Esfreguei minha boceta contra sua coxa, o melando e mostrando o quanto estava molhada por ele. Sasuke agarrou minha bunda com as duas mãos e apertou com força, soltei o gemido tanto de dor quanto de prazer já que ainda estava dolorida do dia anterior.

   Segurei seu membro com uma mão, sem perder suas reações com meus olhos. Sasuke estava duro e carente de atenção, então eu iniciei um vai e vem lento, vendo seus olhos se fecharem com força e sua boca se abrir.

— Sakura... — Gemeu meu nome.

   Eu gostava de tê-lo assim, à minha mercê.

   Não aguentava mais não o ter dentro de mim, então o guiei até minha entrada, sentando nele devagar. Sasuke era grande, me preenchia por inteira e eu amava aquilo.

   Ele segurou minha cintura, me fazendo subir e descer em seu ritmo; rápido e forte. Eu gritava sem me importar se iriam me ouvir, apertei meus próprios seios encarando meu amor abaixo de mim, que ao encontrar meus olhos, abriu um sorriso tão malicioso que me fez gozar.

   Parei os movimentos, sentindo meu corpo tremer. Sasuke se sentou na cama sem quebrar nossa conexão, segurou minha mandíbula com uma das mãos, erguendo meu rosto para que eu o olhasse.

— Ainda não acabou, Sakura. Rebola.

  E assim eu o fiz.






     Sasuke e eu sentamos um de frente para o outro, mas meus olhos se ocupavam em observar ao redor. Estávamos em um restaurante coreano muito chique, uma música lenta tocava no fundo e todas as pessoas no local pareciam ser casais.

   Olhei para Sasuke, que estava olhando o cardápio com olhos atentos. Peguei um também, vendo a variedade de pratos, mas um em especial me fez salivar.

— Já decidiu? — Sasuke perguntou com diversão, notando meu olhar faminto.

Japchae. — Disse o prato, vendo Sasuke chamar um garçom.

  Depois que ele saiu, Sasuke cruzou os dedos em frente ao rosto e colocou os cotovelos sobre a mesa, me olhando.

— Você esteve decidindo tudo sozinha enquanto estive ausente?

   Ele perguntou com certa hesitação na voz. Sasuke se sentia culpado por sumir por mais que fosse por uma boa razão.

— Apenas alguns detalhes... Flores, roupas das madrinhas...

— Entendi. — Ele sorriu de lado. — Mei me ligou irritada, disse que você mudou de opinião sobre as flores mesmo depois de ter dado duro para encontrá-las.

   Diante de seu olhar avaliador, me senti um pouco envergonhada por dar chilique sobre as flores.

— Ela disse, é? — Falei bebericando a taça de água, arrancando uma risada fraca dele. — O que fez no trabalho?

— Contratei uma secretaria e um novo contador, fiz novos acordos com os Inuzuka, abri uma nova rede de negócios em Osaka, fiz reuniões com publicitários, decidi novos designs... Nada demais.

   Segurei minha vontade de abrir a boca em choque. Tudo isso que ele fez deveria ter demorado muito mais do que ele demorou, Sasuke deve se sentido tão canasado naquela sala de escritório durante dias e madrugadas apenas para ter mais tempo para o nosso casamento...

  Droga, queria ter tido a chance de o ajudar.

— Não me olhe assim, eu fiquei bem. — Ele riu baixinho. — Já que eu sempre lembrava da minha noiva quando me sentia solitário.

   Se inclinou sobre a mesa para beijar meus lábios devagar. Senti uma de suas mãos no meu rosto e suspirei, aprofundando o beijo.

  Ouvimos uma tosse fraca e nos separamos, encarei o garçom envergonhado e fiquei vermelha, me afastando rapidamente de Sasuke.

   Ele serviu a mesa e abriu a garrafa de vinho que Sasuke pediu, enchendo nossas taças.

  Começamos a comer em silêncio quando ele saiu. A comida estava deliciosa, eu voltaria aqui mais vezes.

  Peguei a taça de vinho, bebendo. Vi o celular de Sasuke vibrar sob a mesa, o moreno soltou o garfo e pegou o celular, segurando no botão para desligar.

— É melhor você aten... der. — Ele já tinha desligado. — Podia ser importante!

— Sakura, você é o assunto importante aqui. — Ele disse sério bebendo o vinho calmamente.

   Amenizei a feição, então abri um sorriso divertido.

— É melhor não beber muito vinho... Você dá trabalho quando está bêbado.

  Sasuke me olhou por alguns segundos antes de dar uma risada, o observei rindo como se fosse uma obra de arte de Da Vinci ou Van Gogh.

     Sasuke poderia facilmente ultrapassar as artes deles quando ria dessa maneira. Michelangelo adoraria pintar Sasuke no teto de alguma catedral, seu sorriso cativaria quem quer que entrasse no lugar, pois seu sorriso é uma obra de arte sem dúvidas.

— Sasuke, eu te amo.

  Ele parou de rir, mas ainda me olhava com um sorriso.

— Você está me olhando como se eu fosse um pedaço de chocolate em dias sangrentos. É claro que você me ama.

— Convencido.

— Eu te amo também, sua irritante.

 







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