VIII - Gemetzel

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Claus se quer entendeu o por que a criatura havia dito aquilo.

Mas a cena era tão chocante que pouco importava, seja lá o que fosse aquilo tinha um apetite insano por carne humana, e nem se importava com a presença de Claus, continuava destrinchando sua vítima e engolindo parte por parte do que parecia ser um fígado. O olhar da criatura deixou Claus sem conseguir se mover, jamais viu algo tão sinistro.

Ele tremia observando aquilo engolir a carne do cadáver como se fosse um doce, só então se lembrou das palavras de Thamerin sobre Beatrice e o real medo tomou seu coração.

- Veja ali. - Thamerin em forma de corvo apontou a pequena pessoa encolhida no canto do quarto mergulhada no mais profundo pavor.

Naquele momento Claus sentiu-se agradecido por ela ainda estar viva e parecer não ter se ferido, então ele olhou com mais atenção ao que o monstro devorava, tiras do corpo sem vida da mãe de Beatrice. Havia tanto medo nos olhos dela que parecia que a vida tambem os havia deixado, a unica coisa que Claus pode fazer foi pega- la no colo e correr para longe dali.

Escadas baixo e logo chegaram a moto, Claus acelerou sem nem olhar para trás, foram até o hospital da cidade, a enfermeira disse que Beatrice estava em estado de choque mas ficaria bem, ela foi medicada e dormia no momento.

Ele foi até um telefone público e ligou para a polícia relatando o incidente, claro,inventando uma história qualquer para esconder a verdade, e preferiu não dar sua identidade por segurança, o delegado disse que iriam averiguar.

Novamente, coisas demais em sua mente, Claus não sabia o que faria a seguir, estar sozinho não e nada fácil, mas ele já havia se acostumado, sentado ao lado de Beatrice observando- a, mais uma vez a enfermeira disse que ela estava bem, Claus parecia realmente preocupado.

- Eu posso deixa- la aqui por algum tempo ?

- Sim, ela pode permanecer por até um dia sem dar entrada por não ser nada grave.

- Eu lhe agradeço, aqui está meu telefone por favor qualquer coisa ligue. - Disse entregando a ela um pedaço de papel e saiu.

Numero dezoito da rua quatorze, a casa de Beatrice, um carro da patrulha parada na rua e dois políciais batiam na porta, ninguém respondia mas logo notaram que estava arrombada ai então entraram, olharam pela sala, cozinha, banheiro, quintal dos fundos, segundo andar, quartos, a outra sala mas parece que a unica coisa errada era a porta.

Não era possível que não tivessem notado toda aquela carnificina no quarto de cima, pensou Claus, mas os dois policiais sairam como se não houvesse realamnete nada demais, fizeram algumas anotações e nada mais, apenas isso e foram embora.

- Claus eu preciso falar com você.

- Será que você só escolhe os momentos mais inoportunos para aparecer ?

- Se não quer saber sobre aquilo que devorou a mãe da garota tudo bem eu me calo.

- Não seja cínica.

- Você é que é sem graça.

- Diga logo ou depeno você.

- Astael é conhecido por sua fome insaciável, e o pior de tudo e que as pessoas devoradas por ele tem a existência apagada quase completamente, creio que apenas você é a garota se lembrarão do ocorrido.

- Como isso e possível ?

- Eu não faço as regras Claus, eu apenas as sigo.

~~~~~

De volta ao hospital, Beatrice já havia acordado. Ela permaneceu em silêncio ate ver Claus, pediu que ele se sentasse ao lado dela, ele arrastou a poltrona destinada a acompanhantes dos pacientes para ouvir o que ela tinha a dizer.

Hunter Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz