Capitulo 57

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TH: - O que está acontecendo aqui ? - Pergunta se levantando da sua mesa.

Eu: - Peguei esse maluco se passando por favor na entrada do morro - Digo sem abaixar minha arma e meu olhar do cara.

DG: - Como é ? - Ele se levanta do sofá da salinha e vai até o cara jogado no chão - Quem é você ? - Pergunta abaixando até ele.

Xxx: - Eu ... é ... eu - Ele gaguejava e demonstrava medo.

DG: - Fala logo caralho - Diz puxando ele para perto pela camisa.

Eu: - Calma DG - Digo indo afastar ele do cara.

TH: - Como é Giovana ? Você trás o maluco aqui e vai defender ele ? - Pergunta ainda da su mesa.

Eu: - Olha a cara dele - Vejo que o DG já se afastou e está respirando fundo no canto da sala - Ele tá amedrontado, quem quer o mal daqui não fica assim, sempre fica no deboche.

Abaixo minha arma e coloco ela no cos da minha calça.

Eu: - Calma - Me abaixo até ele - Quantos anos você tem ? - Pergunto colocando minha mão em seus ombros.

Xxx: - 14 - Diz rápido e se esquivando da minha mão em seu ombro.

Eu: - E já está no crime ? - Pergunto me afastando um pouco dele - Qual seu nome ?

Xxx: - Diego - Ele abraça seus pernas e eu vejo seus olhos encher d'água.

Olhos para os meninos que estavam me olhando sem entender, peço para que eles saiam da sala acenando com a cabeça, eles betem o pé mas eu faço minha cara de pidona e eles cedem.

Ao sair da sala, eu abraço o menino e ajudo ele a levantar do chão, ele se encolhe mais em meus braço como se estivesse com medo de algo, coloco ele sentado no sofá da sala e vou pegar um copo de água para ele.

Eu: - Ei - Puxo uma cadeira e coloco perto do sofá - Pode confiar em mim tá ? - Estendo o copo para ele que pega com um certo receio.

Diego: - Minha mãe acabou falecendo e meu pai eu nunca nem vi - Diz mais calmo depois de beber um pouco da água.

Eu: - E você acha que entrar no crime vai te ajudar no que ? - Digo cruzando meus braços e encostando na cadeira.

Diego: - Melhor do que roubar da comunidade né tia, eu preciso de dinheiro para comer - Diz com as lágrimas escorrendo dos seus olhos e fazendo eu segurar as minhas.

Eu: - Olha, primeiro que você não pode ir entrando assim no crime do nada, segundo aqui não aceitamos menores e terceiro eu vou te ajudar tá bom ? - Seguro sua mão e vejo que ela estava toda machucada.

Diego: - Como tia ?

Eu: - Vou te levar para morar comigo por enquanto, mas me prometa se comportar, eu estou te dando um voto de confiança e você viu como eu posso ser - Digo seria para ele.

Diego: - Tia não precisa se incomodar eu procuro outro morro por aí - Interrompo ele.

Eu: - Nem pensar, não vou deixar um garoto de 14 anos no mundo do crime, eu te ajudo, te coloco na escola e arrumo até um emprego honesto para você, mas preciso confiar em você - Digo me levantando e colocando a cadeira de volta no lugar de antes.

Diego: - Poxa tia ! - Diz se levantado - Obrigado mesmo, ninguém nunca me ajudou assim - Diz vindo e me abraçando - Poxa desculpa - Diz se afastando

Eu: - O que ? - Digo sem entender

Diego: - Estou todo sujo tia - Diz com vergonha

Eu: - Não tem nada demais tá ? Pode vim - Puxo ele para um abraço e vejo o TH entrar na sala - Deixa a tia conversar com ele tá ? - Digo olhando para seu rostinho.

Ele acena com a cabeça e vai para o canto da sala, fico sem entender no começo, mas o DG estava lá fora e certeza que ele estava com medo dele. Me aproximando TH e me sento em seu colo fazendo um carinho nele.

TH: - Qual é a do moleque ? - Pergunta fazendo um carinho em minhas pernas.

Eu: - Perdeu a mãe a pouco tempo e o pai ele nunca viu, ele queria um emprego mas não sabia que tinha que pedir aqui, só queria ganhar o dele, ele não quis roubar dos moradores - Respiro e continuo - Ele vai morar comigo e eu vou ajudar ele, vi a verdade em seus olhos e quero dar um voto de confiança para ele.

TH: - Tá maluca ? - Pergunta alterando seu tom

Eu: - Ei - Me levantado do seu colo - Você tá falando com sua namorada tá ? Não com um vapor.

TH: - Giovana e se...

Eu: - Não - Digo interrompendo ele - Você precisa confiar mais em mim, pensa aí nisso e depois me fala se vai confiar em mim e me apoiar.

Saio em direção ao Diego que esta de costas para gente e encarando a parede, abraço ele de lado e vou puxando para sair da sala, quando escuto um psiu do TH.

Eu: - Fala - Digo encarando ele

TH: - Eu sabia que você ia ficar linda com esse seu cabelo novo - Dou um sorriso e saio da sala.

...

Desço do meu carro com o Diego e levo ele para dentro da casa, ele fica encarando tudo, cada detalhe da casa, óbvio que o mesmo quis conhecer cada canto dela e eu levei ele para ver ela por inteira.

Diego: - Sua casa é muito linda tia - Diz terminando de descer a escada abraçado comigo.

Eu: - E a partir de agora ela vai ser dia também, mas olha - Digo levantando meu indicador - Eu to confiando em você em, se me decepcionar eu posso ser seu pior pesadelo.

Diego: - Pode ficar sussa tia - Diz se sentando no sofá do meu lado - A senhora foi muito legal comigo para eu vacilar - Diz abrindo um sorriso que era o primeiro desde que eu encontrei ele.

Eu: - Ótimo - Me levantando e estendo a mão para ele - Vamos para seu quarto que amanhã cedo a tia trabalha e vou te levar para fazer uns exames só para garantir.

Diego: - Vai rolar injeção tia ? - Pergunta com medo

Eu: - Não ! - Abro um sorriso.

Apagamos todas as luzes do andar debaixo, subimos direito para o quarto de hóspedes onde o Diego ia ficar por um tempo, ele decidiu que queria tomar um banho, mostrei o banheiro do corredor para ele fazer isso já que seu quarto não era suíte.

Vou até o meu enquanto ele toma banho e pego uma cueca nova que o TH tinha deixado aqui e uma samba- canção do mesmo para dar para o Diego logo assim que ele saísse do banho. Volto para o quarto que agora será dele e fico esperando o mesmo sair do banho.

...

Depois de alguns minutos ele aparece com a toalha enrolada em sua cintura, entrego as roupas para ele que volta pra o banheiro para se trocar, dessa vez ele demorou cerca de 2 minutos. A roupa coube certinho nele, depois do meu serviço amanhã, eu levaria ele para comprar umas próprias dele.

Vejo ele se deitar na cama e vou até ele cobrindo-o com o edredom. Dou um beijo em sua testa.

Eu: - Boa noite Di - Digo saindo do seu quarto apagando a luz.

Diego: - Boa noite tia.

Encosto a port do seu quarto e encosto nela, pedindo para que meu coração estava certo dessa vez e eu esteja realmente ajudando alguém, eu acreditei que ele estava dizendo a verdade e não queria e sei que nao estou errada em relação a ele.

Vou para meu quarto, coloco meu pijama e me jogo na cama, só entrava a tarde no trabalho então poderia acordar um pouco mais tarde do que o comum mesmo, eu tinha mais tempo para descansar também, já que estou indo dormir no meio da madrugada.

A Primeira DamaWhere stories live. Discover now