Capítulo 20 - Andar de mãos dadas é bom.

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Boa tarde, querido leitor! Jesus te ama. Então, descanse no cuidado Dele, as coisa vem no tempo certo, na hora Dele. Não temas! 

A música do capítulo é "Sei é bem assim" de Elaine Martins. 

Muito obrigada a quem chegou até aqui comigo. Se gostarem do capítulo comentem e cliquem na estrelinha, ok?

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No almoço, foram servidos galinha caipira, salada, o peixe cará frito na farinha e sal, macarrão soltinho com pimenta de cheiro e cebola, tudo bem simples. Os pratos também foram simples, Sulamita gostou muito de tudo aquilo. Richard também.

Richard reparou pelas fotos e os irmãos de Sulamita que ela não tinha nada a ver, nenhum traço sequer com eles, se não os olhos que diferentes dos dela eram menos puxados. Sulamita parecia uma garota asiática em muitos aspectos.

Os homens conversavam sobre política, e também começaram a fala sobre Acaia.

— Acaia é um país muito bonito, porém, eu não sei se acho o Brasil ainda mais lindo que lá. Acho que cada um tem sua beleza peculiar.

— E você é o rei de lá? –Indagou o menino, Miguel.

— Sou o príncipe, filho do rei.

— Eu também quero ser um príncipe, mamãe!

— Mas você já é, é o príncipe de mamãe e papai. –Disse Socorro, apertando afagando os cachos de Miguel e beijando a pele branquinha e macia.

— Richard, o que realmente quer com minha irmã? –Perguntou o mais velho, sem papas na língua.

Sem palavras, Richard olhou para ela, que repreendeu o irmão:

— André, por favor.

— Senhor, estou apaixonado por sua irmã. Porém, para que tenhamos um relacionamento eu preciso resolver algumas coisas no meu país. Nunca pense que quero magoá-la ou não tratar com respeito. Quem sabe daqui um tempo, se tudo der certo, poderíamos voltar aqui e eu lhe responder de outra forma?

Sulamita e as mulheres ficaram boquiabertas. Ele dissera mesmo tudo aquilo? Os seguranças também ficaram surpresos mas tentaram não esboçar nenhuma reação. Moisés assentiu, gostando da atitude dele.

— É, tá certo. –Disse o homem de voz grave, barba farta e cabelos cacheados como os de Miguel, seu filho.

Sulamita ficou com as bochechas coradas e entrou para tomar um copo de água.

— E vocês? Nasceram aqui ou já moraram em outro lugar antes? –Indagou Richard tentando tirar a pulga que estacionou na sua orelha.

— Nossos pais se casaram e moraram em Fortaleza e depois que Sulamita chegou viemos morar aqui nesse interior.

— Ah, interessante. Perdoe a minha intromissão, mas Sulamita é adotada?

— Sulamita? Não, claro que não, de onde tirou uma coisa dessas? –O homem coçou a barba e parecendo um pouco nervoso, olhou para o horizonte.

— Mas mesmo que fosse, é um lindo gesto e acho que a pessoa em questão teria o direito de saber. Eu perguntei, pois, fisicamente, ela não tem nada a ver com nenhuma dessas fotos espalhadas pela casa.

— Acontece, seu príncipe que nós somos descendentes de índios e isso ela herdou mais que nós.

— Certo –disse o príncipe vendo que aquilo parecia uma das mentiras mais deslavadas que havia ouvido. Ou havia um segredo que o irmão não havia revelado junto com a verdade. De onde havia vindo Sulamita?

O que me dizem Cantares de Salomão?Where stories live. Discover now