Um Carnaval Inesquecível - JoMaz

Capítulo 47

Thomaz

O beijo apesar de ser curto (devido a estarmos no meio do restaurante) foi bastante profundo e deixou um gostinho de quero mais. Por mais que eu tentasse me manter longe do João e seguir com a minha vida adiante eu não conseguia, algo nele me fazia querer sempre está por perto.

- Porque você tá fazendo isso comigo João? Se tu já vai se casar com a Maisa, me deixa em paz cara - Falo, virando de costas pra ele e então sinto seus braços se entrelaçar pelo meu corpo.

- Acho que aqui não é um bom lugar para continuarmos essa conversa... topa me encontrar a noite lá naquele motel? - João perguntou.

- Beleza, assim que o restaurante fechar eu sigo pra lá - Respondi em tom frio e assim o Jojo foi embora dali.

Lucas

Eu estava voltando do torneio com o Vitão, quando avistamos um carro parado em frente a república. Na hora eu senti um arrepio, aquele carro parecia muito com o do meu pai. Nos aproximamos um pouco mais e foi então que eu tive a certeza de que era realmente o carro dele que estava parado ali.

- Vitão, não acha melhor a gente dar um tempo em algum lugar por aí? - Falo apreensivo.

- Nada disso, iremos por o plano em prática como havíamos combinado - Vitão respondeu.

- Eu sei... mas vai que o meu pai não sinta medo de vocês e resolva me levar daqui a força?

- Ele não é nem maluco de tentar fazer isso, sei que é seu pai, mas eu dou um soco na fuça dele. Relaxa,  os caras vão ajudar a gente - Vitão proferiu com aquele jeito marrento dele e em seguida me beijou de forma suave.

Seguimos andando até que o meu pai percebeu a nossa presença, logo em seguida ele saiu do carro e passou a nos fitar.

- Lucas, já cumpri a minha parte no acordo e agora o restaurante voltou a ser do seu amigo... o tal de Thomaz - Meu pai disse - Agora chegou a hora de partimos, vamos pois já avisei a sua mãe que você estará de volta e ela tá preparando o seu prato preferido - ele completou.

- Pai, eu fico imensamente feliz pelo fato do Thomaz voltar a ser o dono do restaurante... Só que, infelizmente eu não vou voltar com o senhor.

- Do que está falando? Você mesmo foi quem propôs esse trato... deixa de brincadeira, cata suas coisas e vamos embora daqui! - Ele esbravejou.

- Seu Lúcio... eu acho que o Lucas já foi bem claro, eu não vou deixar você levar ele pra canto algum.

Quando Vitão disse aquilo, ele deu um assobio e então todos os garotos da república saíram de dentro do casarão. Em questão de segundos uma barreira já havia se formado ao redor de meu pai que os encarava com um olhar de medo.

- O que é isso? Rebelião dos sem-teto? - Meu pai indagou.

- Pai, quando eu fui embora daquela casa, eu jurei para mim mesmo que só voltaria lá quando eu concretizasse o meu sonho e eu sei que esse dia já está perto. Apesar de tudo que o senhor já me fez eu o amo muito, assim como amo a minha mãe também... Só que agora eu tô me descobrindo, conheci um cara incrível, arrumei um trabalho e tô gostando muito de levar uma vida simples e honesta. Desculpa por ter te enganado, mas foi a única forma que eu encontrei do Thomaz recuperar o restaurante dele, e pro seu próprio bem... é melhor o senhor ir embora daqui - Proferi em tom alto, enquanto via as expressões de raiva que eram feitas por meu pai.

- Tudo bem meu filho, você venceu! - Ele apenas disse isso, respirou fundo, entrou em seu carro e então partiu dali.

Henrique