capítulo catorze.

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Noah estava morando em casa. Sim, eu sei, não deixa de ser um pouco estranho e Sabina ficou sem entender nada quando ele anunciou isso pra ela. Na verdade, eu tenho quase certeza de que ela achava que estávamos tendo alguma coisa e que eu, não tinha contado nada. Não, a mesma não estava brava com a gente nem nada. Quando ela chegou nas suas próprias conclusões, absurdamente equivocadas, ficou brava por algumas horas, pra logo depois vir com sua teoria maluca. Bom, seja como for, nós estávamos bem.

Josh não gostou quando soube da novidade. Eu cheguei a ficar esperançosa na chance de ser algum tipo de ciúmes, mas no fim ele apenas disse que estaria perdendo os amigos, um para o outro. Ou seja, era ciúmes, mas era ciúmes de nós dois.

Falando nisso, Noah e Josh estavam tão próximos que eu cheguei a cogitar que eles sentissem algo um pelo o outro. Mas logo a hipótese saiu de minha cabeça ao ver Noah se agarrando com uma veterana. E eu sabia que Josh também tinha suas peguetes, mesmo que eu não tivesse visto ele com nenhuma delas. Ainda bem, porque acho que seria demais com o meu próprio coração. Não, não era drama, mas eu realmente estava com o coração em fragalhos. Ok, talvez seja um pouco de drama. Enfim, eu estava bem, na medida do possível. Noah me ajudava muito na questão de tentar superar Josh Beauchamp, mas nada tirava aqueles olhos azuis da minha cabeça. Era absurda a quantidade de tempo que eu passava pensando nele e em seu beijo. Deus, que saudade daquele beijo...

Noah estava bem. Ele não sofria tanto quanto eu, ou pelo menos era bem melhor em esconder. Eu amava morar com ele pois nós nos ajudavamos muito. Era corriqueiro em nossas rotinas colocar algum filme, não importasse o gênero, nós fazíamos pipocas, deitavamos juntos na cama de meu quarto e ficávamos ali até algum de nós cansar. Era bom estar ao redor dele.

Eu iria encontrar o Josh hoje. Tínha que dar a aula daquela matéria que ele tinha dificuldade. Eu estava nervosa porque fazia tempo que eu não ficava completamente sozinha com ele. E voltar para aquele lugar, era absurdamente tentador. Mas ia sair tudo bem, bom, eu espero.

Toco a companhia de sua casa. Quem abre a porta é uma mulher loira, bonita e que me lembrava absurdamente ao Josh. A olhei por alguns segundos até me dar conta que estava na frente da mãe dele. Ó, Deus.

A: Hm, oi. Eu vim ajudar o Josh com uma matéria. - Me bato mentalmente por me explicar tão nervosamente.

U: Oi, querida. Josh falou muito sobre você. Pode subir, ele está te esperando em cima.

Assinto, sorrindo. Eu estava morrendo de vergonha, mas a mulher era tão simpática que não pude evitar ser também. Subo as escadas para entrar no "apartamento" do Josh. O encontro deitado no sofá, com seus materiais já posto em cima da mesinha de centro. Ele me nota, levantando. Vem até mim, me dando um beijo estalado na bochecha. Pelo menos, dessa vez, ele estava vestido. Sento - me no chão, ao redor da mesinha de centro. Josh senta - se ao meu lado. Ele bufa, um pouco irritado.

J: Eu não aguento mais essa matéria, a única coisa boa que ela me trouxe foi você.

Prendo a respiração. Deus, eu definitivamente não esperava por isso. Tento me controlar, porque claramente ele estava falando da nossa amizade e não do que minha mente apaixonada estava pensando.

A: Vamos estudar, bonitinho.

Ele sorri, voltando para os cadernos. Josh realmente tinha dificuldade nessa matéria. Pra quem lidava sempre com números, lidar com pessoas e sentimentos não era seu forte.

O observo enquanto o mesmo olha com cara feia para os papéis. Eu adorava me perder em seus detalhes. Josh me fazia cada dia mais apaixonada sem ao menos saber. Suas sobrancelhas eram grossas e um pouco mais escuras que o tom de seu cabelo. Os olhos eram minimamente caídos e possuíam o tom mais bonito de azul que eu já havia visto algum dia. Olhá - los era como mergulhar em o
um oceano gélido. Seu nariz era fino, suas narinas largas. Os lábios, os mais macios que já havia provado, eram nem tão finos e nem tão grossos. Eram perfeitos para os meus. A sua mandíbula quadrada era meu objeto de desejo e eu poderia passar horas beijando - a.

Percebo que ele está me encarando com os olhos divertidos e imediatamente sinto as bochechas quentes. Desvio os olhos para os papéis. O mesmo ri. O olho novamente. Deus, como eu queria beijá - lo.

Tentando não pensar em nenhuma consequência, avanço sobre Josh. Ele se surpreende, quase caindo para trás. Mas logo sinto seus lábios se movendo sob os meus e sua língua invadindo minha boca. Deus, beijá - lo era a melhor coisa do mundo. Sua língua percorrendo a minha e explorando minha boca era como o céu. As mãos fortes apertavam minha cintura, quase machucando - as. Mas eu não me importava, a única coisa que eu tinha consciência era dele ali comigo, de como eu o queria.

Josh separa os nossos lábios quando nossos pulmões clamam por ar. Posso ver em seus olhos que ele havia se arrependido de novo. Mesmo com o peito doendo, quando o vejo abrir a boca, coloco minha mão sobre elas, impedindo - o de falar.

A: Só não fala nada, por favor. Eu tive vontade e fiz, não é grande coisa, certo? Vamos voltar a estudar.

Pego as folhas na mão, apontando para ele tudo o que eu sabia. O percebo me olhar por algum tempo, logo suspirando e voltando também para os estudos.

continua...

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