Abro os olhos e me arrependo no mesmo instante, já que a claridade me incomodava e minha cabeça latejava. Cubro meu rosto com o travesseiro e ouço uma risada baixa ecoar no quarto.
— Bom dia, dorminhoca. — Sabina diz e eu retiro o travesseiro, me permitindo olha-la.
Ela fazia algumas malas, fazendo movimentos precisos, que me deixavam zonza.
— Aonde vai?
— Irei passar o fim de semana em casa. — ela suspira. — Meus pais me avisaram de ultima hora que já estão aqui para me buscar.
— Como irei sobreviver aqui sem você? — ela sorri.
— Porque não vai para casa? Seus pais devem estar sentindo sua falta já que é filha única. — diz e eu cubro meu rosto novamente com o travesseiro.
— Não quero abandonar a minha liberdade.
— Então tome cuidado aqui. Voltarei no domingo a noite ou na segunda de manhã. — diz e eu não vejo o seu rosto, mas sinto sua mão tirando o meu travesseiro.
— Tem algum remédio para dor de cabeça?
— Sabia que ia me pedir isso. — diz e me entrega um comprimido e um copo com água. — Não vai me contar o que sentiu com Noah ontem à noite?
— Esqueça aquela humilhação. — murmuro me sentando na cama e jogo comprimido em minha boca, logo em seguida dou um grande gole na água.
— Foi a primeira vez que ele se pronunciou nesse tipo de trote.
— Ele quis apenas terminar de enterrar a minha dignidade. — digo e ela revira os olhos rindo.
— Como foi sentir a língua do cara mais cobiçado da George? — ela brinca e eu lhe dou um soco leve em seu ombro direito.
— Cala a boca. — ela gargalha e pega sua mala já pronta.
— Seus seguranças estão na porta, juro que eles parecem fazer parte dessas paredes. — diz e eu bufo.
— Adoraria me livrar deles. Leve-os para você. — digo e ela me mostra a língua.
— Se cuida, Sina. Volto logo. — diz e abre a porta do quarto, saindo do mesmo.
Suspiro e passo a mão por meu cabelo que cheirava a bebida e fumaça. Livro-me do meu cobertor e me levanto da cama, indo até o banheiro.
Tiro minha roupa e entro no box, não levando muito tempo para terminar meu banho e faço minha higiene matinal. Volto ao quarto e procuro em minha parte alguma roupa qualquer para vestir, pois eu estaria sozinha na universidade durante dois dias.
Opto por um vestido qualquer, calço um par de sapatilhas e penteio o meu cabelo molhado, o deixando solto. Pego meu celular e nele tinham algumas mensagens e ligações dos meus pais, balanço a cabeça e o deixo em cima da cama.
Abro a porta do quarto e dou de cara com os seguranças que vestiam bermudas e camisas floridas.
— Esse é o lado normal de vocês? — eu estava me divertindo com a cena.
— Foram ordens de sua mãe. — um deles diz sem graça.
— Então se misturem. — digo e eles se entre olham perdidos. — Irei procurar algo para comer, não se preocupem comigo. Não existe perigo hoje.
— Mas senhorita...
— Fiquem tranquilos. — reforço e me viro, ouvindo-os conversarem entre si.
Vou até o refeitório e tudo estava em silêncio. Pego alguns aperitivos nas maquinas e um suco, me sento um uma das cadeiras e me sinto estranha.
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🍉ִִֺּֽֽׂ֪֤֭ׄؒᬼ ⃟͊🎯ᮭ 𝗼𝗽𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗲𝘀 | noart ✓
RomanceEu nunca gostei de errar. Fosse um passo do balé, um cálculo feito rapidamente ou nas questões da vida. Eu pensava que essa era uma das minhas qualidades, gostar de fazer o certo, mesmo desejando quebrar regras, de vez em quando. Um dia, eu conheci...