VI - Untersuchung

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Bem vindos ao Instituto florestal Montgomery Montgomery de preservação ambiental.






O parque era enorme, cheio de árvores lindas e frondosas. Era um dos pontos turísticos da cidade e mesmo em dias de semana costumava estar sempre consideravelmente cheio, mas com a chuva as coisas ficavam um tanto paradas, Claus e Beatrice resolveram deixar a moto estacionada e caminhar pela chuva fraca, ambos gostavam disso, da água meio morna e da compania um do outro.

- Por que se mudou pra cá ? -Beatrice inicia o assunto.

- Bom, depois que meus pais morreram eu passei a ficar só, me mudei pra cá por que tenho um amigo nas redondezas que me ajuda de vez em quando.

- E voce está gostando da cidade ?

- Aqui tem muitas belezas, só precisa procurar.- Ele lançou um olhar descontraído para ela.

- Compreendo. - Ela sorri.

- E voce ? Não parece ser daqui.

- Nasci nas Filipinas, quando meu pai morreu minha mãe decidiu mudar- se de volta para perto da família dela.

Os dois andaram pelas trilhas de pedra do parque, Beatrice parou em frente a um lago cheio de gordas carpas, algumas pretas com branco e outras alaranjadas, gostava de animais, o único contato que Claus tinha com animais era um corvo sinistro que o perseguia ultimamente. Haviam também algumas outras poucas pessoas fazendo sua caminhada crepuscular pelo parque.

Por um momento Claus sente outra presença estranha ele pensou que fosse Thamerin então ignorou torcendo para que ela não fosse vista, a garoa morna finalmente para, então ele teve uma idéia de convidar Beatrice para comer algo quente.

Fora do parque dava para notar a diferença, Reaven Sity torna se um local barulhento e agitado, ao anoitecer a cidade era sempre movimentada e colorida, parecia ganhar vida apenas após as seis da tarde é morrer novamente depois de uma da manhã, seguindo a principal avenida da cidade se chegava ao mirante, e lá havia uma pizzaria cujo dono era atualmemte Marcos, o amigo de Claus, ele os ofereceu uma mesa lateral na grande varanda rústica que tinha vista para toda a cidade, e nela foram dispostas várias mesas nas cores marrom e vermelho, luminárias no estilo rústico davam um charme ao lugar, a vista era realmente linda, o sorriso de Beatrice dizia a Claus o quanto ela estava gostando do passeio, mas ao ver Thamerin de longe pousada num galho em sua forma de corvo ele lembrou- se do que precisava investigar, mas como falar disso com ela que parecia estar tão feliz e se divertindo ? Ele precisava descobrir.

Alguns fumegantes e suculentos pedaços de pizza original italiana caprichados acompanhados de bebidas geladas depois e Beatrice finalmente deu a Claus a deixa que ele precisava no assunto, Ela havia comentado que os alunos mortos dias atrás além de ser da mesma turma estavam em um mesmo grupo para um trabalho semestral, ele logo se lembrou das palavras de Thamerin sobre Astael estar caçando quem teve proximidade com Beatrice.

- Lamento.

- Tudo bem.

- Sua família deve ter ficado muito assustada com o ocorrido não..?

- Bom, sim. Mas, não durou muito, minha mãe viu que Eu estava bem é logo se tornou um assunto qualquer em meio a outros que ela ignora.

Claus sentiu a magoar escorrer das palavras dela, era um assunto complicado porém necessário.

- Desculpe, prometo ser a última pergunta mas...- Ele relutou um pouco.- Algum dos amigos deste grupo ainda está vivo ?

- Infelizmente sou a única.

A tristeza nos olhos dela o empediu de prosseguir com o assunto, a primeira brisa fria da noite a fez se aconchegar na cadeira de veludo vermelho, alguns instantes de silêncio e pensamentos vãos de ambos, antes que pudesse dizer algo ela percebe a mensagem que acabava de chegar em seu celular, era sua mãe querendo notícias, ela disse estar passando mal e pediu que ela voltasse pra casa. Um pouco contraditório com as palavras de Beatrice mas Claus não deu atenção a desconfiança.

Beatrice ficou com certeza desapontada mas explicou tudo a Claus , ele disse que estava tudo bem, então montaram novamente na motocicleta e fizeram seu caminho de volta. Diferente das últimas veses Beatrice pediu a ele que a deixasse no fim da rua, segundo ela, não queria que sua mãe criasse caso e a fizesse passar vergonha na frente de Claus.

- Obrigada por hoje.

- Não agradeça, eu também gostei.

- Talvez possamos repetir um dia desses!? - Ela disse timida.

- Claro. - Sorriu.

Despediram- se vagarosamente, Claus acompanhou- a com o olhar até que estivesse dentro de casa. Perto de onde ele estava os arbustos se remexeram logo o braço pálido puxou- o mata a dentro.

- E então o que descobriu ?- Ele perguntou.

- Sinceramente ? Nada.

- Que grande ajuda.

- Oh Damien, adoro quando você é duro comigo. - Ela jogou se sobre ele esfregando o prorpio corpo contra o dele, e sua voz com todo drama possível.

- Já disse para não tentar essas coisas comigo.

- Você ainda vai ceder.....

Claus virou se rapidamente ao ouvir o apavorante grito que veio com toda certeza da casa de Beatrice, ele pôs se a correr de imediato e Thamerin já como corvo o seguiu, rachou pela rua em poucos segundos, mas ao chegar à centímetros da maçaneta ele parou.

- Que sensação é essa ? E como se meu corpo quisesse se despedaçar e queimar ao mesmo tempo, uma dor horrível provém dessa casa neste momento, mas eu se quer posso abrir essa porta..

Thamerin pareceu ouvir o pensamento de Claus e pousou em seu ombro, mesmo sem abrir o bico Claus pode ouvir claramente suas palavras.

- Own que peninha, Chegou a hora de Beatrice morrer.

A porta foi ao chão com o golpe firme e centrado dele, o grasnar do corvo foi abafado por um novo grito vindo do segundo andar da casa, ambos correram para lá , mas, nem mesmo Claus podia acreditar no que estava acontecendo naquele quarto.

Paredes banhadas em sangue, membros mutilados espalhados pelo chão, uma cabeça rolou para o pé da cama tão fresca que seus olhos ainda moviam- se, algo com certeza não humano prostrado mais ao centro do comodo, degustando o delicioso banquete de músculos e veias mornas , recém dilaceradas.

Dois olhos rubros como aço em forja fitaram Claus por dois segundos mas logo se viraram novamente para a refeição.
Alguns chifres emaranhavam se ao cabelo,uma pele pálida e coberta por runas desconhecidas, quando a besta parecia ter acabado levantou- se e usando as costas das mãos terminadas em garras pontudas para limpar os lábios enegrecidos.

A boca da criatura abriu-se devagar revelando fileiras de dentes pontudos e serrilhados, de pé aquilo era semelhante a um homem.

- Você tem um cheiro familiar...... delicioso.

Hunter Where stories live. Discover now