Capítulo 6 - Melhor é o Teu amor do que o vinho...

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Olá, queridos leitores! Boa noite! Que Deus abençoe cada vez mais em Nome de Jesus. Não desista de seus sonhos, o.k.? Se eles estiverem nos planos de Deus, vão acontecer sim! Ainda bem que Ele cuida tão bem de nós que sabe o que nos fará bem e o que não. Então, descanse e confie no cuidado do Senhor. 

A música do capítulo é "Me deixe aqui" de Preto no Branco e Priscila Alcântara. É linda. 

A foto é a nossa Sulamita conversando com Richard. Sabem quem é o príncipe? Kostas Martakis, pois é, descobri hoje. E eu pensando que a foto não tinha direitos autorais...

Se gostarem do capítulo, curtam e comentem. Gostaria de saber o que estão achando. 

~~~~*~~~~

— Sulamita, onde você pensa que mora para não avisar onde está ou quando volta? Isso aqui não é a casa da mãe Joana, não, menina.

— Oi, Tia. Meu celular descarregou. Me desculpe. E eu fui assaltada, o assaltante me mandou ir para uma rua... –começou a chorar sem conseguir continuar.

— Ah, mas você está bem? –Quase a abraçou, mas se deteve no meio do caminho.

— Sim. Agora estou –disse engolindo o choro e continuou:

— Estou indo tomar um banho para dormir. Amanhã acordo cedo para ir à igreja.

Lembrou-se de que teria de andar e muito na segunda-feira no emprego de vendedora externa para uma gráfica.

Sulamita trancara a faculdade de veterinária para trabalhar e ajudar com as dívidas da tia, já que moravam sob o mesmo teto. Seus pais faleceram e agora só tinha a prima, alguns irmãos que moravam no interior do estado, na zona rural, lugar que ela não pretendia morar apesar da calma que possuía.

Não, ela sonhava alto, queria se formar e quando conseguisse contribuir o suficiente, como um pagamento por sua tia ter cuidado dela por esses sete anos de sua vida, através da quitação dessa dívida, imaginava ela, poderia quem sabe, se mudar para outro apartamento, mesmo que pequeno, mas com paz. Sabia que de fato não devia pensar assim, mas pensava, se sentia devedora. Não sabia como a tia conseguiu destruir o patrimônio deixado pelo esposo falecido em tão pouco tempo e ainda se endividar com um agiota. Restara apenas uma aposentadoria e aquele apartamento.

Falando em paz, às vezes não tinha naquela casa a não ser em seu quarto. Que apesar de ter vista para o mar, só havia ficado com ele por ser o menor e com o banheiro menos equipado. Mas já agradecia a Deus por aquele lugar onde tinha liberdade de ler, orar e escrever.

Quando estava num mesmo cômodo que a tia Suzana e a prima Vera, ouvia murmurações e reclamações. Mas a tia também ria assistindo novelas, ou fofocando sobre as vizinhas. Bem que ela também lhe parecia mais humana quando estava sensível e parecendo frágil. Tinha o dom de fazer tempestade em copo d'água e se vitimar. Lá no fundo Sulamita sabia disso, mas seguia o fluxo. Era geralmente nesses momentos que ela lhe pedia dinheiro para algumas contas e Sulamita lhe cedia. A prima também trabalhava e ganhava menos dinheiro que ela. No entanto, não ajudava tanto assim nas contas de casa.

No entanto, apesar de tudo, era ótimo para Sulamita sonhar e escrever o que Deus lhe inspirasse. O que a lembrou de certo rapaz que a salvara. Talvez pudesse acrescentar isso à sua história, com um pouco de medo de confundir o final ou o percurso que queria para sua personagem com a própria vida.

Tomou um banho, deixando a água levar as lágrimas que ainda não tinham vindo à tona, cantando louvores pelo livramento que teve. Cantou a música de Preto no Branco e Priscila Alcântara, "Me deixe aqui":

Deus, só Você sabe o que passei
Pra chegar até aqui
Toda
montanha, tudo que eu atravessei
Quase parei

Tanto tropeço e espinho
Não aguentava mais andar

O que me dizem Cantares de Salomão?Where stories live. Discover now