Obsessão

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<Música do Capítulo - "Afraid - The Neighbourhood">

Capítulo 10 - "Obsessão"



— Posso ficar aqui com você? – Bia perguntou chegando perto da namorada que estava na varanda do quarto.

— Pode sim. Olha como é bonito aqui de cima...

— Já vim aqui tantas vezes, mas nunca realmente parei pra olhar. – se encostou na varanda.

— Esse deve ser um dos dilema das nossas vidas.

— To meio ansiosa, com uma sensação péssima. - esticou o braço para segurar a mão da namorada.

— É normal, uma bomba caiu nos nossos colos...— disse reflexiva. — Vem cá. – puxou Bianca para abraçá-la. — Quer ver um filme ou fazer qualquer coisa minimamente normal?

— Acho que não vou conseguir me concentrar... – se aconchegou no abraço.

— Tá bem. – passou a fazer carinho por baixo do cabelo de Bia que acabava de encostar a cabeça em seu ombro. — Então a gente só dorme.

       Ao entardecer do dia seguinte, a recepção ligou pro quarto informando que elas tinham uma visita. Era a Dra. Suzana, a detetive. Ela e sua equipe eram especialistas em crimes cibernéticos. Os compromissos da manhã foram bem sucedidos e as garotas deram o melhor de si para não deixar a preocupação transparecer. Bianca não tinha conseguido dormir à noite, teve diversos pesadelos, mas quando retornou ao hotel, com a ajuda dos carinhos da namorada, conseguiu dormir. Rafaella não quis acordá-la, saiu da cama com cuidado mas não se conteve em deixar um beijo na cabeça de Bia. Então, foi encontrar a detetive no Café da parte de baixo do hotel, como haviam combinado na noite anterior.

Supreme Café – 16h34 até 16h40

— Prazer, Dra. Suzana. – estendeu a mão.

— Obrigada por ter sido tão ágil em aceitar o caso. – disse durante o cumprimento.— Vamos nos sentar?

— Claro! – sorriu de canto. —Vou direto ao ponto pois sei que você está muito preocupada. Primeiro devo dizer que sua assessoria é muito boa, desde ontem eles ajudam a minha equipe com perfeição. Segundo, os meus garotos foram muito rápidos e quem tirou essas fotos provavelmente será detido em no máximo em meia hora.

— Como assim? – perguntou surpresa.

— Bem, sua assessoria conseguiu descobrir o tipo de câmera que tirou as fotos. A maioria das câmeras possuem um número de série e Wi-Fi. Meus garotos rastrearam o satélite que fornece internet pra ilha onde vocês desconfiavam que o criminoso estava. E ele estava lá mesmo, assim que ligou e conectou a câmera à internet... Bingo! Foi localizado.

— Meu Deus! – disse com alívio. E de quem é a câmera? – perguntou assustada, fazendo a detetive tirar o celular do bolso.

— Vamos lá... – abria uma mensagem. — Rubens Camelo de Lima.

— Meu Senhor! Que desgraçado! Eu não sei nem como te agradecer Dra., meu Deus, que horror, mas que alívio. Preciso subir e falar com a Bia, ela ficou mais abalada do que eu com tudo isso. Meu Deus, não sei como agradecer!

— Fico feliz em ter ajudado!

      Antes de se levantar, Rafa sentiu que devia fazer uma pergunta:

— E sobre quem estava fazendo as negociações? Digo, sobre o rastreio das mensagens que confirmou que ele estava na Times Square...

— Claro! – não a deixou finalizar. — Nós detectamos um software pirata de bloqueio de sinal, esses softwares sempre dão muita interferência e a versão específica do que está sendo usado na maioria dos casos serve para, digamos... Enganar quem está rastreando. É provável que o criminoso soubesse que vocês estariam aqui e tenha colocado a maior referência de NY para despistar o verdadeiro alvo.

HOPE [Rabia]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora