XIII - Vergnügen

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Vrrrrrrrr.....Vrrrrrrrr....Vrrrrrrrr...

Claus ouviu o celular vibrando sobre a escrivaninha ao seu lado, nem se lembrava de que o deixou ali. Haviam chegado várias mensagens de texto, todas de Beatrice, ela pedia para que ele a encontrasse, e em uma delas foi citado que um outro aluno da classe dela havia morrido esmagado por um trem no dia anterior.

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10:07

A Harley Davison cruzava a ponte de saída da cidade enquanto o corvo pairava no céu acima.

Não demorou muito para chegar, ao bater no portão de madeira Claus notou o quanto aquele lugar era movimentado, haviam pessoas andando para todos os lados, com ternos de marca ou bermudas simples, era estranho imaginar que nenhuma delas soubesse realmente da existência de demônios e seres sobrenaturais.

A avó de Beatrice, senhora Marília, abre o portão e insiste muito para Claus entrar, ele não queria mas quando deu por si já havia estacionado a moto no pátio, Thamerin havia sumido, pelomenos ela sabia a hora perfeita para isso, pensou ele.

Beatrice estava sentada na varanda tomando algum líquido que exalava um cheiro doce, ela convidou- o, para acompanha- la, mas Claus recusou gentilmente.

- Desculpe a demora, por que me chamou aqui? - Disse Claus indo direto ao ponto.

- Venha comigo, você precisa ver.

Claus a acompanhou até o segundo andar da casa, linda e totalmente decorada por dentro, alguém de muito bom gosto era a senhora Marília. Entraram em um quarto amplo e bem arejado, com uma varanda de vidro e cortinas brancas que deixavam o quarto bem claro, nada havia de errado até ver a cama.

- Eu encontrei isso em meu colo hoje quando acordei.

Claus franziu o cenho enquanto observava uma pena grande e ensangüentada sobre o lençol verde, cheirava podre e parecia que o sangue jorrava de dentro da pena, pois quando Claus a levantou, ela gotejou como se estivesse cheia.

- Claus você sabe o que isso quer dizer?

- Beatrice falava de longe encostada na porta.

- Não. Infelizmente.

- Por que essa coisa que me persegue não me matou ainda ?

- Pelo que entendi, por que você ainda tem colegas vivos.

- Mas se ele quer a min por que não me mata logo ?

- Provavelmente ele quer mais do que isso.

- Não entendo.

- Vou procurar as respostas de que você precisa, mas tem uma coisa. Você deve sair de perto de entes queridos,agora vejo que fazer você vir pra cá pode ter sido um erro.

-Mas por que ?

- Você reconhece que aquilo caça as pessoas que mantiveram contato com você certo ? acha que ficar aqui com sua família e seguro para elas ?

- Tem razão, mas pra onde ir ?- Os olhos dela arderam em lágrimas, mas não permitiu que elas caíssem. lembrou- se de sua mãe e isso dificultou as coisas.

- Volte a sua casa, tente ficar lá até que eu encontre as respostas que procuramos. Pegue suas coisas.

- Sim.

Claus trouxe Beatrice de volta a casa dela, foi um pouco assustador para ela voltar aquele lugar, ela pensou que encontraria sujeira e podridão, mas tudo estava estranhamente limpo e quieto. Era uma casa normal exceto pelas memórias obscuras na mente da garota que perdeu a mãe de maneira edionda.

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