A Primeira Dama

Capitulo 71

Coloco meu radinho na cintura, saio da minha sala de cara fechada, alguns vapores falam algo mas eu nem dou atenção. Subo na minha moto e vou cortando até a entrada do morro confirmar essas ideias, chego lá mais rápido que tudo, desço da minha moto e já vou colocar os vapores na parede.

Eu: - Que fita é essa ? - Digo encostando um deles que levantou a mão em rendimento.

Vapor: - Eu não sei chefe, só sei que quando ela passou aqui eu dei uma olhada no banco de trás do carro e estava cheio de arma - Ele parecia assustado.

DG: - Solta ele - Diz aparecendo do nada - Ele não tem nada haver.

Ele estava certo, eu só queria saber o porque, para onde, do nada isso ? Deve ter haver com o que a Sofia deve ter dito para ela, ou então ela só foi levar umas roupas pra doação.

Eu: - O postinho - Vou até minha moto subindo nela

DG: - Vai fazer o que ? - Diz segurando o guidão da minha moto

Eu: - Ver se ela pediu as contas do postinho, aí sim eu vou saber que ela foi embora - Dou partida e o DG solta.

Corro para o postinho que não era longe, chegando lá vou até a recepção e pergunto aonde fica o RH daquele lugar, o recepcionista me fala e eu corro até o local.

Eu: - Preciso de uma informação - Digo abrindo a porta.

Xxx: - Nao podemos te dar nenhuma informação senhor - Diz uma senhorinha de idade se aproximando de mim.

Eu: - Senhora - Levanto minha blusa deixando a arma amostra - Eu sou dono dessa porra toda, então você vai me falar sim ! - Digo me aproximando dela

Xxx: - Ok ok - Diz assustada - O que quer saber ?

Eu: - Quero saber se a Doutora Giovana Santos pediu as contas - Ela senta em sua mesa e começa a mexer no computador.

Xxx: - Sim ! Ela pediu ontem à tarde, ela passou aqui hoje cedo para pegar sua carta de recomendação - Diz retirando seus óculos.

Eu: - Obrigado - Saio da li batendo a porta.

Volto para minha sala com todo o ódio do mundo, estava assim por algum motivo, abandono talvez ? perca da minha família ? ter aberto mão de alguém ? pela Sofia ter acabado com a minha vida ? Escuto batidas na porta e logo após vejo ela sendo aberta.

Sofia: - Oi meu amor - Diz vindo sorrindo até mim, pulo da minha cadeira e a grudo pelo pescoço

Eu me tomo pela raiva com essa voz dele, me levanto com tudo da minha cadeira e a grudo pelo pescoço colocando a contra a parede. Quando mais ela se debate, mais eu aperto seu pescoço.

Eu: - Você tem noção de que acabou com a minha vida vagabunda ? - Estou coberto de raiva sem tamanha

Sofia: - Me ... Solta ... - Diz com a voz rouca por conta do aperto que eu faço em sua garganta

Eu: - Eu só não sento a porrada em você, por conta dessa cria que não merece - Solto seu pescoço e me afasto dele

Sofia: - Isso tudo só porque ela te deixou - Me viro vendo ela sorrindo e passando a mão em seu pescoço que estava com as marcas dos meus dedos.

Eu: - Você cala a porra da boca - Digo rangendo os dentes.

Sofia: - Supera amor - Ela se aproxima de mim - Com isso vamos ficar juntinhos - Diz passando a mao em mim.

Eu: - Você acha mesmo que isso vai acontecer ? - Ele afirma com a cabeça e eu seguro seus pulso - Então dorme e sonha, porque eu nunca vou ficar com uma mina que abre a perna para geral a ponto de ter uma cria que nunca vai saber quem é seu pai, pois a própria mãe sentava para todos. - Solto ela que me olha com os olhos cheio de lágrimas.

Sofia: - TH...

Eu: - SAI DAQUI PORRA - Interrompo ela que logo sai correndo da minha sala e chorando.

DG: - Precisava deixar a mina sair daqui assim ? - Diz entrando na minha sala

Eu: - Ah ! Não fode - Digo me jogando em minha cadeira.

DG: - Ta assim porque ? Me diz o motivo por você está tão estressado - Diz se sentando na cadeira de frente para minha mesa.

Eu: - Não quero falar disso agora, tenho outros assuntos para resolver com você - Digo acendendo um cigarro de maconha.

...

Após passar o resto do dia em reunião com o DG sobre os assuntos do morro, o mesmo foi embora me deixando sozinha aqui na minha sala. Minha cabeça estava cheia, com vários assuntos que envolve o morro e envolve minha vida pessoal.

Vapor: - Chefe - Diz após bater e abrir a porta.

Eu: - Entra - Digo o chamando com a mão

Vapor: - Aqui está o dinheiro que a boca faturou hoje - Diz me entregando uma boa quantia de dinheiro.

Eu: - Está tranquilo - Digo

Vapor: - Está tudo bem chefe ? - Diz me encarando

Eu: - Tá vendo se está tudo bem ? - Ele
nega com a cabeça - Então porque caralhos você me pergunta ?

Vapor: De boa, mas oh vê se relaxa - Ele joga uns pinos de cocaína na minha mesa - Por conta da casa - Ele sai da minha sala.

Encaro aqueles pinos enquanto eu me sento na minha cadeira, minha mente ali está sento tomada por vários pensamentos que estão sendo meus próprios demônios.

Quando eu me deparo em meio aos meus pensamentos, uma fileira de coca já foi, sinto a tensão do meu corpo dando uma aliviada, dou um segundo tiro, e meu corpo alivia mais um pouco.

Já tinha usado uns três pinos, meu corpo estava anestesiado, minha mente estava limpa de tudo que podia, e eu, bom já estava em outra vi láctea. Levanto e vou até meu barzinho pegar um copo de whiskey.

DG: - Olha, eu esqueci de... - Ele me encara e eu vir meu copo de whiskey.

TH: - Diga - Digo indo me sentar na minha cadeira.

DG: - Você não te fazendo isso não - Ele passa a mão na minha mesa fazendo tudo cair no chão - Nosso combinado era nunca usar isso, só o verde.

TH: - Você não fez isso - Digo me levantando da minha cadeira e segurando ele pela gola de sua camisa.

DG: - Me solta - Diz segurando meu punho.

Eu: - Vou falar só uma vez, quem manda aqui tudo, sou eu ! Quem você não é minha mãe e muito menos meu pai para falar o que eu devo ou não devo fazer, e o que eu posso ou não posso usar tá ligado ? - Solto ele

DG: - Ainda bem que ela foi embora, se eu estou com nojo de você, imagina ela - Ele sai da minha sala rápido.

Pego uma garrafa de whiskey que tinha ali e jogo conta a porta, caminho até minha mesa onde eu me sento colocando meus cotovelos em cima dela e apoiando minha cabeça sobre minhas mãos, onde eu deixo as lagrimas tomaram conta do meu rosto.