Vazio

Capítulo 2 - Loucuras do prazer

"Sou feita de acúmulos existenciais
de dores infernais
de desamores teatrais
e de vazios, vazios sem finais
Sou uma péssima versão de mim mesma"
Camila Vieira

Não perdi tempo, sentei Julia no sofá e enquanto percorria minhas mãos por debaixo de sua saia, André passava sua mão por minhas costas e ah como isso me arrepia!
Entre gemidos sôfregos, a necessidade de preencher meu vazio era maior, desesperador.

Entre beijos ardentes e apertos, ambos estávamos nus no chão da sala, enquanto masturbava André com minha mão esquerda, tocava Julia com a direita, ouvia os gemidos necessitados de mais toques e mais velocidade, não perdi tempo e aumentei a velocidade, André se desfez em minha mão sujando o chão e meu rosto, parei de toca-lo e comecei a beijar Júlia, nossa seus gemidos eram tentadores e um deleite para meus ouvidos.
Peguei a camisinha que havia deixado em minha bolsa antes de sair de casa e entreguei para André, que logo entendeu o recado e passou a se estimular para ficar duro novamente.
Coloquei minha cabeça entre as pernas de Julia, começando uma tortura com sexo oral, vendo se contorcer pedindo mais velocidade e óbvio que atendi seu pedido que entre gemidos, dizia meu nome.
André se ajoelha atrás de mim, posicionando para me penetrar, sinto o gosto de Julia se desfazendo em minha língua e logo se levantando para me beijar.
Enquanto André me penetrava, Julia beijava meus seios e ao mesmo tempo arranhando minhas costas com força, me deixando com aquela sensação de ardor mas que era prazerosa ao mesmo tempo.
Gemia loucamente com as estocadas fortes e o toque de Julia em minha intimidade.
Por um simples momento teatral e falso me senti completa, ao mesmo tempo que vazia, uma casca vazia.
André saiu de mim e logo penetrando Julia que passou a me fazer um sexo oral meio desajeitado, mas que me proporcionava prazer e que prazer, logo me desmanchei em sua boca, mas ela não parou e continuou a me chupar. Nossa novamente cheguei no meu segundo orgasmo e André vendo aquela cena chegou em seu limite também.

O sol já estava nascendo e fomos todos para um banho, que logico não ficou em somente banho e as paredes daquele banheiro úmido e gelado foram testemunhas de mais sexo.
André penetrava Julia enquanto eu o tocava, isso mesmo que estão pensando, enfiei dois dedos em seu ânus o ouvindo gemer cada vez mais alto, a cada enfocada forte, era mais forte a forma que eu me tocava e logo ele não aguentou, gozando dentro do preservativo.
Julia não podia ficar sem orgasmo, muito menos eu. Logo me posicionei em sua frente beijando seus peitos fartos e ela me acariciando, seus toques foram descendo, minhas mãos também. Começamos a nos tocar e não foi nem três minutos e logo gozamos juntas.

Terminamos o banho e me despedi deles, assim que saíram pela porta de minha casa o vazio se instalou e o momento que tivemos já estava no passado, me deixando apática com a vida novamente, desejando nunca ter nascido ou pelo menos querendo sorrir de verdade sem teatros.