CAPÍTULO 34

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ALEXANDER

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ALEXANDER

Evidentemente minha posição como chefe de uma máfia poderosa, acarreta muitas responsabilidades, mas também traz consigo muito privilégios e vantagens. O poder me fascina. Gosto de me sentir no topo. Sem pontos fracos, sem hesitação. Odeio admitir, mas a ideia de ter gerado um filho, é assustadora. Estou tão furioso com Rebeca, transtornando até. Eu a culpo por ter sido descuidada, mas também reconheço minha parcela de culpa. Mas porque essa sensação de ter me sido enganado? Uma estranha agonia se apoderou de mim, precedendo a uma irritação. E agora, agora eu tremo, embora não visivelmente, mas internamente. Porque aparentemente, me mantenho impassível, olhando a tela que projeta a imagem indefinida daquele que se denomina meu filho. Não consegui exprimir uma palavra. E, nada nesse mundo me faria dizer qualquer coisa. Com os olhos cravados na imagem, fiquei completamente sem reação, quando o médico sugeriu que ouvíssemos o coraçãozinho do bebê.

Maldição!

O coração do bebê, ressoou nos meus ouvidos, em ritmo rápido, forte e vertiginoso. Como se quisesse, reivindicar seu lugar. Meu corpo ficou rígido e com esforço oprimi a ansiedade. Como puder deixar isso acontecer?

Eu tive certa expectativa de que essa gravidez não passasse de um alarme falso, mas a prova está diante dos meus olhos, me o atingindo com uma força cruel. Respirar ficou absolutamente impraticável, e se, eu prolongar mais um instante de meu tempo dentro nesse consultório, possivelmente as consequências serão lamentáveis e fatais. E prevendo cometer um ato insano, cruzei para a porta e sai no corredor.

Cego de ódio, prossegui, totalmente perturbado, em direção a saída. Quando me vi do lado de fora do prédio, me empertiguei em passos firmes ao estacionamento, onde refugiei-me no abrigo do automóvel. Embalado pela exaustão, recostei-me no espaldar do banco. Foi quando pude soltar um brado cheio de ira. Sem atinar para a razão, comecei socar o volante com os punhos várias vezes, na vã tentativa de aplacar a fúria descomunal.

Por fim, fechando os olhos com força, puxei a respiração para desacelerar o coração, e com muito esforço, voltei a respirar normalmente.

No entanto, ainda estava trêmulo e apertando o volante sob o efeito das emoções, quando Rebeca apareceu vinte minutos depois, entrou no carro e sentou no banco ao meu lado sem me olhar. Também não busquei nenhum contato visual. E apenas me limitei a dirigi para a rua em completo silêncio. Quando relanceei um rápido olhar para ela, percebi que havia chorado, porque Seus olhos estavam inchados.

Assim que que estacionei, perto da escadaria, saltei para fora, e subi os degraus para casa, como se tivesse fugindo.

Precisava refletir, pensar nos próximos passos.

Entrando em casa, pus meus pés, na entrada do escritório, deparando-me com Enrico sentado atras da escrivaninha. Por um breve instante tive vontade de fazer o caminho de volta, mas era tarde. O jeito foi terminar de entrar e enfrentar seu desagrado.

UMA TRAMA DO DESTINO- RELEITURAOnde histórias criam vida. Descubra agora