XVII. Inferno de paixão

82 5 0
                                    

R O S E A N N E  P A R K

Assim que o carro de Chanyeol sumiu da minha vista, andei calmamente pelas ruas vazias do condomínio onde morava, cumprimentei algum de meus vizinhos que estavam aproveitando suas manhãs fazendo algo produtivo em seus quintais. Havia pego meu celular e mostrava – sem zoeira alguma – mais de trinta chamadas perdidas da minha mãe e mais de vinte do meu pai. Podem ter certeza que assim que eu pisar dentro daquela casa, eu levarei um esporro daqueles. Mas que saber? Pouco estava me importando com isso.

Minha cabeça ainda estava viajando pela noite incrível que eu tive com o Park, em como eu senti coisas que eu estava negando desde o primeiro dia que eu vi o coreano, sério, como eu consegui mentir para mim mesma esse tempo todo? Claro, eu ainda tinha minhas inseguranças em relação a estar me apegando com alguém, mas eu devo me arriscar, certo? Roseanne, siga suas intuições – sejam elas erradas ou não, pelo menos uma vez na vida.

Me aproximando da minha casa, suspirei cansada e ao mesmo tempo feliz, eu estava me sentindo nas nuvens depois do que houve pela madrugada. Peguei minhas chaves e abri a enorme porta de madeira pivotante, dando de cara com Sora que soltou um sorrisinho suspeito.

– Ah, você me assustou Sora! – sussurrei – O que foi? Por que está com essa cara?

– Você passou fora, minha querida! – falou baixinho – Seus pais chegaram em casa ontem tão bravos que achei que iria sair fogo de suas cabeças.

– Ah, isso – sorri fraco – Fui me aventurar em um perigo muito gostoso chamado paixão.

– Estava com o garoto então? – ouvi a voz de meu pai – Eu não acredito que você teve a coragem de ter saído com ele garoto depois do que houve!

– Papai, Chanyeol não é como o Senhor Park! – o defendi – Você sequer o conhece, por que fala como se isso fosse a pior coisa do mundo?

– Porque é, Roseanne! – papai berrou – Não consegue entender a gravidade dessa situação? Oras, onde já se viu minha filha com o filho do meu principal rival, sinceramente, não consigo acreditar nisso.

-– Como eu disse, Chanyeol não é como o pai dele – andei em direção as escadas – E sinceramente, papai, acho melhor você se acostumar com isso, afinal, não controlamos o que sentimos, certo?

– Está querendo me dizer que devo aceitar a ideia de você gosta daquele vagabundo? – esbravejou – Eu não permitirei isso, Roseanne Park!

– Que seja, papai – suspirei cansada – Vou para o meu quarto, qualquer coisa mande Sora me avisar.

– Está querendo escapar dessa conversa? – me seguiu e eu rapidamente fechei a porta do meu quarto – Não teste minha paciência, menina!

Bom, eu deixei ele falando sozinho por alguns minutos e depois ele simplesmente desistiu, saindo da porta do meu quarto. Fala sério, estou me sentindo no século dezoito onde as famílias se odiavam e seus filhos se apaixonam. Que coisa mais brega e engraçada, não é mesmo?

{♡}

Depois da hora do almoço, eu havia chamado as meninas para virem aqui em casa. Aproveitei o tempo que ainda tinha enquanto elas não chegavam e fui até o mercado que havia perto do condomínio. Eu sei que vão estranhar "desde quando gente rica vai em mercado"? Desde que eu sou um ser humano como qualquer um que sente necessidade de comprar besteiras como qualquer outra pessoa, eu hein! Enchi meu carrinho com alguns doces e salgadinhos e claro, peguei algumas cervejas para bebermos, estava tão concentrada vendo o que compraria que acabei esbarrando em alguém sem querer.

I'm Still Into You ❥ ChanroseWhere stories live. Discover now