35- Conclusões

958 129 289
                                    

NOTAS INICIAIS
Eu não tinha visto que Road Trip chegou à 5 mil visualizações! Obrigada por tudo sobrinhos lindos 🤍

Narradora
Se você já foi em uma montanha-russa, sabe que o que a faz especial é o frio na barriga antes da descida. É o sentimento único de sentir que está voando igual à um passarinho, porém você não tem asas, mas da mesma forma não cai. E deixa eu lhe falar uma coisa óbvia querido leitor. Se você caísse, não seria nada legal. Poucos tiveram essa experiência metafórica ou real, e Gilbert e Anne eram um desses poucos. 

Não posso lhe fornecer muitas informações sobre a ruiva, porque ela não forneceu muitas informações ao chegar na França, e seria injusto vocês saberem mais do que as nossas personagens neste ponto da história não acham? Se não acham, posso garantir-los que depois irão.

Mas, após certo período de tempo, Gilbert Blythe forneceu algumas informações e também recebeu algumas que talvez seja interessante vocês também receberem. Deixe eu lhe ajudar a ver o que se passava.

Bom, o alemão chegou há algumas conclusões nesta última semana, e posso listar-las facilmente para vocês.

1- Não havia mais porque continuar.
Gilbert simplesmente chegou a simples conclusão de que não sabia mais porque continuar a viver assim, ou melhor dizendo, não sabia mais por quem continuar a viver assim. Mas aí nós partimos para outra conclusão muito simples.

2- Entretanto, também não havia porque voltar.
Gilbert nunca esteve tão confuso, porém sabia que voltar não era uma opção. Não tinha mais cabeça para qualquer coisa relacionada à realeza, e afetaria milhões de pessoas com a sua falta de paciência para tais coisas. Era o mais sensato a se fazer... certo?

3- Ou será que de fato não tinha?
Seus próprios pensamentos o contradiziam. Uma hora ele pensa que não deve continuar, mas não quer voltar, e depois começa a se perguntar se realmente não havia nada que o fizesse voltar.

"Nada". Definitivamente saiu com uma intonação irônica na cabeça de Blythe que completou tal pensamento com uma risada.

"Anne Shirley Cuthbert é tudo, menos nada", ele sabia que era uma frase estranha, mas era apenas a verdade. Como ele podia pensar que não tinha mais cabeça para qualquer coisa relacionada à realeza quando a sua cabeça sempre o levava de volta para o pedaço de mar que circulava pela terra?

4- Razão ele tinha, mas a razão o queria?
"Que pergunta mais idiota" foi a resposta imediata que Blythe se deu.

"Ela não deve nem querer olhar na minha cara" encerrou essa questão que o garoto tentou não pensar muito, porque sabia que quanto mais a desenvolvesse, mais se torturaria, e mais culpa sentiria.

É claro que ele se sentia culpado, porém também se sentia magoado. A idéia de ser o único culpado na história não fazia sentido na sua mente que mesmo assim o culpou, o sentenciou e fez ele pagar todas as noites quando ele deitava e a imagem da garota indo embora voltava a sua cabeça.

5- Você não consegue apagar o fogo estando do lado de dentro da casa.
A Europa não era mais lugar para ele. Qualquer pedaço dela o lembrava de tudo o que ele não queria lembrar. Era hora de mudar de ares.

E foi esse exato ponto que motivou ele mudar a rota e seguir em direção a Portugal para finalmente ir para o "Novo Mundo", mas entre todas essas conclusões, a sexta era que mais o preocupava.

6- Café
A solução seria comprar o solúvel, e era isso que Gilbert estava fazendo no centro de Génova na Itália, até que se depara com uma loja de celular e pensa que talvez seja melhor já fazer este gasto.

Road Trip - Shirbert e Anne with an E Where stories live. Discover now