XII - Unterwelt

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Ao abrir seus olhos não reconheceu onde estava, Thamerin levantou- se e saiu da cabana improvisada com medo de algo que se quer sabia o que era, sua pressa a fez tropeçar e se não fosse Claus ela teria ido de encontro ao chão.

- O que está acontecendo com você ?

- Eu não sei, depois que renunciei a certas obrigações e práticas que são provenientes da minha atual condição eu venho me sentindo fraca.

- Você diz, hábitos de Succubus ?

- Infelizmente sim, Talvez o diabo tenha feito isso para todos nós demônios sempre o obedecermos.

- Pensei que não poderiam recusar nem se quisessem.

- Assim como vocês humanos, os anjos que se aliaram ao Lúcifer só fizeram isso pra ganhar o livre arbítrio, o tão famoso direito de escolha.

- Mas com você não seria diferente.- Ele a tomou nos braços e levou a para perto da fogueira.

- Exato, obrigada.

- Voltaremos assim que você estiver melhor, em casa poderá descansar por completo.

- Comerei algo e poderemos ir, mas precisamos ser bem rápidos, logo as ordas infernais saberão que Daedalus não mais protege este objeto e virão atrás dele.

- Daedalus estará desprotegido sem isso.

- Ele é um guardião poderoso, saberá se virar.

Thamerin comeu um pouco de pão que Claus trouxe da vila e pediu a ele que a ajudasse a levantar, estava tremula e meio zonza, Claus decidiu carrega- la nas costas, foram rápidos até o local onde ela abriria o portão.

- Faça o caminho de volta o mais rápido que conseguir e se possível não olhe para trás.

- Certo. - Disse com um pouco de dúvida.

O portão foi aberto novamente e com ele nova nuvem de enxofre fez arder os olhos de Claus, ele desceu a escada em espiral o mais rápido que pode e fez a trilha correndo, a cada segundo ficava mais rápido como um animal selvagem. Não demorou mais que dez minutos e chegaram a uma grande parede de pedra, o limite do caminho, não era possível avançar para nenhum dos lados, apenas retroceder.

- Então o que faremos agora ? -Claus perguntou a Thamerin mas ela não respondeu, dormia como uma criança sobre as costas dele.

- Ei Thamerin !! Anda logo acorda !!- Ele tentou desperta- la mais foi em vão.

Um som semelhante a um uivo porém mais grosso atingiu os ouvidos dele, algo se aproximava, algo perigoso e faminto, Mais uma vez Claus tentou acorda- la e novamente sem sussesso. Vindo do nada algo atinge Claus jogando o ao chão junto a Thamerin, ele logo sentiu garras compridas rasgando suas roupas e sua pele, seu próprio sangue jorrou pelo braço enquanto se defendia de uma boca infestada de dentes que gotejava saliva mal cheirosa e atacava vorazmente, ao se livrar dela de mau jeito logo outra atacou e novamente outra, aquilo era nada menos que um Cérbero de quase quatro metros.

Claus chutou a fera para longe mas ela rapidamente voltou a atacar, seus olhos dourados incandescentes como pedra vulcânica mostravam o quanto aquele monstro queria dilacera- lo.

Não havia opção, era apenas lutar.

Claus lançava pedras na criatura mas ela as quebrava com os dentes, a cada investida dela Claus se desviava com centimetros de diferença, em dado momento ele foi pego pela pata de garras afiadas que deixou quatro furos exatos em seu peito, a potência do golpe o arremessou para longe e ele caiu perto de Thamerin, do bolso do sobretudo o estranho objeto cai.

A cemi cruz bateu contra o chão e foi deslisando até parar perto de onde Thamerin ainda dormia, Claus não via como vencer aquele monstro que mostrava tanto empenho em tentar devora- lo.

Em último esforço ele espera o proximo ataque do Cérbero e rola por baixo dele até encontrar o objeto perto de Thammerin, ao toca- lo, notou que estava tão quente que chegava a ferver, mas não queimou sua mão, Claus instintivamente apontou- o para seu oponente, em segundos viu- se um brilho avassalador, que quando se foi levou também o monstro, o que ficou foram apenas cinzas.

Claus fitou o objeto em sua mão questionando- se sobre o verdadeiro poder daquilo, fez um lembrete mental de pedir a Succubus que o mostrasse como este objeto estranho funciona. Mas logo veio a sua mente o grande sinalizador que a arma de daedalos acabou se tornando naquele momento.

- Thamerin de um jeito ou de outro você vai ter que acordar.

Mais uma vez a segurou no colo mas ela continuava no mais profundo sono, já sem paciência ele aproveutou se do fato dela estar de bruços e deitou lhe um bem dado tapa na bunda. Ela acordou com um gemido assustado é sapeca ao mesmo tempo.

- Não para.....-Ela disse com voz sedosa.

Ela virou- se rapidamente e tentou lhe arrancar um beijo mas ele a pôs no chão, de pé.

- Agora que já está acordada, nos tire logo daqui.

- Faço tudo que quiser Damien. - Ela disse com um sorriso e mordendo os lábios.

A passagem foi aberta e puderam sair.

Por algum motivo a saída não foi aberta no mesmo lugar que a entrada, estavam numa parte da rua onde Claus morava que era sem saída, por sorte era também quase desabitada. Eles voltaram pra casa, Thamerin parecia um pouco melhor, conseguia caminhar apesar de vagarosamente.

- Finalmente meu quarto.

- Vou poder te dar banho agora Damien ?

- Vou preparar algo para você comer, quando sair do seu banho estará pronto.

- Tudo bem mas minha oferta ainda esta de pé. - ela despiu- se ali mesmo proporcionando a ele uma visão completa de seu corpo de costas.

Claus foi até a cozinha, lavou suas mãos cheias de terra preta e sangue com água gelada. pós- se a preparar o lanche de Thamerin, e após uma longa piscada notou o quanto estava cansado, seu corpo estava pesado e mal podia esperar para desabar em sua cama, mas ele não dormiria antes Thamerin.

Ao olhar os cortes em sua roupa notou os ferimentos já cicatrizando, ele estranhou mas preferiu apenas se sentir agradecido.

Ele deixou o alimento sobre a bancada da cozinha e foi até a sala, sentou- se e passou a pensar olhando para o teto, acabou dormindo no sofa mesmo.

Thamerin saiu do chuveiro junto a uma nuvem fumegante de vapor, a toalha somente jogada sobre o corpo, ela deixou seus cabelos humidos jogados sobre os seios e foi até o quarto chamando por Claus, mas ao ver que ele dormia no sofá logo notou a oportunidade perfeita para ter o que queria, mas ao ver que ele dormia profundente ela pensou em tudo que aconteceu no pouco tempo dentro do submundo, em tudo que ele fez por ela, então se vestiu e comeu o lanche preparado por ele.

Enquanto comia, Thamerin observava Claus dormindo no sofá, ela lembrou- se de como ele relutou em ajudar com o que ela pediu, passou a pensar em como as coisas mudaram de repente, se sentia agradecida mas pouco triste por que ele estava sim empenhado em destruir os demonios porem não era por ela.






(#Nota: Na mitologia grega, Cérbero= "demónio do poço" em latim: Cerberus, era um monstruoso cão de múltiplas cabeças que guardava a entrada do inferno deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. ")

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