Bônus-- Petra

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Pensamentos desanimadores me atormentam. E o pior, é que, não consigo parar de pensar. Ando de um lado para o outro, traço meus próximos passos, se por acaso eu tiver conseguido arruinar o casamento de Alexander. Se tudo aconteceu conforme o previsto, talvez nem tenha casamento. Mas se todo meu plano tiver ido água abaixo, terei que começar tudo de novo. E dessa vez não hesitarei em tirar Rebeca do meu caminho. Mas nada pode dar errado. O  plano é perfeito. E o ardil imperdoável.  Capaz de afastá-los definitivamente. E a cumplice foi ideal para efetuar a armadilha.  Só não imaginava que seria tão fácil, executá-la. O entre e sai da casa dos Castellari facilitou tudo. É questão de tempo. E logo eu terei a notícia mais maravilhosa dos últimos meses.
Mas porquê ninguém me manda uma informação? Parece que todos foram abduzidos da face da terra.
Depois de tentar falar com mais um conhecido, e dar em nada. Cogito quem mais teria sido convidado, que eu possa perguntar algo. Dado as circunstâncias não posso sair por aí fazendo perguntas para qualquer um. Mas a falta de notícia é desesperadora. Estou a ponto de ter uma crise nervosa.

Antonella!

Sim. Ela é a resposta para todas as minha duvidas já que meus cumplices sumiram do mapa. A família dela por incrível que pareça foi convidada. Com certeza só foram convidados por causa de Rock. Mas logo lembro que perdi o contato dela, e não tendo outra alternativa, como último recurso ligo para Aquino. Ele não perderá a chance de mandar a filha vir até a mim, na ilusão de que pode arrancar alguma informação sobre meu pai.

Acertei em cheio! Meia hora depois, assim como pensei, o peixe mordeu a isca. Sorrio ao ser informada que Antonella está subindo.

Me apresso para recebê-la no hall, e me adianto em cumprimentá-la com um sorriso amável e um beijo doce sua face. Reparo que a idiota está cada dia mais bonita e jovem.
Nem parece que se passaram quase oito anos, desde o colegial.

-- Que bom que atendeu meu pedido. –Digo segurando sua mão entre as minhas, mantendo um sorriso forçado— faz tempos que não nos vemos. Tive duas vezes na casa da sua mãe, mas decidi não a incomodar quando Loreta disse que você estava com dor de cabeça. –Puxo o assunto, levando-a para a sala.

-- Sim,  Minha mãe me disse-- Ela menciona, quando indico o sofá.

--Confesso que pensei que estava me evitando.

Ela balança a cabeça, negativamente. Tentando parecer calma, mas muito nervosa por dentro, sento-me no sofá em sua frente, examinando-a atentamente.

-- Estou falando sem parar... – Comento dando uma risada. —é que nem acredito que depois de tanto tempo estamos diante uma da outra, conversando como velhas amigas.

-- Por que você me chamou aqui? – sua pergunta brusca, me força a colocar a mente para trabalhar. --Pelo avanço das horas, deve ter um bom motivo –  acrescenta, olhando-me séria.

Respiro fundo, tomando coragem para tocar no assunto.

-- Peço desculpa por importuná-la a essa hora – murmuro propositalmente. – Mas eu não resisti. E como não consegui falar com ninguém que me desse uma informação, lembrei de você.

-- Não entendo.

-- Eu queria saber como foi o casamento.

--Me chamou aqui para isso? Só para que eu conte do casamento? -- Ela replica cética.

--Não me julgue. Eu sei que parece loucura.  Mas não consegui me conter de curiosidade. Acontece que eu tinha esperança que no último segundo algo desse errado

--Nao teve nada de errado. Foi tudo maravilhoso...

-Maravilhoso? ... Alexander estava feliz? –pergunto, segurando a respiração.

UMA TRAMA DO DESTINO- RELEITURAWhere stories live. Discover now