(Não) Cuida de Mim {Jungkook Centric • Romance}

9. Férias de Verão

- Hyung... Hyung! - o menino resmungou irritadinho, ouvindo a risada cínica do mais velho pouco antes de arregalar os olhinhos, desesperado com o que estava acontecendo. - Hyung!! Não! - Taehyung riu alto, fazendo o garoto gemer um tanto impaciente com tudo que estava acontecendo. - Não tem graça! - retrucou, empurrando Tae com um dos pés em uma tentativa falha de derrubá-lo da cama.- Não gosto de você! Yoon hyung! Tira ele daqui!

- Puta que pariu! Eu não posso ficar dois segundos fora?! - o Min reclamou do andar de baixo, ocupado demais preparando o café da manhã dos três.

Taehyung aproveitou o momento de distração para tomar o controle do menino e vencer a partida, fazendo o personagem de Kook pular de um prédio e destruir a última vida que tinha.

- Poxa que pena, ganhei de novo. - Jungkook olhou furioso para o mais velho, se virando emburrado na cama.

- Suicídio não vale! Eu ainda tinha uma vida! - cruzou os braços, fazendo birra.

- Relaxa bebê, a gente sempre respawna* em outro lugar depois de morrer. - falou brincalhão se jogando sobre o corpo do garoto e o ouvindo resmungar de dor.- Hm, quer dizer... Talvez não. Não sei se a sua morte foi o suficiente para aparecer em algum nível do labirinto, talvez tenha que voltar do começo. Sem memórias e sem um adversário gostoso, como eu. - sorriu arteiro, vendo o outro revirar os olhos. - Devem ser as consequências do suicídio, preciso pensar melhor sobre isso...

- Hyung, que horror! - o menorzinho reclamou, tentando tirar Tae de cima do seu corpo. Seu quadril estava doendo muito, uma vez que a rotina de dormir agarrado aos hyungs depois de transarem por muito tempo estava acabando com sua estabilidade física.

Taehyung, entretanto, parecia estar acostumado com esse tipo de coisa, porque logo tratou de abrir as perninhas do menino com as mãos e abaixar o rosto para beijar o meio de suas pernas, deixando mordidinhas em sua virilha na intenção de diminuir a raivinha do mais novo. Jungkook suspirou e mordeu o lábio com mais força, tentando fechar as pernas contra o rosto do outro garoto, que parecia não dar a mínima e ficar com ainda mais fome de seu corpo diante disso. O mais novinho desistiu, por fim, suspirou em um sorriso quando o hyung se aproveitou do fato de que ele só vestia uma das camisas largas de Yoongi.

O período de férias de Jungkook costumava ser a temporada que menino passava a maior parte do tempo viajando com seu tio ou, quando ficava em casa com Eunna, largado em casa jogando video-game. Jungkook gostava das férias porque costumava ser o momento em que fazia tudo o que não tinha muita liberdade de fazer no restante do ano: comia coisas gostosas que fugiam da rotina, dormia até tarde, virava as madrugadas assistindo animes e, casualmente, passava o dia na casa de algum amigo.

Fazer tudo isso ao mesmo tempo, mas sem nenhum adulto responsável supervisionando, e ainda com a adição de toda a impureza que Taehyung e Yoongi tinham em seu relacionamento, era demais. Nunca no sentido negativo.

- Café da manhã. - Yoongi resmungou, chegando no quarto com uma bandeja com três latinhas de Coca-Cola e alguns sanduíches com pasta de amendoim. - Para de chupar o pau do moleque e vem comer alguma coisa que preste, Taehyung.

Jungkook precisou rir, porque era como se ele e seus irmãos mais velhos estivessem passando as férias sozinhos enquanto os pais viajam, só comiam besteira, jogavam videogames e passavam a maior parte do tempo nus - os hyung, pelo menos, pois o mais novinho ainda estava se acostumando. Com o passar dos dias, Jungkook foi se tornando comum à sensação de não vestir nada além das camisetas dos hyungs e - no máximo - uma cueca limpa.

Certa tarde o Kim decidiu que era uma ótima ideia ensinar Jungkook a andar de skate na rua de baixo, que costumava ser vazia e tinha o asfalto bem retinho, e o resultado foi até que bem satisfatório. Jungkook aprendeu rapidinho a se equilibrar e aos poucos foi soltando de Taehyung, que a princípio estava ali para dar apoio as mãozinhas do garoto e, pouco depois, só rodeava de levinho o corpo esguio, que foi começando a sair do lugar aos poucos.