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"Ela é filha do fogo..
Primeiro ela te queima, depois ela te beija, e é assim que você morre amor. É quem carrega o verão nos fios de cabelo, é quem recebeu o beijo do sol, é alma que transborda luz."
Já se perdeu algumas vezes no caminho, mas q...
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Acordei sozinho, olhei ao meu lado e Ste dormia de bruços feito uma pedra. Me aproximei dela e dei um beijo de leve em seus ombros, sem tentar acorda-lá.
Espreguicei coçando os olhos, estiquei os braços e vi que já eram quase dez da manhã.
Levantei relutante e fui tomar um banho gelado e fazer todas higienes. Detesto acordar tarde assim, mas é que ontem nós fomos dormir de madrugada.. não preciso nem entrar em detalhes o que estávamos fazendo..vocês já devem imaginar.
As coisas pareciam bem, e a Cecília ainda pedia pela minha ausência em algumas de suas consultas. E os seus pais estão mais compreensivos e não implicam tanto a minha presença por perto. Mesmo Stella não gostando e ficando um pouco incomoda, tinha que continuar indo, não envolvia só eu e Cecília mais..
Mas estávamos dormindo juntos quase todos os dias. Ela praticamente já mora aqui comigo, e eu não sei como consegui ficar tanto tempo sem tê-la por perto.
Ao sair, vi que já tinha acordado e estava de costas mexendo no celular sentada na beirada da cama.
— Bom dia gatinha.. — indaguei e ela me olhou.
— Bom dia lindo..— sorriu fraco — Vai tá ocupado hoje cedo?
— Não sei.. acho que só de tarde. Por quê ?
— Vamos tomar café lá no Gaia Art? To mó afim de comer um pão que só tem lá.. — resmungou com um ar faminto logo cedo.
— Ih meu bem.. tá com desejo hoje é? — brinquei vestindo uma camiseta e um corta vento.
— Talvez, sei lá. Acordei com vontade de ir lá só.. — se levantou cambaleando e foi até o banheiro.
— Vamos sim doida. Falar nisso, essa noite eu quero te ver.. preciso te falar umas paradas aí.
— Hã? Que coisa Lipe?— vi que ela voltou pro quarto e me olhou pelada fazendo uma careta.
Era incrível a nossa intimidade, se deixasse ela fica o dia todo só de calcinha e sutiã pela casa.
— Cê vai saber pô.. relaxa..— soltei um riso frouxo.
— Aí, já vai me deixar ansiosa! — voltou pro box e a ouvi ligar o chuveiro forte.
(...)
Fomos até o lugar que ela pediu. Na verdade, não tem nada que ela me pede chorando que não fazia sorrindo. Aos poucos fomos absorvendo tudo que estava acontecendo e parece ter dado certo, claro que tem dias que nos estranhamos e o clima pesa, mas nada que não sabemos controlar ou lidar.
