II - Verdammt

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Amanhece.

Claus logo se levanta, sonolento e com um incômodo forte no lado esquerdo da cabeça, vai lavar seu rosto. Atravessando a sala ele tropeça, pego de surpresa, pela presença fantasmagórica da garota demônio  que estava sentada no teto de ponta cabeça, lendo um de seus livros que encontrou na estante.

Então, como se um flash de câmera fosse disparado em sua mente, ele se lembra do que houve noite passada.

- Não sabia que demônios se interessam por astronomia.

- As coisas podem ser diferentes de como você as vê. Meu nome e Thamerin.

- Pela forma como falou comigo ontem, presumo que saiba quem sou... E falando em ver, por acaso você é proibida de usar roupas ?

Ela estava totalmente nua. Somente seus cabelos compridos cobriam sua intimidade.

- Não, mas o submundo não é um lugar onde isso seja preocupante. E sim, eu o conheço muito bem Damien.

- Está me dizendo que no inferno todos andam completamente sem roupa ?

- Nem todos, mas como disse: não nos preocupamos com isso.

Claus preferiu não prolongar o assunto. Foi até a cozinha e preparou seu café da manhã, dois croissants com um milk shake de baunilha. Quando voltou à sala estava tudo escuro, Thamerin fechou as cortinas tornando a sala um completo breu, pensou em reclamar mas era bom que ela não fosse vista pelas janelas.

Claus sentou-se e observou-a flutuando dois palmos acima do tapete, a sua frente o livro que ainda deixava Claus em dúvida, porém ele freava as perguntas por achar que nem mesmo ela sabia todas as respostas que ele precisava.

- Você poderia me explicar agora o porque que veio atrás de mim ?- Disse sério, antes de começar a comer. Ela tocou os pés no chão e ficou de pé na frente dele.

- Claus você é descendente de um dos primeiro e maiores clãs de caçadores que a terra já conheceu, e por isso só você pode me libertar. - Ela parou por um segundo e depois continuou a explicação. - Um dos grandes do submundo apareceu para mim quando eu ainda era humana, isso foi a uns 700 anos, ele me fez promessas e me encantou com seus truques. E me pediu para que fugisse do casebre onde morava e ficasse com ele em seu castelo. Ele mentiu. O que ele realmente queria era minha pureza, talvez inocência, e quando à conseguiu ele me largou semi morta em uma floresta, que me lembro vagamente.

- Entendo… você foi amaldiçoada.

- Sim....

Ele colocou o copo em cima do criado e mordeu seu croissant. - Me responda, o que isso tem a ver comigo ?

Ela flutuou novamente e colocou-se no braço do outro sofá. Você é o único caçador restante do clã e por esse motivo, é o único capaz de matar os demônios que retém o poder de devolver a minha forma humana.

- Então você quer que eu mate um demônio ?

- Na verdade.... são seis .O demônio original que me enganou já está morto, e tudo se resolveria com a morte dele, isso se ele não tivesse dividido seu próprio poder em seis antes de morrer.

- Espera um minuto, como se essa história de matar um demônio já não fosse absurda o suficiente, você ainda me diz que não é apenas um, mas seis? Me desculpe garota demônio, ou seja lá o que você for, mas terá que procurar outro pra te ajudar. - Ele se levantou e foi até a cozinha novamente, ela permaneceu de cabeça baixa, em silêncio.

- Bom agora preciso sair, volto mais tarde. Fique o tempo que quiser desde que não seja muito. - Ela apenas acenou com a cabeça e continuou fitando o chão. Ele fechou a porta, desceu a escada, pegou sua moto e se foi.

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