2. Seja bem vinda

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Os dias se passaram depressa e eu consegui me adaptar bem na George. Sabina me mostrou cada um dos lugares que tinham espalhados pelo campus e dividir o quarto com ela não era algo ruim. Ela era divertida, confesso que um pouco extravagante, mas eu sentia que seriamos boas amigas.

Hoje era sexta feira e nós poderíamos ir para casa, mas eu não queria ir. Meu pai me ligou durante toda semana e eu conseguia avistar de longe um carro preto parado na entrada, com certeza eram mais seguranças me vigiando. Ele simplesmente não conseguia entender que eu estava segura e que a minha fase de precisar de uma babá já passou há muito tempo.

— Eu não irei para casa. — Sabina diz ao entrar no quarto.

— Porque não? — pergunto e me sento na cama.

— Hoje é a festa de boas vindas aos calouros. Você vai, não é? — pergunta e eu coloco a mão na testa.

— Eu me esqueci, completamente. — digo e ela se senta ao meu lado na cama.

— Você não pode perder, Sina. É uma das melhores coisas que temos quando chegamos aqui.

— E os trotes? — ergo as sobrancelhas.

— São tranquilos e divertidos. — diz sorrindo.

— Trotes nunca são tranquilos. — digo e ela rola os olhos.

— Não perca a festa. Por favor. — ela junta as mãos em forma de súplica.

— Tudo bem. — digo e ela bate as mãos, comemorando.

Ficamos o resto do dia no quarto. Tínhamos o dia livre, já que os veteranos estavam organizando as coisas da festa. Saio do quarto para dar uma volta, enquanto Sabina estava tomando banho.

Ando pelos corredores e ao passar pelo corredor de baixo, vejo pela fresta da porta o garota que eu vi no meu primeiro dia de aula. Ele estava completamente suado e seu cabelo estava grudado em sua testa.

Ele joga um garoto no chão e por impulso eu abro a porta com tudo.

— Não faça isso. — digo e os dois me olham.

— O que está fazendo aqui? — o garoto que estava embaixo dele pergunta.

— Você está bem? — pergunto e me aproximo. O tal do Noah se levanta e o garoto faz o mesmo. — Porque estavam brigando?

— Nós não estávamos brigando. — Noah diz com desdém. — Isso se chama treino.

— Você é algum tipo de lutador? — pergunto e ele me olha como se fosse óbvio.

Eu gostaria de correr nesse momento e enterrar o meu rosto em um buraco bem fundo.

— E a propósito, você não devia estar aqui. — diz ríspido e joga todo o seu cabelo para trás.

— Eu... — olho para o garoto que parecia se controlar para não rir. — Sinto muito.

Não digo mais nada. Viro-me e saio da sala apressada e sem olhar para trás.

Vejo os seguranças me procurando por todos os cantos. Reviro os olhos e quando eles me veem se aproximam e praticamente grudam em mim.

Volto para o quarto e Sabina já estava de roupão. Ela me olha e ergue os braços para o alto.

— Onde estava?

— Passando vergonha. — digo ao me lembrar do ocorrido de minutos atrás. Ela me olha curiosa. — Não queira saber.

— Tudo bem. Vá para o banho que eu irei escolher uma roupar para você. — diz e eu faço careta.

— Preciso mesmo ir? Eu posso comemorar daqui mesmo. — ela bufa.

🍉ִִֺּֽֽׂ֪֤֭ׄؒᬼ ⃟͊🎯ᮭ 𝗼𝗽𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗲𝘀 | noart ✓Donde viven las historias. Descúbrelo ahora