Capitulo 5

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— Foi mal ter vindo aqui te pedir isso, e eu fui uma imbecil achando que o meu melhor amigo iria poder me ajudar.. — ela abaixou a cabeça.

— Você não é imbecil, me desculpa, não quero que fique mal. Eu vou tentar procurar um lugar bacana pra você ir e te aviso!

— Você sempre se desculpando, eu já me acostumei com suas desculpas.. — revirou os olhos de leve e se levantou.

— Qual é.. eu posso ter mil outras formas de te ajudar, mas essa é meio foda. 

Ela me encara sem jeito, enquanto olhava fixamente pra minha boca. Fiquei sem reação e desviei rápido o olhar

— Mil outras formas? — disse maliciosa e foi se aproximando devagar enquanto eu dava curtos passos pra trás.

— Martina, por favor! — empurrei levemente os seus ombros. Ela hesitou e apenas abaixou a sua cabeça envergonhada — Melhor não, sério.

— Desculpa.. é melhor eu ir.. — se afastou rápido.

Deu de ombros e saiu sem falar nada, fiquei igual um idiota parado ali. Não quero magoá-la, porém eu não acho legal eu iludir ela com falsas esperanças, somos apenas amigos.

Sentei no balanço e ascendi um cigarro. Foi então que avistei de longe uma loira mexendo no celular e vindo em minha direção.

— Eu vou voltar com ele, fica tranquila que eu não vou sumir.. eu já disse..— ela falava no celular —Tá.. tudo bem mãe, tchau! — desligou e me olhou rápido.

— Problemas? — questionei sem muito interesse.

— Pais controladores.. — suspirou pesadamente.

— Sei bem como é.. — sorri de leve.

Ela se sentou no chão e encostou o seu corpo numa mureta, ainda vidrada no celular.

— Foi mal por estragar seu momento com o Gui.. — traguei o cigarro.

— Vou pensar no seu caso. — sorriu fraco de lado.

— É que a Martina queria conversar, mas não deu muito certo..

— Desculpe ser meio entrona, mas ela parece ser muito insuportável! — soltou um riso.

— Você acha? — questionei e ela concordou com a cabeça — Eu já até me acostumei com aquele jeito meio doido dela.

— Já fiquei sabendo de coisas pesadas sobre ela.

— Ela é barra pesada mesmo.. mas não posso deixá-la na mão! — falei e ela só assentiu fraco.

Ficamos em silêncio por uns instantes, pude reparar
seu rosto com mais clareza, o vento soprava devagar e os seus cabelos balançam lentamente.

A sua boca é rosada e seus olhos são bem azuis, tem um piercing pequeno no nariz e vários piercings na orelha, possui tatuagens porém são bem discretas e delicadas. Quase não dava pra notar.

Ela só encarava a paisagem em sua frente e eu fiquei igual idiota a encarando.. parecia estar hipnotizado, deve ser a porra do efeito do álcool.

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