8. Apenas seja livre

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Eu sentia alguns calafrios ao estar dentro desse carro com Noah, mas ao mesmo tempo eu sentia uma estranha confiança. Era como se ele fosse um edifício em construção com vários avisos de perigo, mas quanto mais se é explorado, mais parece que nada de mal vai acontecer. E sentir isso estava sendo estranho para mim e para minha sanidade.

Eu estava em um carro com um estranho, após ter sido levada a um lugar perigoso por ele e seus amigos da primeira vez.

— Consigo ouvir as engrenagens do seu cérebro trabalhando daqui. — ele diz sem me olhar e eu limpo a garganta.

— Eu só... Só estou pensando. — digo e fito a estrada de terra praticamente no meio do nada.

— Posso saber em que?

— Só é estranho. — digo e ele me olha de canto, mas ainda com sua atenção voltada para a estrada.

— O que é estranho?

— Estar aqui com você e indo para sabe-se lá Deus onde. — digo e ele ri fraco.

— Eu não sou nem um tipo de estuprador, loirinha. Pode ficar tranquila quanto a isso. — diz e eu tento relaxar, mas meus músculos parecem ter virado nós.

— Pode ao menos me dizer o lugar? Eu não irei fugir. — olho para a estrada. — Não teria nem para onde eu correr. — digo a última parte baixo.

— Estamos chegando. Controle sua curiosidade. — diz calmamente e continua dirigindo.

Seguimos por mais alguns minutos e ele para o carro em frente para um lugar abandonado e com muito mato e árvores rodeando toda a extensão de onde quer que nós estejamos.

Olho para Noah e ele não diz nada, apenas sai do carro e fica parado do lado de fora. Enquanto isso eu não consigo mexer nem mesmo um dedo e muito menos piscar.

— Vai ficar ai? — Noah diz me olhando pela a janela.

— Está escuro. — digo e mesmo sem vê-lo muito bem, eu sei que ele revira os olhos e joga o seu cabelo para trás.

Ele coloca um braço para dentro do carro e liga os faróis. Eu suspiro sem saber onde nós estávamos e se eu não podia voltar atrás em pensar que ele era confiável de alguma maneira. Mas agora era tarde demais pensar nas consequências dos meus atos.

Abro a porta do carro e coloco o meu corpo para fora, sentindo a brisa fraca bater em meu corpo. Noah se posiciona ao meu lado e me olha como se conferisse que eu ainda estava ali e não tão assustada quanto eu me sentia por dentro.

— Agora pode me dizer por que me trouxe para o meio do nada?

— Siga-me. — diz e eu bufo.

Ele começa a andar para a direção da luz que vinha dos faróis de seu carro e paramos de frente para um enorme portão que no escuro não seria encontrado. Ele empurra o portão e deixa uma pequena brecha, olhando-me ele me encoraja a passar e é exatamente o que eu faço, vendo-o fazer o mesmo.

Continuamos andando em linha reta e Noah para ao lado de algo que parecia uma caixa onde ficavam afiações e botões. Ele ergue a tampa da caixa e com ajuda da iluminação de seu celular ele aperta um botão. Dou um pulo de susto ao ver tudo a minha volta.

Brinquedos de todos os tipos estavam espalhados. O carrossel rodava com os cavalos coloridos. A montanha russa estava iluminada por completo. Os carrinhos estavam parados em uma pequena pista. E havia muitos outros brinquedos.

Viro-me surpresa para Noah. Ele sorri e olha para o lugar que eu admirei por tanto tempo. Era um parque de diversões. Um velho parque, mas foi o suficiente para me deixar boquiaberta.

🍉ִִֺּֽֽׂ֪֤֭ׄؒᬼ ⃟͊🎯ᮭ 𝗼𝗽𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗲𝘀 | noart ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora