capitulo 8

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REBECA

Um pouco desorientada, abro os olhos lentamente. De início, percebendo que estou em um dormitório do avião. Tento levantar a cabeça, reparando o ambiente sob a penumbra, e olhando ao redor, levo um choque notando Alexander do outro lado da cama onde me encontro.
Fico parada, olhando-o, experimentando um arrepio percorrer minha pele e também consciente de que o corpo quente no qual eu me aconchegava, era o dele.
Sem conseguir respirar direito, contemplo-o, enquanto dorme tranquilamente. Reparo o rosto másculo e perfeito. Não há como negar que a beleza de Alexander é impressionante, e que ele é o homem o mais bonito que meus olhos já viram. Sem me conter, aproveito para observar o peito largo e cheio de músculos terminando no abdômen trincado, que a camisa com botões abertos revelam.
Subitamente, sou invadida por um calor entre as pernas e um desejo quase irresistível de toca-lo. Queria de verdade sentir a força dos músculos rijos e harmonioso. Sem fôlego, desvio os olhos dele, para fugir da tentação e me concentro em examinar o cômodo luxuoso, iluminada pela luz fraca do abajur. Enquanto isso, o avião segue rasgando o céu rumo ao desconhecido. Pelo visto a viajem vai ser longa, e eu preciso de um banho urgente para me livrar do mal-estar e a moleza no corpo. Sem contar que não é seguro ficar perto de Alexander. Pensando assim, tento me levantar apoiando os cotovelos no colchão. No momento que fico sentada na beira da cama, sinto o estômago embrulhado e uma leve náusea. Me sinto tonta, prestes a tombar, por isso me encosto na cabeceira e fecho os olhos por um momento. Com dificuldade fico em pé, abrindo os olhos e vendo tudo girando, então sento de novo no colchão, tentando controlar a vertigem e o gosto amargo na boca. Com um suspiro baixo, volta a olhar para Alexander completamente alheio a minha situação, em sono profundo sem nenhuma culpa.
Vendo-o assim, ninguém diria que este homem trata-se na verdade de um dos criminosos mais perigoso do mundo. Quem, em sã consciência desconfiaria de um bilionário, CEO de uma das maiores e bem-sucedida rede de hotéis da Europa? Ele criou uma imagem irrevogável de benfeitor, homem íntegro, colaborador de projetos beneficentes, com doações generosas. Tudo isso não passa de uma fachada bonita para ocultar sua verdadeira natureza.
Alexander é um homem implacável e impiedoso com seus inimigos. Os que se arriscaram em desafiá-lo, sofreram com terríveis punições. Esses detalhes sombrios da vida dele são motivos suficientes para que eu nunca o amasse. Afinal, detesto qualquer tipo de violência. Mas inexplicavelmente esse forte sentimento nasceu em meu coração e eu sucumbi.

Como se soubesse que é o centro dos meus pensamentos, ele se move sobre colchão, fazendo meu coração dar um solavanco. Por temer ser pega em flagrante, viro bruscamente. O gesto, faz tudo girar novamente. Fecho os olhos para dissipar a náusea e desço os pés ao chão para levantar-me. Prestes a vomitar.
prossigo para uma com esperança que seja o banheiro e a empurro, entrando com a mão na boca. Ao entrar no espaço, mal tenho tempo de levantar a tampa do vaso, quando minha boca se abre involuntariamente e o liquido amargo é expelido. Nem me recupero do primeiro vômito, uma nova onda de vômitos surpreende ao mesmo tempo que tusso. Sinto as batidas do coração zumbindo no ouvido de tanta fraqueza e minha respiração segue irregular. A porta subitamente é aberta, e Alexander aproxima-se, agachando-se do meu lado, enquanto continuo com a cabeça dentro do vaso vomitando até o que não comi.
Com delicadeza, ele segura meus cabelos, prendendo-os para trás com suas mãos grandes.

Enfim consigo para de vomitar, mas a sensação de fraqueza é horrível. Sem falar da situação vergonhosa.
Minha cabeça começa a latejar, culminando para uma tontura.

-- Você precisa de um banho. Decreta em tom de desagrado.

Não tenho condições nem de me locomover, quanto mais tomar um banho.

Como se lesse meus pensamentos, Alexander levanta-me do chão, me pondo de costas para abrir o zíper do meu vestido.

-- O que está fazendo? --Indago nervosa, tentando me soltar.

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