Capitulo 38

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Cá estava eu, em choque, sem saber o que fazer, as lágrimas ainda escorriam pelo meu rosto pelo o que acabou de acontecer la dentro da sala, por eu ter a vida de uma pessoa que era minha melhor amiga nas mãos, aí eu saio para fora da sala e o vejo, meu mundo está completamente revirado.

TH: - Gi ? Voltou quando ? - Disse vindo até mim

Eu: - Não te interessa - Dei uma passo para trás batendo na parede - Quem é sua mulher ? Posso te informar sobre ela ? Ou prefere o enfermeiro faça isso ? - Digo limpando meu rosto.

TH: - É ... - Ele coçou a cabeça e minha fixa caiu, só tinha a Rebeca na sala de cirurgia, quem mais seria ? Olhei para a porta da sala e para ele.

Eu: - É a Rebeca né ? - Digo o olhando com uma certa raiva por ter pego uma das minhas melhores amigas - Vejo que seguiu sua vida e parabenizo por isso, mas com a minha melhor amiga ? - Passo por ele em direção a porta e bato no ombro dele, ia sair da sala mas volto - Ele está em coma, não sei quanto tempo vai ficar, vou avaliá-la melhor mais tarde, mas tirando isso a cirurgia foi um sucesso.

Tirei minha roupa de cirugia joguei no lixo com uma certa agressividade e sai daquele local, não conseguia entender porque ele tinha que continuar a vida com alguém que foi importante na minha.

Ando pelo corredor até a sala de espera, puxo todo o ar que eu podia para voltar ao normal, não podia deixar essa confusão transparecer, precisava desse emprego.

Desconhecido: - Gi ? - Diz com uma certa alegria em sua voz. Me viro para ver quem era e corro até ele.

Eu: DG ! - Abraço e sinto o conforto que eu precisava para aquele momento.

DG: - O que houve ? - Diz passando a mão em meus cabelos - Você trabalha aqui agora ? Gi me responde ! To preocupado - Ele me afasta dele e olha para mim, mas volta me abraçar - Porque você tá assim ?

Ele me tirou dali sem que eu saísse do seu abraço, fomos para área externa do hospital que quase não ia ninguém, sentamos em um banco que tinha ali e ficamos até que eu me acalmasse.

Eu: - Não queria vê-lo, porque eu tenho essa sorte ? Como já nao bastasse eu ter a vida de uma menina que foi minha melhor amiga nas minhas mãos, eu o vejo, e falando que ela é a mulher dele ? logo ela ? tinham tantas por aí. - Respiro fundo para que as lágrimas parem de cair.

DG: - Tem certas coisas que so eles podem te dizer Gi. Eu também não entendi e até hoje não entendo o porque dela, mas todos do morro gostam dela e ele também. - Disse passando a mão em meus cabelos.

Eu: - Se você sabia porque nunca me contou ? Me preparava para isso ? Se bem que você não sabia se eu voltaria, mas mesmo assim, podia ter me contado. - Digo saindo de seu abraço. - E desde quando vocês estão nesse morro ? 

DG: - Porque não é da minha vida, cada uma tem a sua e conta para quem quiser e quando quer, eu to tomando conta da minha, ainda mais com um filho agora. Mas ela sempre postou foto com ele, você nunca viu  ? - Diz me encarando. - Bom tomamos esse morro não tem 2 anos, ele é mais calmo que os outros para viver, então nós mudamos para cá, ao todo temos 4 morros para tomar conta, estamos formando um ímperio.

Eu: - Você tem razão ! Não sei porque isso mexeu comigo, acho que é pelo fato de eu ter sempre confiado nela, e ela ter ficado com ele. - Digo olhando para baixo. - Acho que ela me bloqueava para não ver as fotos, pois eu nunca vi uma.

DG: - Isso que é foda... Mas você está mais calma ? - Diz colocando a mecha do meu cabelo para trás da minha orelha

Eu: - Estou sim, obrigado por me tirar dali ... - Naquele momento chega uma mensagem que a Rebeca estava convulsionando e eu precisava correr para lá - Ah não ... - Saio correndo mas volto para dar um beijo na bochecha do DG - Depois quero conhecer seu filho.

Chego na sala e vejo os enfermeiros segurando ela, corro para ver o monitor e ver como estava seus sinais vitais.

TH: - QUE QUE ESTÁ ACONTECENDO - Diz se aproximando mais dela.

Eu: - Se afasta da cama e saia do quarto - Viro para um enfermeiro e seguro ela onde ele estava - Administra 50ml de Diazepan.

TH: - CARALHO GIOVANA, ME CONTA O QUE ESTÁ ACONTECENDO NÃO VOU SAIR DAQUI PORRA NENHUMA. - Ele me puxa pelo braço mas eu me solto dele.

Eu: - Se você não sair desse quarto, eu não vou tocar nela e nem receitar nada, e ela vai morrer por sua culpa. AGORA SAI - Me exalto e volto a atenção para a Rebeca.

Percebo ele sair do quarto e a Rebeca parar com sua crise, revejo seus sinais e faço a escuta de seus pulmões e onde estava o ferimento dela para ver se estava com algum coágulo, peço atenção redobrada com ela pra que se ocorrer novamente eu leve a para o UTI.

Saio do quarto com a prancheta dela na mão e a entrego para o enfermeiro, vejo o TH sentado no corredor apoiando sua cabeça em suas mãos, caminho até ele e o puxo para uma sala de remédio onde eu fecho a porta e só fica nos dois ali.

Eu: - VOCÊ PODE MANDAR NESSE MORRO A FORA, NESSE E NOS QUAIS VOCÊ QUISER, MAS AQUI DENTRO QUEM MANDA SOU EU. QUEM É A MÉDICA FORMADA AQUI SOU EU ... - Ele tenta me interromper mas eu levo o dedo para que ele fique calado.

- SE NÃO GOSTAR, PODE METER UMA BALA NA MINHA CABEÇA OU PEDIR A TRANSFERÊNCIA DELA. MAS ENQUANTO ELA TIVER DA PORTA DESSE POSTO PARA DENTRO, EU MANDO. E quando eu mandar você sair do quarto você vai - Digo me aproximando dele.

TH: - Nunca te vi assim - Diz se aproximando mais de mim e incrédulo - Se fosse qualquer outra pessoa já tinha sacado a arma, mas não consigo.

Eu: - Sem isso - Coloco a mão na maçaneta e me aproximo mais ainda dele, deixando nossos lábios em poucos centímetros de distância. - Espero que tenha entendido.

Nesse exato momento ele encara meus lábios e me beija, eu não consigo ter reação nenhuma, parte de mim queria aquilo, sentia falta dele. Mas a outra parte se lembra do que ele fez antes de eu ir embora e que a mulher dele está com a vida em minhas mãos.

Nesse tempo de eu estar pensando no que fazer, já tinha tirado minha camisa e a dele. Me afasto dele e pego minha camisa e meu jaleco no chão,me visto e vou em direção a porta.

TH: Gi ? Não ! Fica aqui comigo - Eu não tenho coragem alguma para virar e o encarar.

Eu: - Não vai rolar mais a gente, preciso ir ver sua MULHER. E vê se me esquece e não tente mais isso. - Saio dali batendo a porta e dando de cara com o DG sentado ali perto.

Encaro ele, mas ajeito apenas meu jaleco e saio em direção a qualquer outro local daquele hospital. Vou ver outros pacientes e atender outros para espairecer um pouco a minha mente.

A Primeira DamaWhere stories live. Discover now