Capitulo 39.

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TH narrando

Depois que a Gi foi embora, eu foquei mais em dominar outros morros, eu e meu irmão DG tivemos a ideia de montar um imperio, dominar o máximo de morros possíveis, coisa que ninguém nunca fez.

Já faz 4 anos que ela se foi, e desde então eu não consegui namorar, casar, viver com nenhuma outra mulher, apenas ficava com algumas na noite, mas não me apeguei em nenhuma.

Certo dia estava fazendo uma ronda no morro quando eu vi a Rebeca, ela estava linda, sorrindo para alguns amigos dela e toda destruída. Ali foi a primeira vez que eu coloquei os olhos em alguma mulher depois que a Gi foi embora.

Com o tempo fui tentando me aproximar dela, levei ela em alguns passeios românticos, encontros, para roles para nosso beijo mesmo só foi sair depois de 5 meses ficando nessa de sair com ela, a mulher era marrenta comigo e eu nunca desisti dela.

Ela mexeu comigo de um jeito que só a Gi mexeu, ela tinha algo especial que me fazia ficar na dela. Falando assim até prece que eu estou todo apaixonado nela, mas estou curtindo ela com ela, gosto de estar com ela, mas amar ? Eu já não sei sinceramente.

O morro todo gosta dela, ela é simpática, se importa com todos daqui, ajuda todo mundo e me abre os olhos diante de certas situações. Ela é incrível mesmo, mas não consigo amar ela, por mim ela não estava nem comigo e sim com alguém que a ama, mas ela não quer desistir de mim. 

Hoje aqui no morro houve uma operação para tomada do morro, não foram os policiais, e sim os capangas do antigo dono, eles saíram fugidos daqui e estão tentado tomar ele de volta agora. Foi assim que a Rebecca foi atingida, ela estava escondida no meio de umas caixas na rua, foi o que me disseram.

Ela teria acabado de sair do mercado ontem tinha comprado as coisas para fazer um almoço e acabou começando o tiroteio e ela foi se esconder, mas encontraram ela e deram um tiro nela. Ela não merecia passar por nada disso, nem ninguém, por isso não queria me relacionar com alguém tão cedo. 

Agora estou eu, dentro de uma sala cheia de remédios do hospital vendo a Giovana gritar comigo, ela mudou muito depois que foi embora, ficou mais dependente, mais linda do que nunca, formada, única coisa que não mudou foi o jeito que ela mexe comigo.

Se fosse qualquer uma ou qualquer um gritando comigo com ela fez, eu teria acertado uma bala bem no meio da cabeça da pessoa, mas eu na consigo nem levantar a voz para ela. O mulher que tem o controle sobre mim.

Passo a mão em meu rosto e vou em direção a porta para sair dessa "farmácia" se é isso que eu posso chamar isso. Abriam porta e dou de cara com o DG sentado em frente daqui me encarando com uma expressão que eu ousaria a dizer que não é nada bom.

DG: - Vai machucar ela de novo ? - Me pergunta se levantando.

Eu: - Do que você está falando ? - Pergunto fechando a porta e encostando nela.

DG: - Você sabe. - Ele se aproxima de mim e cruza seus braços. - Já a machucou quando terminou com ela sem explicar nada, e aparece aqui falando e gritando com ela que quer ver sua mulher se explicar para ela que você está com a melhor amiga dela. - Diz gesticulando e deixando à mostrar seu nervosismo.

Eu: - Primeiro, eu não fazia ideia de que ela era médica daqui, segundo, eu não vou fazer nada com ela  tenho minha mulher agora, pode ficar tranquilo. - Digo e tento sair ali de perto dele mas ele me segura.

DG: - Se você fizer algo para ela, você se verá comigo. De um jeito que ninguém nunca viu - Diz me soltando.

Eu: - Não quero brigar, mas você já fez muito mais mal para ela do que eu caro amigo - Me afasto dele e vou andando até o quarto da Rebeca para eu ter notícias sobre ela.

Ando os corredores pensando em tudo que o DG disse, em partes ele tinha razão, mas eu gosto tanto da Gi, eu a amo ainda, não sei se conseguiria a manter longe de mim, ainda mais agora, que ela trabalha aqui no meu morro.

Abro a porta do quarto devagar, observando tudo lá dentro, vejo a Rebeca apagada na cama e a Gi de costas para porta nem percebendo minha presença ali, ela parecia estar checando o estado da Re.

Eu: - Com licença - Digo batendo na porta, fazendo com que a Gi se assustasse e olhasse para a porta.

Gi: - Entra. - Disse voltando a fazer o que estava. - Quer notícias sobre ela ? - Pergunta guardando seu estetoscópio no pescoço e olhando para mim

Eu: -  Por favor - Digo me sentando na poltrona do lado da cama.

Gi: - Então, a bala acabou entrando pela lateral do seu corpo, e chegou atingindo seu pulmão causando um pneumotórax.  - Diz vindo até o outro lado da cama onde eu estava e encostando na ponta da cama.

Eu: - O que seria isso ? - Digo me levantando e indo até ela.

Gi: - O pneumotórax é caracterizado pela presença de ar na cavidade pleural - Ela respira fundo e continua o diagnóstico. - A pressão no interior da cavidade pleural é normalmente negativa e isso ajuda os pulmões a se expandirem, mas perfurações acidentais, pequenos orifícios no diafragma, empiema pleural (acúmulo de pus na cavidade pleural),  podem tornar positiva essa pressão e permitir a entrada de gases no seu interior, os quais passam a comprimir os pulmões e demais órgãos torácicos. O ar que normalmente fazia os pulmões se expandirem, agora os comprime e os faz "murcharem", o que dificulta ou mesmo impede a expansibilidade desses órgãos e causa sérios problemas respiratórios. - Ela a encara e volta a me olhar.

Eu: - Então o caso é grave ? - Digo me aproximando.

Gi: - Mas do que você pensa - Diz pegando seu celular - Vou cancelar minha ida ao pronto socorro hoje e vou pedir para que alguém me cubra lá, preciso ficar de olho nessa mocinha - Diz guardando seu celular de volta em seu bolso.

Eu: - Obrigado - Digo segurando sua mão, ela me encara e da uma sorriso, mas logo puxa sua mão.

Gi: - De nada - Ela se afasta de mim e senta ali no sofá do quarto.

A Primeira DamaWhere stories live. Discover now