could you help me?

capítulo vinte e cinco.

ANY

Acordo com o barulho alto da porta batendo. Levanto assustada, acordando Josh que dormia com as mãos em meus cabelos. Olhamos para a porta encontrando um Noah de costas. Quando o mesmo se vira posso enxergar seus olhos vermelhos e me preocupo imediatamente, levantando - me e indo até ele.

- O que aconteceu, Noah? Te fizeram alguma coisa na rua? - Pergunto, já em sua frente examinando todo seu corpo procurando por algum indício de machucado.

Ele nega com a cabeça, respirando fundo e dizendo com a voz entrecortada.

- Tá tudo bem, anjo. Não se preocupa, uh? Vai curtir seu namorado. - Reviro os olhos o puxando para o sofá, de onde Josh nos observa. Sento - me ao lado do loiro, colocando Noah em nossa frente. Pego em suas mãos.

- Fala logo, Noah. Não vou deixar de cuidar de você porque agora estou com ele. E ele entende isso, não é Josh? - Viro - me para o loiro, e sorrio ao vê-lo concordando, com um pequeno sorriso nos lábios.

- É, cara. Nós somos amigos, passado é passado. - Fico feliz ao vê-lo se esforçando e mando um beijo quando o mesmo pisca para mim.

Noah suspira, a postura mudando ao ter os ombros caídos. Meu coração aperta ao ver meu amigo assim.

- Você sabe, Any. Sai com a Sabina hoje e me decepcionei de novo. Acontece e vai acontecer várias vezes até eu conseguir superar ela. Fazer o que não é? Nem todo mundo tem a sorte de vocês. - Ele solta um sorriso triste. Me aproximo, segurando suas mãos. 

- Não é porque você gosta dela que tem que aguentar todas as merdas, Noah. Não acha melhor se afastar um pouco? Dar um tempo nessa relação? Eu falo como amiga dos dois, pra ela também não deve ser fácil saber que está machucando alguém tão próximo.

Ele suspira, os olhos marejados. Seus olhos verdes eram muito bonitos para estarem tão apagados.

- Você tem razão, Any. Só é difícil, eu gosto dela, gosto de estar perto dela, mesmo quando me faz mal. - Ele inspira fundo - Desculpa incomodar vocês com as minhas merdas, uh? E parabéns, torço muito por vocês.

- Cara, você nunca vai incomodar a gente. Independente do que aconteceu, você é nosso amigo, meu amigo. Pode contar com a gente sempre, sabe disso. - Josh diz e é minha vez de ter os olhos cheios d'água.

- Eu sei, eu sei. Amo vocês. Obrigado por isso. - Ele abraça nós dois ao mesmo tempo; quando nos solta, se vira para o loiro ao meu lado. Os olhos ainda nublados. - Cara, te falei lá fora mais cedo e agora que se acertaram eu vou avisar mais uma vez. Experimenta arrancar uma lágrima dessa menina aqui, que você vai desejar nunca ter nascido.

Levanto as sobrancelhas com a surpresa do tom raivoso do meu melhor amigo. Josh sorri, não parecendo afetado com a ameaça.

- Cara, eu gosto demais dela pra fazer alguma merda. Mas se por acaso eu fizer, pode deixar que eu mesmo dou um jeito de me dar uma surra.

Sorrio com suas palavras e Noah também, assim como eu, acreditando nas palavras do loiro.

- Eu conto com isso. Vou subir, ok? Aproveitem, pombinhos. - Ele cumprimenta Josh batendo em sua mão, e me da um beijo na testa, antes de subir correndo.

Suspiro, chateada com a situação. Era horrível estar no meio de dois amigos e ver um sofrendo tanto pelo outro. Eu queria poder tirar toda a dor e acabar logo com toda essa situação.

- O que é esse vinco em sua testa hein, linda? - Josh perguntando, passando a mão no local mencionado, suavizando minha expressão.

- Estou preocupada com ele, Josh. Não gosto de vê- lo assim, não combina com aquele menino feliz que eu conheço.

- Eu sei que é ruim ver alguém que a gente se importa tanto sofrer assim, mas essa dor não tem como a gente tirar dali, linda. O que a gente pode fazer fazer é estar aqui por ele, sim? Ele vai superar, sabemos que sim. Logo ele estará bem, eu te prometo. - Sorrio, inclinando meu pescoço para lhe dar um selinho. Ele puxa minha cabeça, deitando - me em seu peito.

- Você é maravilhoso, sabia? Noah tem razão, não é todo mundo que tem a nossa sorte.

- Claro que ele tem, ninguém no mundo tem a mesma sorte que a minha de te ter nos braços e poder te chamar de minha.

- Hm, temos um galanteador, uh? Não conhecia esse seu lado.

- Prometo te mostrar todos eles, minha linda. - Dou risada do tom malicioso de sua voz, batendo em seu braço de leve. Sorrio ainda mais largo ao ouvir sua risada e senti - lo apertar - me em seus braços.

Eu me sentia em casa.