capitulo 1

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Luma  Narrando

Acordei na maior ressaca  pra ir trabalhar, eu e minha mania de madrugar na rua e perder o horário, arrumei o quarto, tomei meu banho, vesti o uniforme e fiz um rabo de cavalo.

- benção mãe, vai hoje não? - sentei na banqueta

- hoje não, tô de folga, já fiz seu Nescau

- você é um amor - beijei a bochecha dela pegando a caneca

Mora somente eu e minha mãe, sou filha única da parte dela, de pai, tem mais dois, porém eu sou a mais velha,  meu pai é um merda, tenho tanta raiva dele que só de falar eu me transformo,  não merece ser nem chamado de homem, eu sou uma pessoa muito rancorosa, então tudo que me fizer de ruim, quando eu tiver a chance eu faço pior, tomei meu café conversando com minha mãe, lavei os prato e sair.

Sou cria da penha,trabalho numa loja de roupa de bebê  na pista,  peguei um moto taxi, pra chegar mais rápido

- bom diaa gata - entrei na loja

- pura ressaca hein, entrou que horas ontem?

- duas da manhã, mel ainda ficou, fui pra casa na marra - falei

Graças a Deus a loja teve bom movimento e por isso o horário passou rapidinho, eu e lara passamos pra comer no mac.

- vai pra casa ou dormir em ryan? - perguntei jogando a embalagem no lixo

- vou pra casa, brigamos ontem, bora beber?

- sabe que eu não recuso um latão gelado, brigou porque?- caminhamos até o ponto de ônibus

- ele me fez ir pra casa dele pra sair e me deixar lá sozinha, me retei e vim pra casa

- você dois, só Deus na causa.

Hoje foi o nosso dia de sorte, o ônibus veio vazio, fui o caminho ouvindo música quase dormindo, quando chegou no nosso ponto lara me chamou, desci do ônibus, falamos com os meninos do moto taxi e fomos caminhando

- churrasco? Ou só cerveja mesmo?

- meu cabelo não ficando de fumaça está ótimo

- seu mal é a confiança, não demora, passa na casa de mel.

- tá bom - entrei em casa

Arrumei o quarto que ainda estava uma bagunça, tomei um banho, vesti um short jeans com o cropped calcei minha havaiana e desci.

- venha cá, você já vai sair? - minha mãe me encarou

- não vou demorar hoje

- leva chave porque eu não vou levantar pra abrir a porta

Peguei minha chave e sair de casa, passei em mel e viemos pra  casa de lara, colocamos a cerveja  no culler e sentamos  na varanda

- aí gente, amanhã tem baile, nunca mais fomos, né? - mel falou

-  aamanhã vamos jogar com tudo, estão dizendo que o Anderson voltou - lara me encarou

- ihh gente,  bom pra ele, zero saudades,  sem ressentimentos - falei.

- amanhã vai ter show de recaídas, no máximo é mais um não na lista- cantaram dando risada.

Dei dedo pra elas e  enchi meu copo, Anderson foi meu namorado por dois anos, do nada ele sumiu no mapa, só tinha me deixado uma mensagem que um dia voltava pra me encontrar, fiquei com tanta raiva dele, chorava por ele, fiquei meses sofrendo, quando eu vi que não adiantava de nada, chutei o  pau da barraca e fui seguir a minha vida.

A libertina Donde viven las historias. Descúbrelo ahora