CAPÍTULO 37

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ALEXANDER 

Durante alguns segundos, observo a limusine partir, levando Rebeca

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Durante alguns segundos, observo a limusine partir, levando Rebeca. Retesando o maxilar, ignoro as pessoas relanceando seus olhares em minha direção, enquanto tento controlar o desejo de cometer uma insanidade. 

Aos diabos com Rebeca! Por que ela tem que ser tão teimosa? Praguejo em pensamentos.

Suspiro irritado, e ao inspirar o ar para os pulmões, acabo inalando o cheiro de vômito grudado a minha roupa. Fazendo uma careta, rodo sobre os calcanhares voltando ao interior do hotel, consciente de que, estou sendo o centro das atenções dos hospedes e dos empregados também. Todos tentam disfarçar, mas pressinto os olhares furtivos os murmúrios especulativos. Mas é só direcionar os olhos ao redor, os bisbilhoteiros automaticamente, trata de puxar conversa com a pessoa do lado. Respiro fundo, e fechando a cara, prossigo ao elevador privativo, dando as costas aos curiosos, e no caminho, quase colido com um dos empregados, que recebendo um olhar assassino, dispara para outro rumo. Entro no elevador, sentindo a intensidade da frustração e o cansaço físico. Ao descer do elevador e abrir a porta do escritório, me dirijo ao banheiro para me livrar das roupas fétidas. Depois de me enfiar em roupas limpas, me posto a janela, pensando em tudo o que aconteceu. E de novo, Lembro com um sentimento estranho e um aperto no peito, da expressão de dor no rosto de Rebeca. Eu tinha em mente que essa conversa seria difícil. Sua objeção aos meus planos, de certa forma, era esperada, mas, não imaginava tanta teimosia e resistência. Rebeca está determinada a proteger o filho. E, De repente, se comporta como se eu estivesse conspirando contra ela... Nem diálogo, nem ameaças, foram suficientes para fazê-la entender que, o que estou propondo é o único caminho possível. A solução é perfeita para a situação temporária. No entanto, ela não quis me ouvir, preferiu fugir num momento decisivo. O que resultou num episódio lamentável. Inquieto, me afasto da janela e ando até poltrona atrás da mesa, onde me jogo pesadamente, no instante em que no rastreador, o visor, mostra exatamente a localização da limusine em que ela se foi, quase meia hora. O local indicado é a praia de Fornilho Positano.

Ligo para o Lucas imediatamente, querendo uma explicação.

-- Por que estão parados nessa área? -- Questiono impaciente.

--A senhora Rebeca pediu para ficar olhando o mar por alguns instantes, senhor. – Ele informa.

Por um momento, fico calado, pensando

-- Tudo bem, mas fique de olho nela! Não quero nenhuma surpresa. -- Determino ríspido, deslizando as mãos nervosamente sobre meus cabelos.

-- Sim, senhor!

Desligo o celular e giro a poltrona, para a parede de vidro que dar para o campo de golfe, agora quase vazio. E olho para o vasto território, onde ao fim, uma enorme colina se destaca em um cenário exuberante. Mas não me atento a observar a natureza, porque meus pensamentos estão turvados pelas preocupações. Admito, que, pela primeira vez, me encontro hesitante em decidir uma situação. Por mais que eu queira ir afundo nos meus planos em relação ao destino dessa criança, algo me incomoda. Mas estou determinado, e não cederei um milímetro. A criança irá para um internato assim que nascer. Lá, será protegida, bem alimentada e Rebeca receberá um relatório do seu dia a dia.

UMA TRAMA DO DESTINO- RELEITURAWhere stories live. Discover now