Capítulo 37 - O coração

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" Tum, tum, tum... o coração de uma nova vida bate e aí temos que pensar. Não é mais minha vida, eu tenho um ser dentro de mim e seu coração bate cheio de vida..."
Mari Yuki Hosino Oliveira

8 meses se passaram e muita coisa mudou, meu corpo sofreu mudanças e de uma menina magra me tornei uma com uma barriguinha fofa, descobri que minha Samara não era Samara e sim Cristian, um menino que crachá saudável e forte.

Não posso dizer que o amava ainda mas tinha um sentimento novo e cada dia mais me via apegada ao bebê.

Minha família e meu melhor amigo estavam empolgados com minha gravidez.

- Bom dia minha gatinha, hoje vamos fazer as compras do enxoval do Cristian... viada estou ansioso!!! - Cláudio me dizia quando entrou no apartamento.

- Eu estou de boa, vamos comprar o necessário e nada de bobeira hem!!

- Oh claro, mas vamos comprar o necessário, daqui uma semana você completa 9 meses e temos que ter tudo pronto.

A campainha toca, Cláudio atende e era o Sandro. Estamos muito amigos e próximos, as vezes eu tenho pena dele, é tão legal comigo.

- Oi Heleninha, oi Cláudio, oi filhote!

- Sandro ele ainda não nasceu. - Eu sentia o ciúmes na voz do Cláudio, as vezes acho que ele ficou chateado por não deixar ele ser o pai do Cristian.

- Vamos as compras, já estou cansada e quem está com uma barriga enorme e pés inchados  sou eu!! - tento terminar a conversa que nem começou antes que os dois comecem a discutir.

...

Passamos uma manhã toda em uma linha especializada em coisas de bebê.

Tudo era tão lindo e pequeno, será que vou conseguir cuidar do baby? Será que não vou quebra ele?
Estou em pânico e quando estamos quase chegando no prédio sinto uma dor insuportável.

- Bicha, Sandro, pelo amor dos céus, me levem ao hospital, está doendo muito.

- Helena, calma! Vamos agora em direção ao hospital. Sandro continua dirigindo, vou ficar no banco se trás com Helena. - Cláudio estava numa calma, mas a dor é tanta que nem consigo elogiar.

Começo a chorar e vejo Sandro em desespero, Cláudio pega o telefone e liga para meus avós maternos e meus tios avisando que estou indo para o hospital pois sinto muita dor.

Fico desesperada ao sentir minha barriga ficando dura.

- Bicha, socorro, tem algo de errado, tem algo errado, socorro bicha.

Não conseguia me controlar, a dor era muito grande.
Sentia um frio percorrer minha espinha e o ar me faltar, a dor era muito grande, tamanha que não consigo descrever.

Começo a me sentir fraca e minha mente começa a falhar, meu raciocínio fica mais lento.

Meu corpo começa a formigar.
Meu raciocio fica tão lento.
Meu coração acelerado.

Tento me acalmar, levando minha mente ao momento que sorri e chorei de alegria.

Momento que ouvi o coração do meu bebê bater pela primeira vez, chorava enquanto segurava a mão do meu melhor amigo. Meu irmão, minha família.

Me lembro no momento em que o médico me disse que era um menino, o nome que me veio foi Cristian e tive a certeza que esse era o nome do meu bebê.

De cada ultrassom e de cada batida de coração que ouvia, mais meu coração tinha certeza de que ter meu baby seria a coisa certa a ser feita.

- Helena, fique acordada por favor. - Ouvia a voz de Cláudio ao fundo, mas não consigo me manter acordada, minha cabeça pesa.

Minha cabeça pesa tanto que não consigo ficar acordada e acabo apagando.

VazioWhere stories live. Discover now