V - Ablenkung

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Beatrice estava em seu quarto, ainda chorava pelo incidente.





Ela não teria aulas pelo resto da semana por motivo de luto, cinco mortes em uma única sala, a polícia citou a hipótese de interditar o campus mas não havia indícios que levassem a uma investigação plausível, não havia como humanos entenderem o que havia ocorrido ali. Os peritos constataram que foi um acidente, descartando assim qualquer possibilidade de desconfiança da polícia sobre assassinatos.

Sua mãe havia saído cedo e provavelmente ficaria fora o dia todo, ela resolve levantar- se e comer algo, desde o acidente ela não se alimentava direito.

Após passar na cozinha ela se senta no sofá e liga sua TV, felizmente os noticiários pararam de falar do acidente. Ela alternava os canais indecisa sobre o que assistir, sua mente se perdeu dentre as imagens então ela pensou em Claus, não sabia o que era aquilo que ele fazia ela sentir mas um pouco de medo com certeza, suas memorias do dia em que ele a levou em casa eram algo que ela gostava de manter quentes.

A chuva fazia muito barulho la fora, mas o som que veio de dentro da casa a assustou mais, a TV desligou e ligou novamente sozinha, a aba da janela abriu deixando entrar vento gelado por toda a sala. Beatrice se levantou foi ate a cozinha, fechou a janela e ao se virar assustou- se com a presença inusitada.

- Pensei que não voltaria Myrael.-
Uma garota ruiva estava encostada na parede atrás de Beatrice, seu cabelo jogado no rosto e seus olhos possuíam um brilho angelical.

- Eu sempre vou voltar.

- Então por que sumiu depois de ter me salvado daquele acidente ?

- Precisei resolver algumas coisas urgentes, desculpe.

- Tudo bem, fico feliz de você estar aqui.

- Eu sou sua protetora lembra ?

A garota ruiva se aproximou, era um pouco mais alta que Beatrice, ela a abraça com muita saudade então as duas vão para a sala. Elas se tratavam como grandes amigas, pareciam bem intimas, a garota ruiva perguntou quem era o garoto que tanto encomodava Beatrice e ela contou a história, Myrael convence Beatricea ligar para ele convida- lo para um passeio ou algo assim, afinal Beatrice precisava descontrair e esquecer o trauma que passou a pouco tempo, Beatrice concorda.

~~~~~

Claus estava sentado na varanda observando a noite chegar, preocupado com Beatrice e com a intrigante garota demônio em sua casa.

Ele decide tentar saber mais sobre o tal clã que ela diz que ele pertence, o clima da cidade quase sempre frio e chuvoso, provavelmente algum poste deve ter sido derrubado deixando a rua em que ficava a casa de Claus sem energia elétrica, ele ouve Thammerin saindo do quarto e ele entra na casa.

- Esta melhor ?- Claus disse aproximando - se do sofá.

- Sim, eu so precisei dormir.

- Entendo...

- Claus está tudo bem, ja sofri coisas piores. Estive pensando, e já e hora de te contar.

- Do que está falando ?

- Primeiramente o seu clã foi concebido por um guerreiro do passado que fez uma aliança com um anjo apos perder seus dois filhos, ele jurou ao anjo que caçaria os demônios por toda terra e seus descendentes fariam o mesmo pelas gerações que se viriam até o fim dos dias. O anjo Gabriel que por falta de anjos na terra aceitou, os anjos caidos que não se corromperam foram mortos periodicamente pelas hordas do inferno, e por séculos essa batalha foi travada, e até hoje.

- Meu pai ja havia comentado algo sobre nossa familia ser antiga, então era isso que ele quiz diser?

- E provavel, Claus, você já esta na idade de manifestar os dons que o anjo cedeu a sua familia, para afetar um demonio como fez comigo ontem com certeza já está na hora.

- Entendo. mas então, o que devo fazer ?

- Não sou sábia o suficiente para treina- lo, mas creio que o que está acontecendo bastara.

- Por que você sempre fala por enigmas ?

- Por que de outra forma, perderia toda a graça. - Disse e sorrindo.

- Vai me explicar ?

- Você não tem só capacidade física superior a de um humano como tem sentidos apurados de forma sobrenatural, mas é complicado explicar.

A sala estava escura, assim como todo o quarteirão, uma pequena luminária amtiga queimava e seu fogo dançava em meio a sombras, além disso a única luz do comodo provinha dos olhos grandes e dourados de Thammerin, ela e Claus pareciam estar se entendendo finalmente, isso graças ao fato de ele quase te- la matado na noite anterior, seus passeios juntos também contribuíam...

Ele notou que nos últimos dias ela parecia debilitada, doente de alguma forma, mais pálida do que o normal e passava muito tempo dormindo. A luminária estava apagando então ele colocou mais combustivel.

- O demônio Astael está caçando Beatrice.

Claus ficou estático de pé a frente dela.

- Na verdade ele está caçando todas as pessoas que mantiveram contato com ela.

- Por que ?

- Astael é conhecido por gostar de matança, de carnificina. Ele nunca ataca uma única vítima, ele escolhe uma e alimenta o medo e o pavor na alma dela até que esteja no ponto que ele gosta, então ele a devora.

- Devora- la ?

- Sim, ela provavelmente é sensitiva ou tem algum contato com o sobrenatural, e tambem não deve ser ciente do que realmente é.

- Cada passo que dou essa historia fica mais complicada. Eu preciso prptege- lá.

- Me deixa exitada ver você assim sabia ?

- Você devia pensar antes de falar.

- Mas eu pensei !. Ela passou a ponta do dedo delicadamente sobre o lábio.

O Celular toca.

- É ela ?

- Sim. ela quer se encontrar comigo.

- Ótimo vá, assim eu poderei estuda- la de perto.

- Você não deixando com que te vejam.

- ha ha ha.- Ela sorri sarcástica.

Claus vai até a cozinha, come um pedaço do bolo de chocolate granulado que havia comprado, logo após, toma um bom banho, deixando com que a água desça pelos braços e as costas, o cabelo repicado gotejando, Thamerin havia entrado no box sem que ele notasse e o observava, ela não resistiu e disse;

- Que belas costas você tem...

Ele a joga para fora do banheiro, ela sai gargalhando gostosamente.

Claus termina o banho e vai ate seu quarto, ele escolhe um jeans escuro e largo, o tênis cinza escuro, camisa azul marinho e uma jaqueta preta, pega a moto e vai ate a casa de Beatrice, após duas batidas de leve na porta ela abre, estava linda, blusa pouco decotada branca, sueter de capus lilás, um jeans tambem escuro e all stars.

Ele a comprimentou, por um segundo pensou ter visto mais alguem dentro da casa, mas devia ser so impressão, os dois montam na moto e se foram em direção ao parque.

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