Rebeca tinha oito anos quando os pais morreram em um acidente de carro. Levada para itália pela tia, nem desconfia que ficará sobre o mesmo teto do homem que provocou o acidente. Sem contar que dez anos depois, ela se apaixona por ele: Alexander C...
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Estou terminando de me arrumar em frente ao espelho, quando tia Norah entra no quarto.
-- Vai sair? —pergunta, me analisando no conjunto para gestante- calça legging e uma blusa com casaco de caxemira.
--Sim—digo me virando para olhá-la. —Vou ver Alexander.
Ela sacode a cabeça.
-- Está cometendo um erro—reprova, enchendo-me de pânico.
-- Eu preciso falar com ele, tia —digo, tentando não me impressionar-- não suporto mais esse silêncio. Essa incerteza pairando sobre minha cabeça.
Ela respira fundo, e senta-se na poltrona ao lado.
--Rebeca... precisa ser paciente. Espere mais um pouco...
-- Esperar? – interrompo-a.—nos últimos tempos, minha vida se limitou em espera. E agora estou com cinco meses de gravidez. Dentro de alguns meses meu filho vai nascer e eu preciso saber qual é o plano de Alexander para ele.
-- Por isso é melhor esperar que ele mesmo diga.
-- E, se for tarde demais para que eu tome uma decisão? – Menciono drasticamente.
-- Seja lá o que ele tem em mente, não poderá fazer nada para impedi-lo.
--Mas eu preciso tentar.
-- Não ver que está cometendo uma loucura? — inquire duramente. – Se, sua ideia é de comove-lo, estará perdendo seu tempo. Alexander não se comove com nada
Sinto-me empálidecer , sob a leve maquiagem. E, magoada, ergo o queixo.
-- Eu prefiro a luta ao invés de ficar esperando de braços cruzados. — revido, sentindo um gosto amargo na boca.
Ela se levanta e me olha penalizada.
--Espero que não piore mais a sua situação. –Previne, antes de dirigir-se a porta e sair.
Sozinha, fecho os olhos por um momento, temendo que ela esteja certa. Mas preciso tentar alguma coisa pelo meu filho. Alexander age como se eu nós não existamos. E mesmo vivendo na mesma cidade, a impressão é que estamos longe um do outro por milhares de quilômetros.
Uma hora mais tarde, a limusine atravessa a muralha quilométrica que cerca a luxuosa construção, situada numa reserva natural e cercada por um imenso jardim em meio a altas palmeiras, abetos e cascatas artificiais.
Numa parte da área uma enorme piscina com ilha em forma de lago dar um ar paradisíaco ao ambiente. O veículo percorre a avenida até a entrada do hotel ladeada pelo extenso jardim. Eu não fazia ideia da grandiosidade e luxo da cadeia de hotéis Castellari, por nunca ter entrado em um, não imaginava tanta riqueza. Riqueza, modernidade e sofisticação podem descrever a imponência do prédio de oito andares.
