VI. Maldita dança

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R O S E A N N E P A R K

A festa ainda continuava e pelos céus, Park Chanyeol não apareceu em minha frente novamente. Jennie havia dado um chá de sumiço e aposto uma grana que ela estava em algum lugar escondido com Jongin, afinal, conheço a amiga que tenho. Então ficamos somente eu e Lisa sentadas conversando sobre as pessoas que estavam na festa.

Logo começaria o leilão e eu estava empolgada, pois papai e mamãe trouxeram algumas peças luxuosas que estavam em casa para doar e quem comprasse, a fortuna iria para os fundos de caridade da Hills, por isso a festa era beneficente.

Todo ano o dono da Hills fazia essa festa e logo após o leilão, sempre havia a tradicional dança feita com casais aleatórios para comemorar as arrecadações. Eu achava isso extremamente brega, mas o que seria a minha voz contra a desse povo cafona né?

– Ai, estou ansiosa para o leilão! – comentei – Meus pais trouxeram algumas coisas de Paris, com certeza valem uma fortuna daquelas.

– Sério? Minha mãe trouxe artefatos culturais da Tailândia. – comentou a ruiva – Eles são raros e valem uma grana bem alta.

– Fico feliz que alguém tenha noção para doar para quem precisa. – comentei – Pena que são todos que pensam dessa forma.

– Está se importando com a classe baixa agora? – perguntou e eu ri – Garota, quem é você?

– Ah, deixe disso Lisa! – falei – Você aprendeu com a sua mãe que uma rica e missionária, por que eu devo ser egoísta e pensar somente em mim?

– Amiga, algum alienígena te abduziu? – perguntou rindo – Você estar pensando em alguém é novidade.

– Eu sou uma piada pra você? – me fiz de ofendida e a ruiva riu – Tá, mas vamos falar de outra coisa agora.

– Tipo de como Park Chanyeol anda mexendo com você? – sorriu maliciosa e eu fechei a cara – Ah, fala sério! Tá na cara que ele mexe com você, Rose!

– De onde vocês andam tirando essas ideias? – questionei e ela deu de ombros, bebericando sua bebida – Ele não mexe comigo e eu não quero ter nada com ele!

– Se você diz, quem sou eu pra negar né? – riu fraco – Mas nem uma chance?

– Tá, quanto que aquele idiota pagou vocês para encherem meu saco hoje? – perguntei – Vocês estão falando coisas absurdas para mim!

– Absurdas ou você não quer admitir que sente algo por ele? – a ruiva perguntou.

– Sinto sim, repulsa total. – respondi – Sério, nem se ele ficasse pintado de ouro eu iria querer algo com ele.

– Você subestima demais seus próprios sentimentos, Rose. – disse Lisa – Aposto que daqui umas semanas vocês estarão de chameguinho.

– Aff, quem aguenta escutar essas baboseiras! – revirei os olhos e me levantei – Vou tomar um ar lá fora, volto já.

– Vai lá, xuxuzinho. – falou a ruiva e voltou a bebericar seu drink.

Com uma bela taça de champanhe Louis Roederer Jerobam, andei entre as pessoas e cumprimentava algumas que conhecia, até passar pelo hall principal e subir alguns degraus para ficar em um tipo de sacada. Enquanto eu me deliciava naquela bebida cara, observada o céu escuro e pouco estrelado. Lembranças de quando eu era pequena vieram à tona, podia perfeitamente visualizar a imagem de Sora e eu deitadas no gramado de casa enquanto ela estava sendo minha babá por conta da viagem dos meus pais, ela contando histórias de tradições coreanas e lendas sobre as estrelas, ah... daria tudo para voltar nesse tempo.

I'm Still Into You ❥ ChanroseWhere stories live. Discover now