Capítulo 30

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Aquilo estava longe de ser um sonho, o Henrique estava realmente diante de mim. Fiquei tão em choque que nem percebi que a mangueira que estava em minhas mãos, molhou completamente a camisa dele.

- Eita, foi mal cara... digo, seu Henrique - Falei, desligando a torneira de imediato.

- Sem problemas - Henrique respondeu sorrindo e então tirou sua blusa molhada - Eu senti tanto a sua falta cara... - Ele disse, me dando um forte abraço.

- Eu também, ainda mais que você foi embora e me deixou apenas aquela carta.

Ainda estávamos abraçados, Henrique me apertava com seus braços fortes contra o seu corpo quente e eu retribuía. Porém logo eu senti o nariz dele tocar o meu pescoço me fazendo arrepiar, foi então que eu me afastei.

Flash back on

- Hey... A festa já acabou príncipe!

- Eita, que horas são?

- Seis e meia da manhã!

- Não creio! Dormi aqui esperando o show do Shawn e até agora ele não apareceu...

- Cara, o Shawn Mendes? Porque se for ele, o show foi no camarote lá do outro lado -

- Como eu sou idiota! Depois de tudo que fiz para entrar nessa merda, minha única oportunidade de ver o Shawn foi pro lixo.

- Como tu se chama?

- Luigi, e você?

- Henrique... Temos algo em comum, nossas noites foram uma merda, eu porque não peguei ninguém e você porque não viu o Shawn. Mas eu te garanto que podemos mudar essa realidade se tu for lá no meu cafofo.

- Cara... Eu...

- Qual foi mano... Eu sei que você curti. É uma foda sem compromisso, se curtimos a gente se pega só nesse período de carnaval, depois eu volto pra minha vida de hetero engomado lá em SP.

Flash back off

Sorri ao lembrar de tudo aquilo, foi então que o Henrique me trouxe de volta a órbita.

- Do que está rindo?

- Tava lembrando do dia em que a gente se conheceu, foi uma verdadeira loucura... Então é essa aqui a sua vida de hetero engomado? - Falei, olhando em seus olhos.

- Infelizmente sim, mas cara... agora que você tá aqui, podemos nos divertir pra cacete, acho que foi coisa do destino juntar a gente assim, de uma hora pra outra - Henrique disse empolgado.

- Henrique, você pirou mano? A nossa relação será apenas profissional, eu sou seu empregado e pronto.

- Nós dois sabemos que essa não é a verdade, e que  a nossa relação ela muito melhor com você na minha cama do que nesse jardim - Henrique falou, me puxando pela cintura e novamente colando nossos corpos.

- Me solta vei, por favor! Você tá noivo daquela menina e ainda por cima esperando um filho dela... Que tipo de pessoa você acha que eu sou para ficar transando contigo enquanto tu tem uma vida completamente estabilizada?

- Luigi, de forma alguma eu quero que você pense que eu só te quero para saciar os meus instintos. Vei, eu preciso de você... preciso do teu corpo, da tua boca... nossa conexão foi algo incrível.

- Mas acontece Henrique que eu não tô aqui pra me tornar seu amante e sim o seu jardineiro. E além do mais, eu estou namorando! - Falei em tom firme e então Henrique me soltou.

- Namorando?! Ah é, e com quem?

- Seu Henrique... desculpa atrapalhar a conversa mas a dona Petra está te chamando, acho que está se sentindo mal - uma das empregadas disse, interrompendo aquele momento tenso.

- Eu já vou Lurdes... a nossa conversa não acabou aqui Luigi! - Henrique disse e então correu para ver o que sua noiva tinha.

Respirei fundo, eu estava completamente aliviado daquela mulher ter levado o Henrique dali. A minha vontade era pedir demissão, porém, eu não podia fazer aquilo. Liguei a torneira, enxuguei o suor e então voltei a molhar as plantas.

Thomaz Costa

Eu estava preparando a comida que seria servida hoje no restaurante, enquanto o Lucas e o Vitão arrumavam e limpavam o local. De repente ouço batidas no portão.

- Vitão cara, vê lá quem é por favor e diz que só abrimos as dez e meia - Gritei da cozinha.

- Suave! - Ele respondeu e então seguiu em direção a porta - Thomaz, parece que é o seu cunhado... Posso abrir?

- O que o Zé Felipe quer aqui uma hora dessas?! - Sussurrei pensativo - pode abrir!

O Zé Felipe entrou, cumprimentou os meninos e então seguiu até a cozinha onde eu estava.

- Confesso que fiquei surpreso quando o Victor disse que meu cunhado estava lá embaixo! - Falei.

- Ah, o Jojo me disse que tu tinha um restaurante e sabia cozinhar... fiquei curioso - Zé Felipe respondeu  com um sorriso amigável.

- Bom, fica a vontade... se quiser cerveja tem no freezer. Só não vou poder ficar te dando atenção.

- De boas, finja que eu não estou aqui!

Pov Zé Felipe

Fiquei ali, admirando aquele novinho preparar algo que cheirava muito bem. Até que ele não era de se jogar fora, muito pelo contrário, era bem gostosinho e eu poderia me divertir bastante com ele. Porém, me dava raiva só de imaginar que aquele cara comia o meu maninho todas as noites, que ele tirou a virgindade do João e fazia ele de sua mulherzinha. Fiquei ali o observando, quando de repente, o celular dele que estava em um muro próximo a mim começou a receber notificações.

Notificação on:

Gustavo: Thomaz cara, confesso que desde que saiu daqui, eu não paro de pensar em ti... Sds.
Gustavo: Vou passar aí no seu restaurante mais tarde.
Gustavo: Prometo que não vou te fazer ficar excitado kkk

Notificação off

Aquilo só podia ser a vida me ajudando, tirei meu celular lentamente do bolso para que o Thomaz não percebesse, e então, tirei fotos daquela barra de notificações. Agora, só me restava esperar que o tal Gustavo aparecesse.

João Guilherme

Assim que acordei, escovei os dentes e fui direto na cozinha preparar algo pois eu estava morto de fome. Fiz um suco de polpa, preparei um sanduba, e então segui para sala pra comer e ver um pouco de filme na TV.

- João vei, tu tem uma toalha pra me emprestar? - Biel disse, surgindo em minha frente vestindo apenas uma cueca boxe que marcava completamente o seu pau.

- To...toalha? - acabei gaguejando e ele sorriu malicioso.

- Sim, toalha! Acabei esquecendo de por uma na sacola - Ele falou, apertando seu pau de forma sexy enquanto me encarava.

- Claro que eu tenho uma tolha... inclusive coloquei no armário lá do quarto.

Segui para o quarto completamente nervoso, sei lá, acho que depois que eu me descobri, era só ver um homem sarado e de cueca que eu já ficava tenso. Abri o guarda-roupas, porém as toalhas estavam na parte de cima.

- Uou, vou precisar pegar uma cadeira - Falei

- Não precisa mano, eu te levanto! - Ao dizer aquilo Biel me segurou pela cintura, pude sentir o seu volume grosso encostar na minha bunda, o que me fez ficar extremamente nervoso.






Um Carnaval Inesquecível - JoMaz Where stories live. Discover now