Eu odiava o fato de não estar dentro de um pesadelo. Era real.
Eu gritei. Eu chorei. Eu perdi a calma. Eu senti vontade de vomitar. Eu desejei estar em seu lugar. Eu chamei desesperadamente por ajuda, mas custei a ser ouvida e cada minuto pareceu ser eterno. Ele estava imóvel em meus braços e o sangue continuava banhando sua roupa, por mais que eu tentasse conter o local. Eu o tive arrancado de meus braços e fui envolvida por braços desconhecidos, mas eu só desejei estar com ele.
Tudo foi minha culpa.
Tudo porque alguém odiava a minha família.
Tudo aconteceu com a pessoa errada, e não sei se um dia irei conseguir lidar com isso.
— Eu quero entrar com ele. - grito enquanto corro depressa atrás da maca que derrapava pelo piso liso do hospital.
— A senhorita não pode entrar. Espere aqui. - uma mulher de estatura mediana e vestida com um macacão escuro diz e continua empurrando a maca com a ajuda de mais quatro homens que monitoram Noah descordado.
— Eu não irei deixá-lo sozinho. - grito novamente, sendo interrompida por um soluço que me escapa. — Eu não posso deixá-lo sozinho. - sussurro baixinho, mas ela me ouve.
Ela acena para os homens e se afasta da maca. Eles continuam a empurrando e gritam pelos corredores do hospital, até empurrarem com a parte da frente à porta de abertura dupla e eu me desespero ao perdê-lo de vista. Tento correr até a porta e ir atrás dele, mas os mesmos braços que me afastaram dele enquanto uma movimentação estranha acontecia a nossa volta, me segura e tenta me conter.
— Ei, me escute. Se acalme ou terei que impedi-la de ficar a espera de notícias. - a mulher diz e eu me estremeço em seus braços, apoiando o meu rosto em seu ombro. — Isso. Fique calma e respire fundo.
— Ele não pode morrer. Ele não pode...
— Ele não vai. Nós iremos fazer o possível para salvá-lo. - ela diz e afaga o meu cabelo de maneira desajeitada, mas eu não me queixaria sobre isso. — Os seus pais estão a caminho. Irei pedir para que lhe deem um calmante e você irá ficar sobre a supervisão de uma enfermeira.
Ela em afasta um pouco e tenta me manter de pé, mas meus joelhos estavam fracos, assim como todo o meu corpo.
— Eu só quero ficar com ele. Por favor... - eu lhe suplico, apertando seus braços que me seguravam com firmeza. — Me deixa estar com ele quando ele acordar. Ele precisa... Eu preciso estar lá.
Ela sorri de canto e olha por cima de meus ombros, ela parece chamar alguém, mas volta a me olhar rapidamente.
— Eu prometo deixá-la estar ao lado dele quando ele acordar, mas nesse momento ele irá passar por uma cirurgia.
— Cirurgia? Por favor, não o deixe morrer. Eu lhe imploro. - peço-lhe e quando meus joelhos estão prestes a tocar o chão, um novo par de braços me seguram. — Mas o que...
— Rachel irá lhe medicar e você irá aguardar os seus pais. Em breve você terá noticias sobre ele.
Olho-a completamente perdida, mas sem mais forças para argumentar.
— Você promete?
Ela sorri e afirma com a cabeça, me soltando e me deixando levar pelos braços delicados em volta do meu corpo.
— Vamos, querida. Tudo ficará bem. - a mulher diz docemente e me ajuda a andar pelos corredores do hospital frio.
Chegamos a uma sala completamente clara e com uma cama típica de hospital. A mulher me senta sobre ele e apanha um pote de comprimidos, um copo com água e volta-se para mim. Ela me estende um comprimido e o copo com água. Jogo-o em minha boca e tomo o suficiente da água apenas para engolir o remédio que parecia custar a descer pelo nó formado em minha garganta.
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🍉ִִֺּֽֽׂ֪֤֭ׄؒᬼ ⃟͊🎯ᮭ 𝗼𝗽𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗲𝘀 | noart ✓
RomanceEu nunca gostei de errar. Fosse um passo do balé, um cálculo feito rapidamente ou nas questões da vida. Eu pensava que essa era uma das minhas qualidades, gostar de fazer o certo, mesmo desejando quebrar regras, de vez em quando. Um dia, eu conheci...