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"Ela é filha do fogo..
Primeiro ela te queima, depois ela te beija, e é assim que você morre amor. É quem carrega o verão nos fios de cabelo, é quem recebeu o beijo do sol, é alma que transborda luz."
Já se perdeu algumas vezes no caminho, mas q...
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Estávamos com os cotovelos apoiados no balcão do bar. Pedimos um copo de gin com tônica só pra dar coragem caso eu fizesse alguma merda.
Após as bebidas chegarem, dei um gole generoso e o álcool desceu rasgando pela garganta. Faz tempo que não o ingeria, senti saudades do meu amado gin.
— Isso tá forte pra caramba!— fiz uma careta.
— Assim que é bom.. — Vicen mexia o gelo do copo com os dedos.
Os meus olhos avistavam de longe a mesa que eles estavam. Senti raiva por não ter me falado nada e mais raiva ainda por saber que essa ex namorada não o esqueceu.. isso tá na cara.
Quem sou eu perto desse namoro? Vicente percebeu a minha raiva e angústia.
E já estou prestes a chegar na porra daquela mesa e enfrentá-los. Não aguento ficar de braços cruzados, ele tinha que saber que eu estou aqui. Por sinal, não estou nada feliz, muito pelo contrário.
— Se ficarmos igual duas sonsas esse macho nunca vai te ver!
— Tem razão, será que vamos lá?
— É, acho que você deveria ir.
— Sozinha?
— Sim amiga, se der algum barraco eu vou.
Suspirei e virei o resto de bebida que tinha no copo tudo de uma vez.
— Espera, eu quero ficar bêbada antes. Me dá mais coragem pra fazer as coisas.
— Stella, Stella.. cuidado pra não querer socar a garota! Vamos ser expulsas daqui.
— Relaxa, se eu socar é porquê ela mereceu.
— Ou, gatinho. Me vê duas doses de tequila? Me dá a mais pesada que você tiver! — pediu para o garçom e ele apenas assentiu.
Começamos a pedir vários shots sem parar, e meio que virou uma "competiçãozinha" de quem bebia mais rápido e sem fazer careta.
E foi um atrás do outro, vodka.. tequila.. e sem contar o gin que já estávamos bebericando.
O efeito do álcool estava começando a bater, comecei a me animar e falar mais alto. Vicente como já tinha achado o garçom gato, começou a dar em cima dele descaradamente.
Nisso acredito que já estava pronta para ir até lá.
Andei até a mesa deles. Mas de forma natural e sem pretensão de brigar aparentemente.
Ao me aproximar, ele encarou de forma pavorosa, é como se tivesse visto um algum fantasma. Seus olhos se arregalaram e percebi de longe seu espanto.
— E aí, que coincidência te encontrar aqui. — minha voz embargada e alegre deixou ele puto. Sorri como se nem estivesse ligando.
— Stella..— sua boca ficou entreaberta. — O que você tá.. fazendo aqui? — fez menção de se levantar.
