Road Trip - Shirbert e Anne with an E

5- A gente pode fugir

[revisado]

Anne
Eu e Gilbert andávamos livremente pelos campos bebendo garrafas e mais garrafas de cerveja, enquanto pouco nos importávamos se parecíamos educados o suficiente.

Qualquer um que nos visse nunca diria que éramos os futuros monarcas de duas potências mundiais, e naquele momento era realmente a única coisa que pensávamos em ser.

Riamos alto e rodopiávamos descalços pelos campos, enquanto brindávamos pela milésima vez batendo as nossas garrafas uma na outra.

Em determinado momento enroscamos os nossos braços e bebemos de uma vez só uma garrafa inteira, fazendo com que nos apoiássemos um no outro para não cairmos, mas riamos como se aquilo fosse a cena mais engraçada, e realmente era. Dois adolescentes bêbados andando sem coordenação alguma, uma com um buquê estraçalhado em mãos e o outro com um saco de cerveja. Definitivamente era uma cena engraçada.

—Sabe ruivinha -fala cambaleando e apontando para mim- você é até que legalzinha e bonitinha para uma princesa mimada.

—Você não me vem com esses seus olhos bonitos cheios de presunção me chamar de ruivinha e mimada seu paspalho arrogante -eu profiro e tento bater nele, mas acabo errando e caindo no chão- Blythe olha! -falo animada que nem uma criança enquanto bato minha mãos na grama- Eu to em uma grama roxa!

—Você é daltônica princesa? -sugere tentando se sentar ao meu lado sem cair, coisa que não dá muito certo- É laranja!

E para revidar todas as provocações dele, levanto enquanto ele postava alguma coisa em seu twitter, obrigando ele a correr desleixado atrás de mim até conseguir chegar ao meu lado enquanto eu terminava uma coroa de flores.

Coloco a coroa nele e rio do garoto que até que ficou fofo

—Sabe o que eu acho mais engraçado Gil? -falo rindo ao mesmo tempo que caio sentada na beira do rio enquanto o garoto bufa porque tem que se sentar de novo, mas quando o faz, coloca o seu terno nas minhas costas-

—Não faço ideia, mas gostei de como Gil saiu da sua boca -fala com os olhos pesados de cansaço e tentando achar a minha boca com os dedos enquanto eu empurro a mão dele para continuar a falar-

—É que eu faço de tudo desde quando eu me entendo como gente, para ser a melhor rainha possível, mas nãooo -eu resmungo com deboche- Eu preciso de um príncipizinho mequetrefe do meu lado porque eu sou uma "MuLhEr".

—E eu que preciso me casar logo, porque preciso de herdeiros?! Certeza que todo mundo quer me ver morto pra botar alguém mais racional no lugar! -bufa com deboche também, concordando comigo- Eu odeio ser príncipe.

—E eu odeio ser princesa -falo abrindo a garrafa de vinho e dando uma golada- Parece que eu já tenho um futuro parceiro para o meu reino. -rio enquanto brindo de novo com Blythe-

—Você me convidaria para o seu casamento? -pergunta curioso-

—Claro, porque se alguém for me tirar dele, essa pessoa vai ser você parceirinho de fugas -falo deitando na grama e rindo, mas logo levanto quando Gilbert dá um pulo desajeitado ficando de pé e derrubando a coroa que ele logo pega e coloca de volta-

—É isso! A gente pode fugir! -diz como se fosse o plano mais genial do mundo- A gente pega um dos meus carros ou dos seus carros e saímos viajando pela Europa inteira -o garoto grita enquanto gesticula com as mãos me animando-

—É! É sim! -digo já de pé- Princesa Anne e Príncipe Gilbert pela primeira e única vez em uma viagem passando pelos países da Europa! -falo batendo palminhas- Vamos da França para a Suíça..

—Aí da Suíça para a Áustria -ele definitivamente sabe o mapa da Europa que nem qualquer outro príncipe-

—Da Áustria para a Itália e depois nós passamos para Eslovénia para decidirmos para onde vamos!

E novamente nós dois parecíamos tudo menos pessoas da realeza. Terminamos todas as nossas garrafas e deitamos na grama imaginando mais e mais como seria a nossa viagem.

Era engraçado como nós insistíamos em um pensamento que os dois sabiam ser impossível. Chegava a ser cruel, mas era um cruel acolhedor.

Era como aquela sensação de nostalgia que traz saudades e machuca, mas sempre é recebida com certo carinho e não magoa, só que no caso não tinha nada para relembrar.

Dormimos ali mesmo e quando acordo sou bombardeada com notificações que não ajudavam na minha dor de cabeça, mas ao abrir o twitter, acordo o Gilbert com tapas, fazendo ele acordar no susto.

—Aí minha cabeça -fala colocando a mão no lugar que doía por causa da resseca e tirando o meu presente da mesma tentado o desamassar-

—Ah mas eu te garanto que os meus tapas vão doer mais! -falo mostrando o celular para ele-

—Puta que pariu! -diz pegando o dele do bolso correndo, mas quando tenta ligar percebe que está sem bateria- Acabou a bateria!

—Bota a sua conta no meu e.. -antes que eu pudesse terminar a frase, escutamos um barulho atrás da gente e ele me joga no rio junto com ele antes que eu virasse o meu rosto para ver o que era-

Merda

Tweet do Gilbert:

Notas Finais
Shirbert bêbados = tudo para mim
Deveria estar fazendo um teste neste exato momento, mas joguei pro ar e vim escrever fanfic rs
Não esqueçam do voto e até logo!

Tchau ✌️❤️