capitulo 3

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Luma Narrando

Se eu fiquei desanimada, eu não me lembro, o outro toda hora passava por aqui,  eu ja dei o cu como resposta, porque se demonstrar que está ligando, é  pior, tava vendo tudo turvo já, quando deu seis da manhã, resolvemos ir embora, tirei minha sandália e fui descendo descalça

- favelada raiz, se não sair assim não é luma - mel falou

- vou nada maltratar meu pé, vão lá em casa mais tarde - tirei a chave do peito

- isso é hora né luma, só quer essa vida, vem almoçar aqui depois - minha tia meteu a cara na janela.

- guarda o meu, porque eu devo acordar só mais tarde - destranquei a porta

Minha mãe não tinha chegado ainda, tomei um banho, liguei o ar e me joguei na cama, peguei meu celular pra colocar pra carregar, mas tinha mensagem  de número desconhecido.

Whatsapp Messenger

[+ 021.....]: deixa de orgulho e conversa comigo, estamos maduro o suficiente, só me escuta pow,  não vai te matar

[ +021......]: vou passar aí mais tarde, eu voltei pra ficar luma, uma hora ou outra, nós dois teremos essa conversa

[+021......]: eu não te esqueci pretinha

Li as mensagens e bloqueei colocando meu celular pra carregar, Anderson não vai sossegar até falar o que quer e ele sabe como fazer isso, vai vencer no cansaço.

Acordei com minha mãe entrando no quarto, tirei a coberta do meu corpo e sentei na cama.

- sete horas da noite já, vim vê se tu tinha morrido, Anderson já teve aqui umas três vezes

- vou me estressa com ele que nada, podia fingir que eu não existo né, que nem a vez que ele foi embora

- uma hora vocês vão ter que conversar, faz isso logo, to lá em sua tia viu

- daqui a pouco eu vou lá.

Meu cansaço estava tanto que eu ainda tirei um cochilo, arrumei a cama, vesti um casaco porque o tempo estava frio e sai vindo pra minha tia

- qual a comida? Alimente  o meu filho - sentei na cadeira

- deixa de graça hein, vira essa boca pra lá, tem lasanha - minha tia falou

Eu amo a lasanha de minha tia, esquentei no microondas e coloquei um copão de coca, depois que eu comi, lavei o meu prato e sentei na sala conversando com elas

- prima tem um menino lá em baixo te chamando  - caique falou

Meti a cara na janela e era Anderson encostado na moto, desci abrindo o portão e sentei no batente

- está disposta a me ouvir, só ouvir, sem falar nada

- disposta a te ouvir eu não estou, mas você não vai me deixar em paz, fala logo

- sobe na moto, a conversa é longa e não da pra ser aqui

- aí você já quer demais, me tira da minha paz,  fala aí  mesmo

Quando Anderson ia começar a falar, o celular dele tocou, ele falou poucas palavras e desligou.

- vou ter que ir, que os cara tá me chamando- subiu na moto

Não disse nada a ele, só fiz levantar e subir, Deus  sei que é  pecado, mas bem que ele podia cair de moto e se esburrachar todo por aí, ou voltar  da onde ele saiu , contei as meninas no grupo, conversamos sobre outras coisas, minha mãe e minha tia foram pro pagode e eu voltei pra casa, regular meu sono.

A libertina Where stories live. Discover now