Cap. 31 - Flor de Cerejeira

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  O que nós fizemos foi um pouco infantil, mas eu não me arrependia de ter "dado uma fugida" com Sasuke. Eu não estava preparada para falar com Itachi, de certa forma, me sentia culpada pelo que aconteceu com ele. Talvez se eu não tivesse entrado na vida dos Uchihas, a única coisa que Itachi ia ganhar era um coração quebrado, e não as pernas.

  Quebrado por causa do incrível e estúpido plano de Konan, de namorar com ele para simplesmente se aproximar de Sasuke. Se ela conseguisse, -o que duvido muito-, Itachi provavelmente sairia machucado disso tudo.

  Imagine ter uma namorada por esse tempo todo, amá-la e no fim de tudo descobrir que só foi usado?

   Sasuke e eu havíamos ido à uma lanchonete para tomar café, comemos algumas coisas gordurosas demais para essa hora da manhã, e havíamos voltado sem pressa, na esperança de que a família dele tivesse desistido de esperar.

   Itachi saiu do hospital para isso, eu sei que é direito dele saber o que aconteceu, mas eu sou covarde demais, e ainda tenho que me preocupar com meu irmão-psicopata-interesseiro que de repente voltou dos mortos.

   E se Konan estivesse mentindo em relação à ele?

  Entramos pelos fundos, esgueirei-me por trás de Sasuke, seu corpo era grande o suficiente para me cobrir se alguém aparecesse na nossa frente, e eu não estava de modo algum animada para dar satisfações sobre ter saído escondida com Sasuke.

  Por fim, olhamos a cozinha, sala, banheiros e quartos, literalmente a casa inteira, e não encontramos ninguém. Sentamo-nos no sofá, ouvi a risada de Sasuke e o olhei, questionando-o.

— Parecemos dois fugitivos.

— A única fugitiva aqui sou eu. — Disse desanimada.

— Eu também, sou seu cúmplice. — De repente ele estava por cima de mim no sofá, enquanto me encarava diretamente nos olhos.

  Eu sempre amei os olhos de Sasuke, tão negros, não importava a ocasião, eles eram profundos e sinceros. Tinham um brilho único que diziam "sou Sasuke Uchiha", e, de certa forma, exerciam um poder sobre mim.

— Está me olhando com cara de apaixonada. — Ele disse com um meio sorriso convencido e eu corei, porque eu sabia que era verdade.

  Eu estava completamente apaixonada.

— Eu acho que estou numa enrascada, isso sim! Me apaixonar por você... — Segurei seu fino nariz, era incrível como tudo nele era perfeito.

— Enrascada? Se apaixonar por mim foi provavelmente a coisa mais certa que já fez em todos os seus anos de vida!

Nada mais disse, apenas senti sua boca tocar na minha, num beijo quente e lento. Percebi que nossos beijos estavam assim ultimamente: apaixonados.

  Me sinto segura de que estou apaixonada, talvez até amando Sasuke. E feliz, por saber que ele sente o mesmo.

  Nos separamos e eu mais uma vez encarei suas íris.

— Obrigada. — Meus olhos se encheram de lágrimas.

— Pelo quê? Pelo beijo? Tem muito mais de onde veio esse. — Ele distribuiu beijos pelo meu rosto, mas eu segurei o dele, fazendo-o me encarar.

— Por tudo que está fazendo por mim.

Eu estou fazendo? Foi você que prendeu a mulher que tentou matar meu irmão.

— Mas você-

— Sakura, se toca, eu não fiz nada além de te apoiar, você quem fez tudo.

   Eu chorei outra vez, dessa mais intensamente, enquanto era acolhida pelos braços de Sasuke.

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